05/02/2012
às 6:29
Em
julho de 2001, houve uma greve da Polícia Militar na Bahia, então
governada pelo PFL. Eu dirigia o site e a revista Primeira Leitura.
Critiquei severamente o movimento dos policiais nos termos de sempre
nesses casos: “Gente armada não pode parar; quando um policial deixa de
trabalhar, o bandido agradece, e o homem comum sofre”. Eu pensava isso
sobre a greve da PM baiana em 2001 e penso o mesmo sobre a greve de
2012. Mas e Lula? E Jaques Wagner?
“‘A
Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as
categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais
só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário
essencial. Se considero a atividade essencial, mas pago salário mixo,
esse cidadão tem direito a fazer greve.”
Que fala aí é
Luiz Inácio Apedeuta da Silva, então pré-candidato à Presidência pelo
PT. Seria eleito no ano seguinte para seu primeiro mandato. Naquela
greve, sem o morticínio de agora, também houve arrastões, saques etc.
Lula, dotado daquela mesma moral e responsabilidades maiúsculas de
Eduardo Suplicy tinha o diagnóstico sobre o que estava em curso no
Estado. Leiam:
“Acho que, no caso da Bahia, o próprio governo articulou os chamados arrastões para criar pânico na sociedade. Veja, o que o governo tentou vender? A impressão que passava era de que, se não houvesse policial na rua, todo o baiano era bandido. Não é verdade. Os arrastões na Bahia me lembraram os que ocorreram no Rio em 92, quando a Benedita (da Silva, petista e atual vice-governadora do Rio) foi para o segundo turno (nas eleições para a prefeitura). Você percebeu que na época terminaram as eleições e, com isso, acabaram os arrastões? Faz nove anos e nunca mais se falou isso”.
“Acho que, no caso da Bahia, o próprio governo articulou os chamados arrastões para criar pânico na sociedade. Veja, o que o governo tentou vender? A impressão que passava era de que, se não houvesse policial na rua, todo o baiano era bandido. Não é verdade. Os arrastões na Bahia me lembraram os que ocorreram no Rio em 92, quando a Benedita (da Silva, petista e atual vice-governadora do Rio) foi para o segundo turno (nas eleições para a prefeitura). Você percebeu que na época terminaram as eleições e, com isso, acabaram os arrastões? Faz nove anos e nunca mais se falou isso”.
Quanta ligeireza!
Quanta irresponsabilidade!
Quanta vigarice política!
Quanta irresponsabilidade!
Quanta vigarice política!
Mas isso não
é tudo, não. Um dos grandes apoiadores da greve de 2001 foi o então
deputado Jaques Wagner, hoje governador do Estado. Informava o Globo
Online de ontem:
Apontado como líder da greve dos PMs baianos, o presidente da Associação de Policiais, Bombeiros e seus Familiares da Bahia (Aspra), soldado Marco Prisco, disse que o governador Jacques Wagner, quando ainda era deputado federal, participou com outros parlamentares do PT e de partidos da base do esquema de financiamento da paralisação dos policiais militares do estado em 2001. Ele acrescentou que o Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, que tinha na direção o atual presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, alugou e cedeu, na época, seis carros para garantir a greve na Bahia, onde diz que foi preseguido e ameaçado de prisão pelo então governador carlista Cesar Borges. “O motorista que me levou para Brasília era um funcionário do sindicato, Nelson Souto. Na capital, foi recebido pelo então senador petista Cristóvam Buarque”, disse.
Prisco disse que, além de Jacques Wagner, teriam apoiado e contribuído para a greve de 2001 os parlamentares Nelson Pellegrino (PT), Moema Gramacho (PT), Lídice da Mata (PSB), Alceu Portugal (PCdoB), Daniel Almeida (PCdoB) e Eliel Santana (PSC). Segundo ele, a ajuda garantiu a estrutura necessária ao movimento, incluindo o fornecimento de alimentação para os grevistas.
Apontado como líder da greve dos PMs baianos, o presidente da Associação de Policiais, Bombeiros e seus Familiares da Bahia (Aspra), soldado Marco Prisco, disse que o governador Jacques Wagner, quando ainda era deputado federal, participou com outros parlamentares do PT e de partidos da base do esquema de financiamento da paralisação dos policiais militares do estado em 2001. Ele acrescentou que o Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, que tinha na direção o atual presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, alugou e cedeu, na época, seis carros para garantir a greve na Bahia, onde diz que foi preseguido e ameaçado de prisão pelo então governador carlista Cesar Borges. “O motorista que me levou para Brasília era um funcionário do sindicato, Nelson Souto. Na capital, foi recebido pelo então senador petista Cristóvam Buarque”, disse.
Prisco disse que, além de Jacques Wagner, teriam apoiado e contribuído para a greve de 2001 os parlamentares Nelson Pellegrino (PT), Moema Gramacho (PT), Lídice da Mata (PSB), Alceu Portugal (PCdoB), Daniel Almeida (PCdoB) e Eliel Santana (PSC). Segundo ele, a ajuda garantiu a estrutura necessária ao movimento, incluindo o fornecimento de alimentação para os grevistas.
Voltei
ISSO É O PETISMO, ESSE LIXO MORAL! Os petistas estavam financiando a greve por intermédio de um sindicato - que nada tinha a ver com a polícia, diga-se - e de seus parlamentares. Hoje, o governador Wagner vai à TV demonizar aqueles a quem deu suporte material quando estava na oposição. O tal líder sindical é o mesmo. Consta que é filiado ao PSDB, mas que vai rasgar sua ficha. Está descontente porque os tucanos não estão apoiando seu movimento - no que fazem muito bem!
ISSO É O PETISMO, ESSE LIXO MORAL! Os petistas estavam financiando a greve por intermédio de um sindicato - que nada tinha a ver com a polícia, diga-se - e de seus parlamentares. Hoje, o governador Wagner vai à TV demonizar aqueles a quem deu suporte material quando estava na oposição. O tal líder sindical é o mesmo. Consta que é filiado ao PSDB, mas que vai rasgar sua ficha. Está descontente porque os tucanos não estão apoiando seu movimento - no que fazem muito bem!
Vejam lá que
graça: até Sérgio Gabrielli, que depois se tornou o todo-poderoso da
Petrobras e que vai fazer parte da equipe de Wagner, apoiava a greve dos
policiais. Ora, se era para lutar contra o governo, que mal havia em
deixar a população à mercê da bandidagem?
Crime como método
A esmagadora maioria dos petistas é socialista de araque. Essa gente gosta mesmo é do capitalismo, especialmente à moda brasileira, com esse estado gigantesco, que permite ao governo manter na rédea curta boa parte do empresariado. Isso é, além de tudo, muito lucrativo - escreverei mais tarde um artigo sobre o “modo Dilma” de privatizar aeroportos. Não sei como o caçador de “privatarias”, Elio Gaspari, ainda não se interessou pelo caso… Mas não quero mudar o foco. Voltemos.
A esmagadora maioria dos petistas é socialista de araque. Essa gente gosta mesmo é do capitalismo, especialmente à moda brasileira, com esse estado gigantesco, que permite ao governo manter na rédea curta boa parte do empresariado. Isso é, além de tudo, muito lucrativo - escreverei mais tarde um artigo sobre o “modo Dilma” de privatizar aeroportos. Não sei como o caçador de “privatarias”, Elio Gaspari, ainda não se interessou pelo caso… Mas não quero mudar o foco. Voltemos.
Os
“socialistas” do PT já renunciaram, e faz tempo!, à dimensão utópica do
socialismo - não que ela seja grande coisa: também é criminosa. Mas é
evidente que houve socialistas, e ainda os há, bem poucos, que realmente
acreditavam estar lutando pelo reino da justiça e da igualdade e coisa e
tal… Daquele socialismo, os petistas de agora conservam apenas a
concepção autoritária de sociedade, gerida pelo partido. Em nome de sua
construção e de seu fortalecimento, tudo é possível - muito
especialmente o crime.
Eu diria
mesmo que inexiste, infelizmente para os bem-intencionados, uma esquerda
que não seja criminosa, ainda que alguns de seus militantes não tenham
clareza disso. O melhor texto a relatar essa moral justificadora do mal é
a peça “As Mãos Sujas”, de Sartre, depois convertido ao… comunismo!
Se o
objetivo é conquistar o poder, anotem aí, não existe óbice moral para o
PT “Ah, é assim com todo mundo…” Em primeiro lugar, é falso! Não é, não!
Em segundo lugar, mas não menos importante: há muitos bandidos que
exibem ao menos uma nesga de honestidade ao não tentar nos convencer de
que aquilo que nos destrói é bom para nós.
Em 2001, o
PT queria “o quanto pior, melhor” na Bahia porque isso fazia parte de
seu projeto de poder. Em 2012, o PT quer “o quanto pior, melhor” em São
Paulo porque isso faz parte do seu projeto de poder. O governo federal
baixou no estado governado pelo petista Jaques Wagner para tentar impor
um pouco de ordem. Os mesmos valentes tentaram meter os pés pelos pés em São Paulo para ver se impõem a desordem.
04/02/2012
às 5:51IRRESPONSABILIDADE! SEU NOME É SENADOR SUPLICY, O HOMEM QUE ESTUPRA OS FATOS! OU: JÁ QUE SP JAMAIS TERÁ UM CARNAVAL COMO O DA BAHIA, PETISTAS PAULISTAS QUEREM AO MENOS COPIAR O MODELO DE SEGURANÇA PÚBLICA DAQUELE ESTADO
Desta
vez o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi além de tudo aquilo de que
ele próprio é capaz! Seu ataque covarde à Polícia Militar de São Paulo
não tem como ser respondido na esfera legal porque ele se esconde atrás
da imunidade parlamentar. Vale dizer: usa um valor sagrado da democracia
para poder caluniar à vontade, para poder difamar, para poder
injuriar. Acho que já escrevi isto aqui e repito: NUNCA INTEGREI O GRUPO
DAQUELES QUE CONSIDERAM SUPLICY UM IDIOTA MANSO! Eu o considero um
calculista relativamente perigoso. Se não foi além do que pretendia na
carreira política - três mandatos consecutivos para senador por São
Paulo não é, de todo modo, pouca coisa -, isso se deve, sim, àquele
estilo de aparência apalermada, que ele não pode evitar. Mas que não
seja confundido com idiotia. Ele tem método. É o único elogio, se é que é
um, que lhe posso fazer.
Já tive a
chance de lhe dizer isso pessoalmente no aniversário de um conhecido
comum, a que ambos estávamos presentes. O senador tentou me puxar ali
para um embate simpático e coisa e tal e, num dado momento da conversa,
resolveu convocar a “personagem Suplicy, o abestado”. Com cordialidade,
pedi que voltássemos à toada anterior que eu, definitivamente, não
estava entre aqueles que se deixavam seduzir por suas representações.
Imediatamente, ele recobrou o tom mais grave que convém a um senador da
República. Sigamos.
Suplicy fez
ontem um violento discurso no Senado contra a Polícia Militar de São
Paulo. No auge da ignomínia, abordou um relato que teria sido feito por
uma família a um representante do Ministério Público Estadual, acusando
PMs de estupro. Abaixo reproduzo trechos de um texto publicado no Portal
G1 só para que fique o registro. A acusação saiu em toda parte. No
“moderno” jornalismo, basta que o Indivíduo A - SE FOR PETISTA OU DE
ESQUERDA - diga que o Indivíduo B fez alguma coisa. Isso ganha a rede. O
acusado que se encarregue de desmentir, de provar que é inocente. Não é
preciso verificar se a história faz sentido, conversar com as supostas
vítimas… Nada! AFINAL, EXISTE O TAL “OUTRO LADO”, QUE DISPENSA O
JORNALISTA DE QUALQUER APURAÇÃO. “E aí? É verdade que o senhor é
estuprador?”
Leiam
trechos do texto do G1. Volto em seguida com questões de lógica
elementar. Ao fim de tudo, vocês vão ver o que INFORMA o
comandante-geral da PM. E ENTÃO SABEREMOS UM POUCO MAIS SOBRE SUPLICY.
*
Por Sandro Lima Do G1:
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou nesta sexta-feira (3), em discurso no plenário do Senado, que houve abuso sexual por parte de policiais militares na ação de desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos. O senador disse ter obtido as informações acompanhando o depoimento das vítimas ao Ministério Público do Estado de São Paulo nesta quarta (1º). Procurado pelo G1, o Ministério Público de São Paulo não confirmou até as 16h o depoimento ao qual se refere o senador Eduardo Suplicy. Mais tarde, na noite desta sexta (3), o comandante da PM, coronel Álvaro Camilo, deu entrevista coletiva e disse que não acredita nas denúncias devido a discrepâncias entre os relatos das supostas vítimas e dos policiais.
*
Por Sandro Lima Do G1:
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou nesta sexta-feira (3), em discurso no plenário do Senado, que houve abuso sexual por parte de policiais militares na ação de desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos. O senador disse ter obtido as informações acompanhando o depoimento das vítimas ao Ministério Público do Estado de São Paulo nesta quarta (1º). Procurado pelo G1, o Ministério Público de São Paulo não confirmou até as 16h o depoimento ao qual se refere o senador Eduardo Suplicy. Mais tarde, na noite desta sexta (3), o comandante da PM, coronel Álvaro Camilo, deu entrevista coletiva e disse que não acredita nas denúncias devido a discrepâncias entre os relatos das supostas vítimas e dos policiais.
No
depoimento, segundo o senador, as vítimas disseram que na noite de 22 de
janeiro, no início da desocupação, vários policiais militares entraram
em uma casa na região do Pinheirinho de modo “abrupto e violento”
rendendo agressivamente um jovem de 17 anos e sua mulher, de 26 anos.
Segundo o depoimento, havia seis pessoas na casa. De acordo com termo de
declarações ao Ministério Público, cuja cópia o senador forneceu ao G1,
os policiais renderam a mulher de 26 anos, a isolaram dos demais
moradores da casa e a submeteram durante quatro horas a abuso sexual.
No
documento, a vítima relata ainda que “durante o ataque foi retirada da
casa e, segundo ela própria, mais uma vez seviciada no interior de uma
viatura cinza, que identificou como sendo do grupamento Rota”. O
adolescente de 17 anos, de acordo com o depoimento, “foi agredido
fisicamente e psicologicamente” e ameaçado pelos policiais de “empalação
com um cabo de vassoura untado de creme e pomada”. As vítimas
mencionaram, segundo o documento, que “no decorrer dos fatos puderam
identificar cerca de uma dúzia de policiais todos ostensivamente
identificados como componentes do grupamento Rota”.
Os
policiais, de acordo com o depoimento, “comeram a comida da casa,
danificaram diversos objetos que guarneciam o imóvel, além de terem
levado pertences e dinheiro que nada teriam a ver com qualquer atividade
ilícita”. Suplicy disse que pediu aos ministros da Justiça, José
Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário,
proteção às vítimas.
(…)
Voltei
Quando o comandante-geral da PM relatar os fatos, vocês verão a enormidade do que fez Suplicy. Antes disso, vamos nos apegar apenas à lógica dos acontecimentos. Acho que vocês se lembram que não esperei a polícia americana demonstrar que Dominique Strauss-Kahn era inocente. É muito fácil reconhecer uma falácia. Ah, sim: essa história de o MPE não ter confirmado o relato do senador é para pegar trouxas. Sei como são as coisas porque já coordenei equipes de reportagem. Parlamentares e promotores combinam que vai vazar para a imprensa a informação. Como o meu compromisso é com você, leitor, conto como funciona. Ao MP pega mal fazer escarcéu com acusação tão grave sem ter uma miserável prova; a um senador política e moralmente inimputável, tudo bem! Adiante.
(…)
Voltei
Quando o comandante-geral da PM relatar os fatos, vocês verão a enormidade do que fez Suplicy. Antes disso, vamos nos apegar apenas à lógica dos acontecimentos. Acho que vocês se lembram que não esperei a polícia americana demonstrar que Dominique Strauss-Kahn era inocente. É muito fácil reconhecer uma falácia. Ah, sim: essa história de o MPE não ter confirmado o relato do senador é para pegar trouxas. Sei como são as coisas porque já coordenei equipes de reportagem. Parlamentares e promotores combinam que vai vazar para a imprensa a informação. Como o meu compromisso é com você, leitor, conto como funciona. Ao MP pega mal fazer escarcéu com acusação tão grave sem ter uma miserável prova; a um senador política e moralmente inimputável, tudo bem! Adiante.
Vamos ver.
Quer dizer que, numa operação tensa como foi a do Pinheirinho, 12
policiais puderam se dedicar durante quatro horas a sevícias sexuais. Lá
fora, ameaça de confronto, correria etc. E os soldados ali, só ocupados
no estupro coletivo. Todos os homens seriam da “Rota” - justamente a
sigla mais temida pelos bandidos - e nem se ocuparam de esconder o rosto
ou, sei lá, de não se exibir para a família. Ao contrário: praticaram o
crime sabendo que, depois, poderiam ser identificados. Faz ou não faz
sentido até aqui?
Vocês verão
que essa família entrou em contado com a Polícia Civil (por outros
motivos). Não se falou em estupro. O Pinheirinho era comandado pelo
PSTU. Há vários advogados ligados à “causa” - inclusive o tal Aristeu,
aquele que denunciou a existência de supostos mortos (eu até entrevistei
uma “morta”…). Não se falou em estupro. Maria do Rosário, aquela que
não vê ditadura em Cuba (nem enxerga as pessoas cegadas pelas polícias
do Piauí, da Bahia e do Acre), despachou o Conselho Nacional de Direitos
Humanos para o Pinheirinho para colher relatos. Não se falou em
estupro. Preferiram outra vertente dramática: policiais teriam matado
cachorros das crianças por pura maldade. Com bala de borracha? Com
paulada? Não se viu nem corpo de gente nem de bicho. Moradores e
militantes do Pinheirinho foram convocados a relata sua versão na
Assembléia Legislativa. Não se falou em estupro.
Aí vem
Suplicy. Com base no relato (suposto?) da vítima e dos três presos por
tráfico, leva a denúncia ao Senado. Ainda que aquilo tudo lhe tivesse
sido efetivamente dito, qual seria o comportamento de um homem
responsável, de um político que se preza e que preza, então, as vítimas e
uma instituição chamada “Polícia Militar”? Levar a denúncia, em sigilo,
ao comando da PM, exigir a apuração rigorosa etc. Caso se constatasse
que tudo era verdade, cobrar a devida publicidade. Caso se contatasse a
mentira, como se verá, então não se macularia a honra de uma instituição
e de seus homens.
Ocorre que o
senador Eduardo Suplicy, o político, é um notório irresponsável. E não é
de hoje. Com aquele seu ar apalermado, que sugere, vamos dizer assim,
traços de idiotia clínica - É FALSA!!! - , vai liquidando reputações,
destruindo instituições, esmagando pessoas. Faz campanha política. Ele
queria as manchetes. E sabia que as teria porque boa parte do jornalismo
é hoje um animal de estimação do PT, que nem lhe recolhe o cocô.
OS FATOS
Mais uma vez, por incrível que pareça, a Polícia Militar teve de provar o que não fez! Comecemos do básico. Existe, sim, uma denúncia feita ao Ministério Púbico Estadual e a Suplicy.
Mais uma vez, por incrível que pareça, a Polícia Militar teve de provar o que não fez! Comecemos do básico. Existe, sim, uma denúncia feita ao Ministério Púbico Estadual e a Suplicy.
O que aconteceu?
1 - os policiais perseguiram quatro homens (um era o menor, de 17 anos) por tráfico de drogas;
2 - quando estavam para entrar na tal casa, os três maiores foram presos; com eles, drogas, dinheiro e uma espingarda calibre 12
3 - Atenção! Esses estão entre os denunciantes. A CASA NÃO FICA NO PINHEIRINHO, MAS NO CAMPO DOS ALEMÃES, QUE FICA PERTO DA ÁREA DESOCUPADA;
4 - A ação ocorreu às 3h30 do dia 23, e o Boletim de Ocorrência foi lavrado às 4h, embora, segundo a denúncia, as sevícias sexuais tivessem durado quatro longas horas;
5 - Havia uma advogada junto com os presos na delegacia. E ninguém disse uma miserável palavra sobre estupro.
6 - Como nada se disse na delegacia no próprio dia 23 - hoje já é dia 4 -, já não é mais possível fazer nem mesmo exame de corpo de delito, não é?
1 - os policiais perseguiram quatro homens (um era o menor, de 17 anos) por tráfico de drogas;
2 - quando estavam para entrar na tal casa, os três maiores foram presos; com eles, drogas, dinheiro e uma espingarda calibre 12
3 - Atenção! Esses estão entre os denunciantes. A CASA NÃO FICA NO PINHEIRINHO, MAS NO CAMPO DOS ALEMÃES, QUE FICA PERTO DA ÁREA DESOCUPADA;
4 - A ação ocorreu às 3h30 do dia 23, e o Boletim de Ocorrência foi lavrado às 4h, embora, segundo a denúncia, as sevícias sexuais tivessem durado quatro longas horas;
5 - Havia uma advogada junto com os presos na delegacia. E ninguém disse uma miserável palavra sobre estupro.
6 - Como nada se disse na delegacia no próprio dia 23 - hoje já é dia 4 -, já não é mais possível fazer nem mesmo exame de corpo de delito, não é?
Chegamos a este ponto
Os jornais estão dando grande destaque à acusação de Suplicy, e as explicações do coronel Álvaro Camilo, comandante-geral da PM, entram a título de “outro lado”. E há até quem mostre certa indignação porque ele disse que não vai, não, afastar os policiais - no que faz muito bem! Não com uma denúncia feita nessas condições.
Os jornais estão dando grande destaque à acusação de Suplicy, e as explicações do coronel Álvaro Camilo, comandante-geral da PM, entram a título de “outro lado”. E há até quem mostre certa indignação porque ele disse que não vai, não, afastar os policiais - no que faz muito bem! Não com uma denúncia feita nessas condições.
Sim, meus
caros, chegamos ao ponto em que a palavra de três pessoas presas por
tráfico de drogas vale muito mais do que a dos policiais militares. Mas
com isso a gente até já estava meio acostumado. Ocorre que, como se vê, a
história não poderia ser mais suspeita. E eis a Polícia Militar de São
Paulo, uma das mais eficientes e disciplinadas do Brasil, obrigada a
provar uma vez mais a sua inocência.
É o PT na área. É o senador Eduardo Suplicy já em ritmo de campanha eleitoral.
Eles não
querem só a capital. Eles querem mesmo é governar São Paulo. Talvez seu
projeto secreto seja implementar no Estado a qualidade administrativa,
na área de Segurança Pública, que o governador petista Jaques Wagner
implementou na Bahia.
*
Segue íntegra da nota da Polícia Militar
Segue íntegra da nota da Polícia Militar
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Comando da Polícia Militar vem a público manifestar-se a respeito das denúncias apresentadas pelo Senador Eduardo Suplicy sobre supostos atos de violência e abuso sexual contra moradores em São José dos Campos. Nos últimos dez dias, a Polícia Militar tem sido alvo de acusações mentirosas relacionadas ao apoio prestado na ação judicial de reintegração de posse em Pinheirinho, na Cidade de São José dos Campos. São vários boatos de que crianças morreram, pessoas desapareceram, pessoas essas que depois foram localizadas, encontram-se muito bem e até concederam entrevistas desmentindo essas acusações.
O Comando da Polícia Militar vem a público manifestar-se a respeito das denúncias apresentadas pelo Senador Eduardo Suplicy sobre supostos atos de violência e abuso sexual contra moradores em São José dos Campos. Nos últimos dez dias, a Polícia Militar tem sido alvo de acusações mentirosas relacionadas ao apoio prestado na ação judicial de reintegração de posse em Pinheirinho, na Cidade de São José dos Campos. São vários boatos de que crianças morreram, pessoas desapareceram, pessoas essas que depois foram localizadas, encontram-se muito bem e até concederam entrevistas desmentindo essas acusações.
A Polícia
Militar é uma instituição séria, honrada, tem como princípio o respeito
aos direitos humanos e pauta suas ações pela legalidade, sempre na
defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana.
Não passamos a mão na cabeça de maus policiais, somos firmes na
depuração interna. Na realidade, o que temos é uma ação que foi
desenvolvida pela ROTA, durante a proteção à cidade de São José dos
Campos - que sofria atos de vandalismo -, numa ocorrência de tráfico de
drogas e posse ilegal de arma de fogo.
Tudo
aconteceu na madrugada do dia 23 de janeiro, no Campo dos Alemães, não
em Pinheirinho. No local, três adultos foram presos e um adolescente,
apreendido. Eles foram autuados em flagrante delito com uma espingarda
calibre 12, mais de 2 quilos de maconha, 300 gramas de cocaína e 1.382
reais em dinheiro.
Chama a
atenção que nem os três adultos nem o adolescente, ou mesmo a advogada
Aparecida Maria Pereira, que os acompanhava e figura no boletim de
ocorrência como curadora do menor, tenham sequer mencionado qualquer
abuso no ato da prisão, em São José dos Campos, só o fazendo agora, dez
dias depois.
Repudiamos a
forma como as denúncias foram feitas, mas não é por causa das mentiras
de que a Instituição foi alvo que deixaremos de nos empenhar no
esclarecimento sobre mais essa acusação, ora apresentada pelo Senador
Eduardo Suplicy. E fica o compromisso do Comando-Geral, em respeito ao
cidadão e dentro da transparência que nos é peculiar, de voltar a
público para divulgar o resultado dessa apuração. São Paulo, 03 de
fevereiro de 2012
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