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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Taxa de assassinatos na América Central beira crise, diz ONU




06 de outubro de 2011 11h26


A propagação das guerras por causa das drogas significa que os jovens na América Central podem enfrentar uma chance em 50 de serem assassinados antes de completarem 31 anos, mostrou um relatório da Organização das Nações Unidas nesta quinta-feira, descrevendo a tendência como à beira do "ponto de crise." Em todo o mundo, 468 mil pessoas foram vítimas de homicídio em 2010, com cerca de um terço dos casos na África e outro terço nas Américas, disse o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em seu primeiro relatório global sobre homicídios.
"Em países com taxas elevadas de assassinato, especialmente envolvendo armas de fogo, tais como na América Central, um em cada 50 homens de 20 anos será morto antes de atingir a idade de 31 —muitas centenas de vezes mais do que em algumas partes da Ásia," afirmou.
A crescente competição entre grupos de tráfico de drogas ajudou a elevar as taxas de homicídio na maior parte dos países da América Central nos últimos cinco anos.
"Para reafirmar sua autoridade, marcar território ou desafiar as autoridades, grupos de crime organizado também usam violência letal indiscriminada," afirmou a agência, sediada em Viena, descrevendo um ciclo vicioso de assassinato sobre assassinato.
"A crescente violência redefine os limites de sua própria aceitabilidade e, ao fazer isso, incentiva mais os homicídios."
A taxa de assassinatos na América Central aumentou fortemente desde 2007 depois de um declínio forte entre 1995 e 2005, segundo o relatório.
Em alguns países da região, a crise financeira pode ter contribuído para o aumento repentino. Pesquisadores da ONU estão avaliando a possível ligação e esperam apresentar as descobertas em breve.
"Em países selecionados, mais assassinatos ocorreram durante a crise financeira de 2008/09, coincidindo com o declínio do Produto Interno Bruto, elevação dos índices de preços ao consumidor e mais desemprego," afirmou o UNODC.
Em todo o mundo, os homens representam cerca de 80 por cento dos que cometem os crimes e das vítimas, e são os mais prováveis de serem mortos na rua. As mulheres são mais propensas a serem mortas em casa pelo parceiro ou um membro da família, apontou o relatório.
Há algumas exceções à regra —na Itália, homicídios causados por parceiros e familiares íntimos representam mais do que os assassinatos por grupos mafiosos, enquanto na Ásia, "mortes ligadas ao dote ainda custam muitas milhares de vidas de mulheres todo ano."
(Reportagem de Sylvia Westall)











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