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sábado, 16 de julho de 2011

Mesmo com favela ocupada, bandidos com armas curtas chegam de carro e saqueiam ONG


RIO - Crimes típicos do asfalto e que antes não aconteciam no Morro do Adeus, em Ramos - em razão da ditadura imposta pelos traficantes -, ameaçam agora os moradores da comunidade, ocupada pela PM desde novembro. Na manhã de sexta-feira, três homens armados de revólveres invadiram a sede da ONG Raízes em Movimento, na Rua Diogo de Brito, renderam três pessoas que estavam trabalhando, incluindo uma francesa, amarraram as vítimas e as trancaram numa sala, enquanto saqueavam o lugar. Os criminosos roubaram computadores, telefones, quatro máquinas fotográficas e objetos pessoais dos funcionários, além de dinheiro. Segundo diretores da ONG, que oferece cursos a moradores, o prejuízo foi de cerca de R$ 40 mil.

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O assalto demorou cerca de 15 minutos, e os bandidos fugiram num Fiat Palio com o material roubado. PMs chegaram a ir à sede da ONG, mas, quando chegaram, os criminosos já tinham fugido. O caso foi registrado na 21ª DP (Bonsucesso). O Morro do Adeus fica em frente ao Complexo do Alemão, ocupado pelo Exército.

- Estamos numa área de pacificação, mas os assaltos acontecem com frequência - disse o coordenador de Comunicação da ONG, David Amen. - A gente precisa ficar alerta depois do que aconteceu e não deixar que esses assaltantes fiquem impunes.

De acordo com Amen, há dez dias, dois fotógrafos da comunidade foram assaltados próximo à sede da ONG.

A Raízes em Movimento, que está no Alemão desde 2001, foi formada por jovens e universitários moradores da área ou envolvidos em trabalhos sociais na comunidade. A ONG promove atividades na favela como cursos sobre direitos humanos para jovens e oficinas de grafite e fotografia. A entidade também exibe filmes e organiza debates.

PM ocupará região a partir de agosto

Os complexos do Alemão e da Penha estão ocupados pelo Exército desde novembro. Quinhentos policiais militares vão começar a ocupar essas favelas mês que vem. Haverá uma troca de comando gradativa até 30 de novembro, quando o controle da segurança daquela região passará integralmente para a Secretaria de Segurança Pública. Os complexos e também o Morro do Adeus deverão receber nove ou dez Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) até o fim do ano.

O comandante da Força de Pacificação do Complexo do Alemão, general Carlos Sarmento, disse na sexta-feira que o assalto à ONG aconteceu fora da área de atuação do Exército. Segundo ele, no entanto, têm ocorrido alguns casos isolados de furtos nas favelas ocupadas.

Neste período de atuação do Exército na área, traficantes mataram um comerciante que era contrário à venda de drogas em sua porta na Favela Nova Brasília, no Alemão, em 4 de maio passado. Apesar da presença maciça de soldados na região, a família da vítima foi ameaçada e obrigada a deixar a comunidade.

Na noite de quinta-feira, ocorreu outro assassinato, na Estrada Velha da Pavuna, em Inhaúma, acesso à Favela da Fazendinha, uma das comunidades do Complexo do Alemão. Segundo informações da polícia, um jovem de 21 anos foi baleado no tórax, sendo levado por militares do Exército para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bonsucesso, aonde já chegou morto. Os soldados, que encontraram a vítima fora da sua área de patrulhamento, contaram que ouviram os tiros, mas, ao chegar ao local, não encontraram mais os criminosos. Segundo a família do rapaz, ele trabalhava há dois meses, com carteira assinada, numa loja. Já a polícia informou que o jovem tinha duas passagens por delegacias, por ameaça e lesão corporal. O caso vai ser investigado pela Divisão de Homicídios (DH). Os investigadores ainda vão ouvir a família da vítima.







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