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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Silvio Nigro (1957-2011) - Os classificados e as panelas Nigro


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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Após retornar de uma temporada de estudos nos EUA, Silvio Angelo Nigro saiu por São Paulo em busca de serviço. "Andei tanto atrás de emprego que furei o meu sapato", costumava lembrar.

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Muitas solas de calçado depois, ele finalmente conseguiu um trabalho nos anos 80, como vendedor de anúncios nesta Folha. Já formado em economia pela Unicamp, o rapaz de Araraquara (SP) chegaria a gerente comercial.

Na época, ajudou a criar o Classifolha, caderno de classificados surgido em 1983.

No fim da década, porém, o pai, Francisco, convocou o filho para uma missão na empresa da família. O avô de Silvio, Arcângelo Nigro, havia criado nos anos 40 uma oficina para produzir utensílios de cozinha a partir de latas de óleo e molho de tomate.

Na Nigro Alumínio, que fabrica panelas e frigideiras, ele assumiu a direção do departamento comercial e o de propaganda e marketing.

Muito comunicativo e amigável, era um apaixonado pela empresa, conta a mulher, Adriana, com quem estava casado desde 1989.

Adriana morava em Fortaleza quando conheceu Silvio, que fora até a capital cearense em busca de um representante para a fábrica. Ele acabou escolhendo um amigo dela, e assim se conheceram.

Em Araraquara, adorava ficar na chácara onde morava, chamada por ele de "pedacinho do céu", escutando seu acervo de CDs e vinis.

Morreu na segunda-feira, aos 53, devido a um câncer descoberto em 2009. Teve dois filhos. A missa do sétimo dia será no domingo, às 10h, na igreja Nossa Senhora das Graças, em Araraquara.





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