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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A fritura do ministro do esporte

Foto de Juca Kfouri

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Desde 2005, é colunista da Folha de S.Paulo e do UOL.

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Orlando Silva Jr tem apanhado coisa que sirva.

A semana passada começou com ele apanhando do “Globo” e terminou com ele apanhando do “Estadão”, e na primeira página.

Se não bastasse, apanhou, também, mesmo que de maneira indireta, de Pelé.

Que manifestou sua preocupação com os atrasos para a Copa do Mundo.

Nos jornais ele apanha com dados do TCU e com reportagens reveladoras sobre desvios em programas como o Segundo Tempo, nos quais a propaganda ministerial diz uma coisa e a realidade se mostra outra bem diferente.

E apanha também pela proteção dada aos membros do PCdoB, que aparelhou o esporte nacional. E aparelhou mal.

O PCdoB fez questão de manter Orlando Silva, contra a opinião da presidenta Dilma Rousseff.

Com o cheiro de fritura que toma conta de sua vida, é bem capaz que ele esteja arrependido pela insistência, ainda mais que dia desses mesmo ouviu de sua chefa que era melhor ele se concentrar na Copa do Mundo, que está sim atrasada, e deixar a Olímpiada para Henrique Meirelles.

Mas o mais provável é que também a Copa do Mundo ele veja apenas como torcedor.

Comentário para o Jornal da CBN desta segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011.


''Fazemos parceria da contrapartida para pagar o Ministério do Esporte''

21 de fevereiro de 2011 | 0h 00
Leandro Colon - O Estado de S.Paulo

Karina Rodrigues, DIRIGENTE DA ONG BOLA PRA FRENTE E FILIADA AO PC DO B


Em entrevista ao Estado, a vereadora e ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues (PC do B) admitiu a cobrança das prefeituras para oferecer o Programa Segundo Tempo. Argumentou que precisa dos recursos para pagar a contrapartida de R$ 520 mil exigida pelo Ministério do Esporte.

Ela afirma que, se o prefeito não pagar, não tem como receber o projeto intermediado por sua ONG. A prefeitura de Holambra (SP), por exemplo, substituiu o contrato da administração municipal de Cordeirópolis, que desistiu de pagar pela parceria. Karina diz que a Bola Pra Frente (que ela agora chama de Pra Frente Brasil) oferece serviços que o ministério não garante, como psicóloga e nutricionista.

O contrato com a prefeitura de Cordeirópolis era para implantar o Segundo Tempo, certo?

Sim, era o Segundo Tempo.

A ONG Bola Pra Frente recebe R$ 13 milhões do governo federal. Por que você cobrou da prefeitura se já dispõe s os recursos públicos?

Porque fiz uma parceria para suprir a contrapartida que o ministério cobra da gente.

Em outras prefeituras o sistema é parecido?

Em todas as prefeituras onde a ONG desenvolve o Segundo Tempo fazemos uma parceira da contrapartida para pagar o Ministério do Esporte.

E se o prefeito não tiver como pagar para vocês?

Eu não tenho como implantar o projeto na cidade dele. O Segundo Tempo não paga FGTS do funcionário, seguro de vida, contadores. Hoje temos uma guia de INSS de R$ 148 mil por mês. O ministério paga só o salário do professor.

O contrato da ONG com o ministério não fala em parcerias com prefeituras, mas apenas da responsabilidade de vocês em implantar o Segundo Tempo. Por que a direção da ONG, como você, por exemplo, não dá como contrapartida a mão de obra, abrindo mão dos salários?

Não tenho porque fazer isso. É um problema nosso e se você achar que tem algo errado você denuncia ao TCU (Tribunal de Contas da União). Você não pode me obrigar a doar meu salário pra ninguém.

O prefeito que não quer pagar, mas quer ter o Segundo Tempo, como deve fazer para conseguir o programa?

Vai ao Ministério do Esporte e pede a parceria.

Mas se o ministério não dá resposta...

Pergunte ao ministro, não sou o ministro do Esporte. Eu posso responder pela minha entidade.

É desigual a briga de vocês com os prefeitos, não acha?

Aí você liga para o ministro Orlando e ele responde.



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