MAURÍCIO SIMIONATO
ENVIADO ESPECIAL A PIRACICABA
O delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Piracicaba (160 km de SP), João Batista Vieira de Camargo, disse na manhã desta segunda-feira (21) que os criminosos que levaram um casal da cidade após assassinarem a doméstica deles por asfixia ainda não fizeram contato com a família.
Polícia investiga morte de empregada e sequestro de casal em SP
Caminhonete de casal sequestrado em Piracicaba é encontrada
O crime ocorreu na terça-feira da semana passada.
A doméstica Susana Aparecida Parente Felippe, 57, que trabalhava para o casal, foi encontrada morta por asfixia em um dos cômodos da casa. Ele teve os pés e as mãos amarradas e a cabeça coberta por dois sacos plásticos. Os criminosos amarraram o pescoço dela com fios de telefone.
O empresário Cláudio Meneghetti, 56, e a mulher dele, Lilian Simioni, 57, foram levados da casa onde moram, no bairro Vila Rezende.
Os criminosos também levaram eletrodomésticos, cartões e dinheiro do casal.
O delegado disse que a Polícia Civil trabalha com a hipótese de o casal ainda estar vivo e, por isso, não pode revelar detalhes da investigação.
"A investigação continua caminhando, mas não posso revelar o que nós estamos colhendo neste momento para não atrapalhar as investigações e até para preservar a vida do casal", disse Camargo.
O delegado disse ainda que, por não ter ocorrido contato até agora, o caso não é tratado oficialmente como um sequestro, e sim como homicídio qualificado, seguido de roubo e desaparecimento do casal.
Camargo disse que a polícia recebeu "diversas" denúncias sobre o caso, mas que até agora "todas foram improcedentes".
Ao menos 30 policiais estão envolvidos na investigação e neste fim de semana forma realizadas diligências na periferia de Piracicaba.
O veículo do empresário --usado na fuga-- foi localizado abandonado no início da tarde de quinta-feira (17) na rua de trás da residência do casal, onde ocorreu o crime.
Vestígios de sangue foram encontrados em um pedaço de papelão que estava na caçamba da camionete S-10.
Segundo Camargo, "mais de duas pessoas" participaram do crime. Agora, a polícia aguarda o resultado de laudos, como o que vai estabelecer o horário que a camionete foi abandonada.
Em uma outra frente de investigação, a polícia começou a analisar imagens das câmeras de segurança de uma agência bancária que registraram o momento em que um dos suspeitos de integrar a quadrilha efetua dois saques com o cartão do casal, no dia do crime.
O delegado informou que as imagens serão mantidas em sigilo para não prejudicar as investigações.
A polícia trabalha com as pelo menos três hipóteses para explicar o assassinato da doméstica: 1) algum dos criminosos ter sido reconhecido por ela; 2) ela ter tentado usar o telefone durante o crime; 3) os suspeitos a torturaram em busca de pertences da família.
A Folha não divulga casos de sequestro em andamento, a não ser que haja autorização da família. Uma irmã de Lilian, Luíza, autorizou a divulgação.
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