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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Outros dois filhos de #Lula receberam passaporte diplomático


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MATHEUS LEITÃO
DE BRASÍLIA

O Itamaraty concedeu passaportes diplomáticos a outros dois filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre 2006 e 2010. A Folha apurou que os documentos também foram emitidos em caráter excepcional por haver "interesse do país".

Os beneficiados agora são Fábio Luís Lula da Silva, 35 anos, o dono da empresa Gamecorp conhecido como Lulinha, e o irmão dele, Sandro Luís Lula da Silva, 32, que é publicitário. Com isso, já são sete o número de familiares do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o benefício.

Procuradoria recomenda anulação de passaportes ilegais
Temer pediu passaporte especial para filho
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Neto de Lula também tem passaporte especial

As concessões contrariam entendimento do próprio órgão, já que dependentes de autoridades podem receber o documento até os 21 anos (24, no caso de estudantes, ou em qualquer idade se forem portadores de deficiência).

Na semana passada, reportagens da Folha revelaram que o Itamaraty concedeu o passaporte a um neto de 14 anos e a dois filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva --Marcos Cláudio Lula da Silva, 39, e Luís Cláudio Lula da Silva, 25--, também contrariando o próprio entendimento do órgão.

Ontem, a Folha revelou que outros dois netos do ex-presidente Lula --um de nove anos e outro de quatro meses-- também receberam o benefício. Entre filhos e netos, já são sete os familiares do ex-mandatário com o benefício.

A Folha apurou que os passaportes foram concedidos no dia 29 de dezembro, a dois dias do fim do mandato, a pedido de Lula. Os documentos tem validade de quatro anos.

O Itamaraty confirmou a emissão dos outros dois passaportes. A Folha tentou falar com Fábio Luís e Sandro Luís, mas não obteve retorno. Por conta as reportagens da Folha, o Itamaraty decidiu restringir a concessão do benefício.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o Ministério Público Federal no Distrito Federal pedem a lista dos beneficiados com o documento entre 2006 e 2010 e e pedem as mudanças das regras.

Os benefícios do passaporte diplomático são: acesso à fila de entrada separada, tratamento menos rígido em nações com as quais o Brasil tem relação diplomática e, em alguns países, a exigência de visto se torna dispensável. O documento é tirado sem nenhum custo.



O Estalo de Lulinha: de monitor de zoológico a milionário, o filho de Lula, os amigos, o lobby e as relações com o encrencado APS


Lulão (ao fundo) e Lulinha em montagem publicada pela Veja (fotos de Lula Marques/Folha Imagem e Luciana Prezia/AE)

Por reinaldo Azevedo, publicado em 21 de
Outubro de 2006

Quando o debate é crescimento econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a estranha tese de que se deve evitar a comparação do Brasil com outros países. Diz ele que ela tem de ser dar com o nosso próprio desempenho. Talvez pense o mesmo sobre escândalos. Pois bem... Mesmo comparando o padrão de seu governo com o histórico da moralidade pátria, estamos diante de uma realidade de assustar. Alexandre Oltramari conta em detalhes a formidável ascensão de Fábio Luiz da Silva, filho do presidente Lula, na Veja desta semana.

Em entrevista à Folha, o Apedeuta afirmou que Lulinha é o seu “Ronaldinho”, atribuindo a seu garoto — nem tanto assim: já tem 31 anos — dons fenomenais. Quem leu a história da Veja e se decepcionou porque “não seria uma bomba atômica” está sob o que eu chamaria “Efeito Esculhambação”: estamos começando a perder a noção do certo e do errado, a ficar sem parâmetros. Que Lulinha era monitor de Jardim zoológico até o fim de 2003 e hoje é um milionário, disso nós já sabíamos, é fato. As oposições sempre evitaram tocar no assunto porque seria “questão pessoal”. Coisa nenhuma!

Até os 28 anos, esse rapaz ganhava R$ 600. Padre Vieira, conta a lenda, era um tanto idiota. Teria tido uma dor de cabeça, um desmaio, e acordado gênio. O episódio ficou conhecido como “O Estalo de Vieira”. Pois bem, já se pode falar de um “Estalo de Lulinha”. O cara era monitor de zebra, paca e girafa até outro dia. O pai chega à Presidência, e ele se torna um fenômeno, um Ronaldinho dos negócios. A reportagem de Veja não é repeteco de nada, não. E vai muito além do que era conhecido.

O que não é novo
Já se sabia, em síntese, que, em novembro de 2003, Lulinha havia se tornado sócio de Fernando e Kalil Bittar, filhos de Jacó Bittar, amigo de Lula, numa empresa que acabou resultando na Gamecorp. Também era sabido que a Telemar — uma concessão pública, com quase metade do capital dividido entre o BNDES e fundos de pensão — injetara nada menos de R$ 15 milhões no empreendimento, tornando-se sócia dos rapazes. Também não é novidade que esses empreendedores “alugam” hoje seis horas diárias da grade do Canal 21 (mesmo grupo da Band) e que, após o contrato, o canal até mudou de nome: PlayTV. O mercado publicitário — isso não está na Veja, estou afirmando eu, especula sobre uma eventual venda de gaveta do já antigo Canal 21 para estes empedernidos schumpeterianos.

O que não se sabia
O que é novidade — e é coisa da maior gravidade — é que Lulinha e seus amigos se tornaram, na prática, lobistas com trânsito no Palácio do Planalto. E com tal força, que a lei que regula as teles só não foi mudada porque a própria Veja noticiou a associação da Telemar com a Gamecorp em julho do ano passado.

Leiam um trecho da reportagem: “O caso de Lulinha tem uma complexidade maior. Sua relação com a Telemar não se esgota nos interesses de ambos na Gamecorp. O filho do presidente foi acionado para defender interesses maiores da Telemar junto ao governo que o pai chefia. Em especial, em setores em que se estudava uma mudança na legislação de telecomunicações que beneficiava a Telemar. VEJA descobriu agora que a mudança na lei foi tratada por Lulinha e seu sócio Kalil Bittar com altos funcionários do governo. O assunto levou a dupla a três encontros com Daniel Goldberg, titular da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE). Em um desses encontros, ocorrido no início de 2005, Lulinha e Kalil, já então sócios da Telemar, sondaram o secretário sobre a posição que a SDE tomaria caso a Telemar comprasse a concorrente Brasil Telecom – fusão que a lei proíbe ainda hoje. Goldberg, ciente do obstáculo legal, disse que o negócio só seria possível mediante mudança na lei. O estouro do escândalo Lulinha abortou os esforços para mudar a legislação e favorecer o sócio do filho do presidente.”

Seria só isso?
Mas não é só isso. Lulinha e seus amigos passaram a ter uma relação íntima com APS. Tão próxima, que ganharam uma sala exclusiva na mansão em que o homem trabalha. Ops! Quem é APS? A Veja explica:

O lobista Alexandre Paes do Santos é homem de relações perigosas e de uma vasta ficha criminal. APS, como ficou conhecido em Brasília, fez carreira – e, posteriormente, fama policial – no submundo das negociatas da Esplanada dos Ministérios, aproximando-se de raposas da política e cultivando a imagem de personagem misterioso e poderoso. As estripulias de APS nas sombras de Brasília vieram a público em 2001, quando a Polícia Federal apreendeu a agenda do lobista. Ali, escondia-se o inventário das atividades subterrâneas de APS, como pagamentos de propinas a parlamentares e funcionários do governo, histórias de chantagens e esquemas de superfaturamento em contratos com órgãos públicos. Minucioso e detalhista, o lobista anotava na agenda valores de suborno ao lado da letra "K", que os investigadores descobriram tratar-se de um código que correspondia ao acréscimo de três zeros ao valor registrado. Ao lado de nomes de deputados e servidores públicos havia, por exemplo, a inscrição "50K" (ou 50 000, reais ou dólares).”

E a Veja prossegue: “Além da sala, APS também colocou sua frota à disposição da dupla. Quando Lulinha e Kalil começaram a freqüentar o escritório do lobista, seus deslocamentos por Brasília eram feitos em Ford Fiesta. Com cerca de 1,90 metro de altura, Kalil reclamou que o Fiesta era desconfortável e disse que gostaria de um carro mais espaçoso. APS substituiu o Fiesta por um Omega. Enquanto despachavam na mansão de APS durante o dia, Kalil e Lulinha eram hospedados na Granja do Torto ou no Palácio da Alvorada, residências oficiais da Presidência da República. Quando isso não era possível, Kalil ia para o hotel Blue Tree, a menos de 1 quilômetro do Alvorada. Não se conhecem bem as razões pelas quais Lulinha e Kalil mantinham uma sala no escritório do lobista de métodos heterodoxos. O que faziam ali? Por que despachavam dali? Em busca dessas respostas, VEJA descobriu que a sala foi cedida a Lulinha e Kalil como parte de um acordo dele com a francesa Arlette Siaretta, dona do grupo Casablanca, um conglomerado de 54 empresas que, entre outras atividades, faz produção de filmes e eventos, gravação de comerciais e distribuição de DVDs.”

Bem, queridos leitores, vejam o resto na revista. Vocês gostarão de saber como foi que Siaretta foi introduzida nas altas esferas do círculo petista, como isso passou a lhe render dinheiro e o quanto isso beneficiou Kalil Bittar, o grande amigo de Lulinha. Volto à questão que muitos me fizeram: isso vira a eleição? Virar a eleição não é tarefa de revista nenhuma, mas dos eleitores e da maior ou menor importância que a moralidade pública possa ter nas suas escolhas. Uma coisa eu sei: a reportagem noticia com desassombro o que apurou. Com muito mais coragem do que as oposições tiveram até agora. E olhem que a revista não disputa o poder.


Fábio Luís Lula da Silva

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Fábio Luís Lula da Silva, conhecido também como Lulinha (São Bernardo do Campo, 1975[1]), é um empresário brasileiro.

Filho do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,[2] e de sua segunda esposa, Marisa Letícia Rocco Casa, Fábio Luís é graduado em Ciências Biológicas.[3] Foi monitor do Parque Zoológico de São Paulo[4] até 2003, recebendo uma bolsa mensal de seiscentos reais.[5]

Em 2004, após o primeiro ano de mandato de seu pai no mais alto cargo eletivo do país, Fábio Luís fundou em sociedade a empresa Gamecorp,[6] fato que suscitou diversas matérias jornalísticas e críticas da oposição ao Governo Lula, levantando-se a hipótese de tráfico de influência e favorecimento na destinação de recursos públicos.

[editar] Críticas, acusações e defesa

As críticas basearam-se na venda de parte das ações de sua empresa à Telemar, que tem participação de capital público e é a maior empresa de telefonia do Brasil, por 5,2 milhões de reais, sendo que o capital social declarado da empresa era de apenas cem mil reais.[4] A Telemar ainda investiu mais dez milhões de reais na Gamecorp pela "produção de programas de televisão".[5] A atenção da imprensa foi atraída pelo enriquecimento súbito de Fábio Luís, que até 2003 trabalhava como monitor de zoológico.

Soninha Francine declarou que se tratava de um escândalo falso[7] com vistas a prejudicar a imagem do Governo Lula através de seu filho. O presidente Lula negou que haja relação entre o sucesso financeiro de Fábio Luís e o fato de ele ser seu filho, comparando seu talento ao do jogador Ronaldinho: "[...] deve haver um milhão de pais reclamando: por que meu filho não é o Ronaldinho? Porque não pode todo mundo ser o Ronaldinho."

Fábio Luís entrou com uma ação na Justiça contra a revista Veja em razão da matéria sobre os seus negócios, publicada em 25 de outubro de 2006.[8]

[editar] Ver também

Referências

  1. Sua mãe, Marisa, conta que ficou grávida na lua de mel, sendo que seu casamento foi em 1974; em outra passagem, ela conta que ele nasceu pouco tempo antes da posse de Lula como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, em 1975, ocasião em que ela estava de resguardo pelo nascimento da criança. Declarações feitas a Denise Paraná em "Lula, o filho do Brasil", 3a. ed, 2a. reimpressão, p. 340 e 343
  2. http://drhu.edunet.sp.gov.br/site_secretario/presidentes/pres_31.asp
  3. O Dia Online. Página visitada em 28 de Outubro de 2009.
  4. a b VEJA on-line. Página visitada em 28 de Outubro de 2009.
  5. a b VEJA on-line. Página visitada em 28 de Outubro de 2009.
  6. http://www.estado.com.br/editorias/2006/10/29/pol-1.93.11.20061029.52.1.xml
  7. A Nova Corja. Página visitada em 28 de Outubro de 2009.
  8. Folha de S.Paulo - Juiz quer nome dos acionistas da Gamecorp - 29/11/2006. Página visitada em 28 de Outubro de 2009.



Lama atinge filho de Lula

• A operação de blindagem de Lula, garantida não somente pelo PT, mas inclusive pelo PSDB e pelo PFL, não impediu que as denúncias de corrupção respingassem no presidente. Isso ocorreu através das recentes denúncias sobre seu filho, Fábio Luis Lula da Silva, de 28 anos. Fábio é sócio da produtora Gamecorp, ex-G4, que recebeu, em janeiro deste ano, um investimento suspeito de R$ 5 milhões da empresa de telefonia Telemar.

O investimento é estranho por alguns motivos. Primeiro porque o dinheiro investido representa quase todo o capital da Gamecorp, cujo total é de R$ 5,2 milhões. Além disso, apesar de a empresa de telefonia ter parcerias com mais de 40 grupos no ramo de jogos e conteúdos para celulares, a única empresa na qual a Telemar fez questão de ter participação como sócia, comprando parte das ações, foi a Gamecorp.

Outro fato suspeito é que o negócio foi intermediado pela DBO Trevisan, empresa de auditoria e consultoria cujo principal sócio é Antoninho Marmo Trevisan, amigo pessoal do presidente Lula e membro do Conselho de Ética Pública da Presidência da República.

E as ligações com o poder não param por aí. A Telemar não é uma empresa privada qualquer, mas atua na área de telefonia fixa por concessão pública. O BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, possui representante no Conselho de Administração da Telemar. Isso porque o BNDES tem 25% de participação num grupo que detém 18,8% do capital da Telemar, o que o torna, indiretamente, detentor de 4,7% das ações da empresa de telefonia.

Com o alto investimento da Telemar, a Gamecorp já teve, nesses últimos seis meses, um crescimento na sua atuação e nas expectativas de lucros. A empresa do filho de Lula produz conteúdo voltado ao público jovem, que vai ao ar em dois programas de televisão, um na Bandeirantes e outro na Mix TV, um canal UHF. Os R$ 5 milhões fizeram crescer os parcos 40 minutos do programa da Mix TV para 4 horas. Agora, a Gamecorp estima um faturamento de R$ 7 milhões para este ano.

Resmungos e desculpas esfarrapadas

Todas as justificativas apresentadas pelo BNDES, pela Telemar e pelo próprio Lula para as denúncias sobre o investimento da Telemar na Gamecorp não colaram. Lula divulgou, através de seus assessores, que julga ser "normal" a operação e que não interferiu para que seus filhos fossem beneficiados em contratos com empresas públicas ou privadas.

Em um momento de maior desespero, Lula acusou a imprensa de invadir sua vida privada ao denunciar sua família. Durante a reunião ministerial desta semana, ele disse que "estão querendo mexer na minha vida privada. Isso é baixaria, um golpe baixo, um desrespeito". Ele não levou em conta que, quando os assuntos de família são favorecidos pela administração pública, o assunto deixa de ser privado.

O BNDES, por sua vez, soltou uma nota à imprensa apenas negando que tenha tido qualquer influência na decisão da Telemar em realizar o investimento e a compra de ações. A nota diz que o investimento foi aprovado "baseado na recomendação da diretoria da empresa de que se tratava de investimento de grande potencial".

A nota divulgada pelo grupo Telemar diz que "as parcerias feitas com a empresa Gamecorp e com outras produtoras de conteúdo multimídia fazem parte da estratégia de negócios da companhia". Isso não explica por que a Gamecorp foi a única empresa na qual a Telemar quis entrar como sócia.

Em seu ofício destinado à Comissão de Valores Mobiliários, CVM, a Telemar chegou a afirmar que o valor investido é "absolutamente irrelevante" em relação ao faturamento da empresa. Porém, tendo em vista o crescimento da Gamecorp, está claro que o valor não foi tão irrelevante assim.

No dia 13 de julho, uma das respostas dadas pela Telemar através de sua assessoria foi que a empresa só soube que o filho do presidente era um dos sócios da Gamecorp em setembro de 2004, quando o negócio já teria sido fechado. Entretanto, isso entra em contradição com o fato de que o conselho da Telemar só aprovou o negócio em reunião realizada em 6 de janeiro de 2005. Como se pode ver, nessa história muita coisa está mal explicada e as desculpas esfarrapadas não estão colando...

Família unida...

O outro filho de Lula, Sandro Luís Lula da Silva, de 26 anos, também tem contas a esclarecer. Segundo foi divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, Sandro era contratado pelo Diretório do PT de São Paulo desde 2002 para prestar "serviços à distância".

Sandro foi contratado como assistente administrativo do partido em maio de 2002, com o salário de R$ 1.522. Com a eleição de Lula, ele passou a prestar serviços à distância, segundo a assessoria do PT. Antes de divulgar esta versão definitiva, o diretório havia dado outras respostas. Primeiro, que Sandro nunca trabalhou no partido. Depois, disseram que ele trabalhou, mas deixou de ser funcionário em 2002. A terceira versão dizia que ele foi desligado há duas ou três semanas.

O fato é que todos os funcionários do diretório entrevistados pela Folha disseram nunca terem visto Sandro no prédio. Além disso, no livro de empregados, ao contrário dos outros 70 funcionários do partido, não está especificado o horário da jornada de trabalho do filho de Lula.

Quando perguntado por seus colegas, através do Orkut, sobre o que anda fazendo da vida, Sandro responde que continua "vagabundeando e tentando terminar a faculdade" e que tem "fingido que trabalha um pouco".

Para quem acha que Lula paira imaculado diante do mar de corrupção que se alastra pelo governo e em seu partido, essas histórias mostram como sua família vem se beneficiando depois que ele foi eleito presidente da república. Coincidência? O povo não é tão ingênuo...





A primeira casa em São Bernardo

Reportagem de Juliana Lopes, Fábio Farah e Jonas Furtado
Edição de fotos de Edu Lopes

Eduardo Simões/Fernando Pereira
Em 1986, Lula, Marisa e os filhos (da esq. para a dir.) Marcos
Cláudio, Fábio Luiz, Sandro Luiz e Luiz Cláudio em frente à
casa onde moravam em São Bernardo do Campo.
Abaixo, os filhos brincando no Fiat 147 da família

Na primeira casa em que Lula e Marisa moraram em São Bernardo do Campo – cujo
segundo andar foi construído mais tarde –, o ex-líder sindical descobriu o prazer de cozinhar. Hoje diverte-se ao preparar coelho e massa com molho à carbonara para os amigos. Se é Marisa quem está no fogão, ele e os filhos cuidam da louça. A família de
Lula, que hoje mora numa cobertura na cidade, nunca teve empregada doméstica por exigência dela. Os homens da casa lavam as próprias cuecas e meias. Filha de hortelão, Marisa herdou um sítio em São Bernardo, batizado de Los Fubangos, no qual Lula costuma passar os fins de semana jogando bola com os filhos e netos e fazendo churrasco. Era lá o refúgio dos domingos entre o 1º e o 2º turnos.


Lula com os filhos

Reportagem de Juliana Lopes, Fábio Farah e Jonas Furtado
Edição de fotos de Edu Lopes

João Bittar
Em casa, há 22 anos, com os filhos Sandro Luiz e Fábio.
Hoje, ele trocou o cigarro e o charuto pelas cigarrilhas, e dá
de presente todos os charutos que ganha

Quando está em casa, Lula se sente à vontade de bermuda e chinelo. Gosta de beber cerveja e fumar cigarrilha de vez em quando, depois que abandonou o cigarro e o charuto – dá todos que recebe de presente para o amigo Frei Betto. O presidente eleito casou-se com Marisa oito anos depois de perder a primeira esposa, a operária Maria de Lourdes,
em 1966, que morreu de parto, com o bebê. Marisa, também viúva, era mãe de Marcos Cláudio, hoje estudante de psicologia e responsável pelo material de campanha do padrasto. Juntos, o casal teve três filhos, Fábio, 26, biólogo e ator amador de teatro, Sandro, 23, nutricionista, e Luiz Cláudio, 16, que votou pela primeira vez nas eleições desse ano. Lula também é pai de Lurian, fruto do relacionamento com a enfermeira
Miriam Cordeiro, e avô de três netos.



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