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sábado, 26 de junho de 2010

Tarifa de pedágio das rodovias estaduais de SP vai aumentar na quinta

ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO



Os pedágios nas rodovias estaduais de São Paulo serão reajustados na próxima quinta-feira, dia 1º, e poderão ter tarifas "quebradas" em R$ 0,05, sem os arredondamentos adotados até hoje para facilitar a entrega de troco e evitar filas nas cabines.

Veja o preço dos novos pedágios nas rodovias


No trecho oeste do Rodoanel, por exemplo, os motoristas deverão pagar R$ 1,35 --contra os atuais R$ 1,30.

Na praça do km 39 da rodovia dos Bandeirantes, uma das mais movimentadas do Estado, a tarifa deve passar de R$ 6,10 para R$ 6,35.

O novo critério foi preparado pela equipe do secretário dos Transportes, Mauro Arce, e visto por uma parte das concessionárias de rodovias como desrespeito contratual.

Além da necessidade de dispor de uma quantidade grande de moedas de R$ 0,05, algumas avaliam que podem ter aumento de gastos para evitar filas nas praças de pedágio, bem como prejuízos com essa fórmula.

O governo Alberto Goldman (PSDB), sucessor de José Serra, afirma que, com essa medida, os reajustes ficarão mais próximos dos índices oficiais de correção.

A assessoria do secretário Arce nega que haverá transtornos, alega que "as moedas de cinco centavos estão em plena circulação" e que as concessionárias devem fazer a cobrança dentro dos tempos previstos nos contratos, sob pena de punições em caso de filas excessivas.

Os contratos firmados na década passada previam os arredondamentos na casa de R$ 0,10. Assim, se a tarifa calculada terminasse em até R$ 0,05, ela era ajustada para menos. Acima, para mais.

A Folha ouviu de técnicos estaduais que um dos motivos do novo critério foi a tentativa de "atenuar" os reajustes --evitando alguns arredondamentos para cima às vésperas das eleições.

Eles chegaram a calcular uma diferença próxima de R$ 2 milhões por mês de desequilíbrio contratual devido às mudanças de cálculo.

A Secretaria dos Transportes diz que "não há qualquer desrespeito contratual" e que "qualquer diferença ou desequilíbrio das tarifas será ajustado futuramente".

O presidente da ABCR (associação de concessionárias de rodovias), Moacyr Duarte, informou que a medida "é grave porque está sendo quebrada uma disposição expressa em contrato".

Critérios

O critério usado para reajuste dos pedágios é diferente dependendo da estrada.

Em rodovias como Imigrantes/Anchieta e Bandeirantes/Anhanguera, as tarifas dos pedágios sobem anualmente pela variação do IGP-M, que acumulou 4,18%.

Esse índice se refere aos últimos 12 meses, é calculado pela Fundação Getulio Vargas e base para corrigir os contratos firmados por Mário Covas (PSDB) na segunda metade da década de 1990.

Em estradas como Ayrton Senna e Dom Pedro 1º, concedidas à iniciativa privada nos últimos anos pelo governo Serra, os motoristas deverão enfrentar um aumento maior --porque ele é baseado no IPCA, índice aferido pelo IBGE e que acumulou 5,22%.


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