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quarta-feira, 10 de março de 2010

PT diz que vai processar 'Estado', 'Veja' e promotor




Dutra é candidato de Lula a presidir o PT

  • Folha  Imagem

    Candidato à presidência, José Eduardo Dutra abraça ex-presidente do partido José Genoino e atual ocupante do cargo, Ricardo Berzoini

O Estado de S.Paulo


SÃO PAULO - O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, emitiu nota nesta terça-feira, 9, para protestar contra o que classificou de "escalada de ataques mentirosos" da imprensa por conta das revelações do caso Bancoop e anunciar que acionará judicialmente o Estado em virtude do editorial "O partido da bandidagem", publicado na edição de terça. Dutra informa que igualmente processará a revista Veja, por reportagem sobre o escândalo que circulou na edição desta semana. "Também representaremos no Conselho Nacional do Ministério Público contra o promotor José Carlos Blat, fonte primária de onde brotam as mentiras, as ilações, as acusações sem prova e o evidente interesse em usar a imprensa para se promover às custas de acusações desprovidas de qualquer base jurídica ou factual", afirma o presidente petista em sua nota.

Leia a íntegra da nota do PT:

É com perplexidade e absoluta indignação que o Partido dos Trabalhadores vem acompanhando a escalada de ataques mentirosos, infundados e caluniosos por parte de alguns órgãos da imprensa a partir de matéria sensacionalista publicada na última edição da revista Veja.

O mais absurdo desses ataques se deu hoje, terça-feira (9), quando o jornal O Estado de S. Paulo usou seu principal editorial para acusar o PT de ser "o partido da bandidagem" – extrapolando todos os limites da luta política e da civilidade sem qualquer elemento que sustente sua tese.

O PT tem uma incontestável história de lutas em defesa da democracia, da cidadania, da justiça e das liberdades civis. Nasceu dessas lutas, se consolidou a partir delas e, nos governos que conquistou, tem sido o principal promotor da idéia de um Brasil efetivamente para todos, com absoluto respeito às instituições democráticas, às regras do jogo político e ao direito fundamental à liberdade de opinião e expressão.

Para nós, a diversidade de opiniões é a essência não só da democracia, mas também do próprio PT. Devemos a essa característica, em grande parte, o sucesso de nosso projeto de país, cujo apoio majoritário da população se dá em oposição aos interesses da minoria que nos ataca.

Nem o PT nem a sociedade brasileira podem aceitar o baixo nível para o qual parte da mídia ameaça levar o embate político às vésperas de mais uma eleição presidencial. O Brasil não merece isso. A democracia não merece isso. A liberdade de imprensa, defendida pelo PT mais do que por qualquer outro partido, não merece que façam isso em nome dela.

O PT não entrará nesse jogo, no qual só ganham aqueles que têm pouco ou nenhum compromisso com a democracia. Mas buscará, pelas vias institucionais, a devida reparação judicial pelas infâmias perpetradas contra o partido e seus milhões de militantes nos últimos dias.

Acionaremos judicialmente o jornal O Estado de S. Paulo, pelo editorial desta terça, e a revista Veja, pela matéria que começou a circular no último sábado. Também representaremos no Conselho Nacional do Ministério Público contra o promotor José Carlos Blat, fonte primária de onde brotam as mentiras, as ilações, as acusações sem prova e o evidente interesse em usar a imprensa para se promover às custas de acusações desprovidas de qualquer base jurídica ou factual.

José Eduardo Dutra Presidente Nacional do PT

| N° Edição: 2089 | 25.Nov - 00:00

O Enviado de Lula

Em eleições de cartas marcadas, José Eduardo Dutra será eleito o novo presidente nacional do PT

O PT deve encerrar de vez a tradição de ser um partido democrata, aberto ao diálogo das inúmeras tendências e grupos ideológicos que o compõem, no domingo 22, quando ocorrem as eleições internas da legenda. Ao contrário de anos anteriores, antes mesmo de os votos chegarem às urnas o resultado das eleições não é segredo para ninguém.

O ex-senador José Eduardo Dutra, da corrente “Construindo um Novo Brasil” (CNB), será o novo presidente do partido, de acordo com a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em Estados onde a aliança com o PMDB está mais ameaçada, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, Lula também indicará quem serão os presidentes regionais. O fim da democracia petista tem um só objetivo: azeitar a máquina partidária com vistas a fortalecer a estratégia de tornar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a sucessora de Lula.
“Uma vitória de candidatos que defendem a tese da aliança com o PMDB em vários Estados é uma sinalização fundamental para 2010”, afirma o coordenador nacional das eleições da CNB, Francisco Rocha. Segundo ele, a conquista da maioria dos diretórios por parte da CNB daria ainda mais força para Lula moldar os palanques regionais. A tese foi repetida por Dutra durante a campanha.
“A continuidade do nosso projeto político em 2010 dependerá da capacidade de agregar forças de centro, principalmente o PMDB”, disse. No Rio de Janeiro, por exemplo, Lula apoia a chapa do deputado federal Luiz Sérgio, que é a favor da reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB), contra a candidatura do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT-RJ).
A estratégia de campanha dos adversários de Dutra é mostrar que uma vitória da CNB é um risco à imagem do partido, ao reabilitar antigos dirigentes que estiveram envolvidos direta ou indiretamente com o mensalão, como o ex-ministro José Dirceu, os deputados José Genoino, José Mentor e João Paulo Cunha. Caso Dutra obtenha 60% dos votos, terá o direito de indicar a mesma proporção de dirigentes nacionais.
“O que está em jogo agora é o controle do partido nas eleições de 2010 e se o PT se inclinará a favor de uma aliança estratégica com o PMDB”, alerta o secretário de relações internacionais, Valter Pomar, da corrente “Esquerda Socialista”, cuja candidata é a deputada estadual Iriny Lopes (ES).

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Pimentel teria atuado no mensalão do PT, diz revista

Plantão | Publicada em 26/02/2010 às 19h33m

Reuters/Brasil Online

BRASÍLIA (Reuters) - O processo que investiga o mensalão do PT pelo Supremo Tribunal Federal inclui o nome de Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, apontado como um dos operadores de remessa ilegal de recursos para o exterior. A informação é da revista IstoÉ que chegou às bancas nesta sexta-feira.

A revista afirma que teve acesso ao processo judicial com 69 mil páginas contendo laudos sigilosos da Polícia Federal, relatórios reservados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), pareceres da Receita Federal e outras representações criminais que tramitam sob segredo de Justiça em vários Estados.

Fernando Pimentel, um dos prováveis coordenadores da campanha presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), é citado pela revista como participante das investigações do escândalo que veio a público em 2005.

Ele é apontado no processo, segundo a IstoÉ, como um dos operadores de remessa ilegal de recursos para o exterior depois usados para pagamentos de dívidas do PT com o publicitário Duda Mendonça.

A origem desses recursos, de acordo com denúncia do Ministério Público de Minas Gerais citada na reportagem, está em um contrato superfaturado da prefeitura de Belo Horizonte feito durante a gestão de Pimentel.

A revista também indica a suposta presença de recursos públicos no esquema de compra de votos pelo partido. De acordo com a reportagem, o processo traz depoimentos que comprovariam o desvio de recursos da verba publicitária do Banco do Brasil para o PT.

Em outro caso, de acordo com a reportagem, as investigações apontam que houve o envio pela cúpula nacional do PT de 1 milhão de reais não contabilizados à Executiva Regional da sigla do Rio Grande do Sul. O dinheiro teria sido usado para pagar dívidas do Fórum Social Mundial, evento organizado por entidades e partidos de esquerda para se contrapor ao Fórum Econômico Mundial realizado na Suíça.

A reportagem traz também trechos de depoimentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do vice-presidente José Alencar e dos ex-ministros do governo Lula Walfrido dos Mares Guia (Turismo), Aldo Rebelo (Articulação Política) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça).

Fernando Henrique elogia o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB), autor das denúncias sobre o mensalão. Alencar nega que sabia do uso de recursos irregulares na campanha presidencial de 2002.

Já os ex-ministros teriam confirmado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria tomado conhecimento do suposto esquema de compra de apoio político em conversa com Roberto Jefferson.

PT: OBJETIVO ELEITORAL

Pimentel rebateu as informações publicadas pela revista. Por meio de nota, argumentou que "a intenção óbvia é causar danos à imagem de um dos coordenadores da campanha da ministra Dilma Rousseff à Presidência".

"Nunca fui, também, inquirido, indiciado, denunciado e sequer ouvido por qualquer ligação, ainda que indireta, com o chamado mensalão", destacou.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, criticou o vazamento das informações.

"Me surpreende de forma brutal que 69 mil páginas de um processo que tramita sob segredo de Justiça vaze. Não é um vazamento, é quase uma abertura de comporta", disse Dutra à Reuters. "O objetivo é claramente eleitoral."

Ele vê como fato novo na reportagem a menção ao ex-prefeito de BH. "É surpreendente. O Pimentel nunca foi citado, nunca foi arrolado", rebateu. "É um contrato que foi feito anos atrás e nunca houve questionamento jurídico."

Perguntado se a posição do ex-prefeito de Belo Horizonte na campanha eleitoral se fragiliza, Dutra negou: "Pimentel está super tranquilo e nós também". Pimentel também tenta disputar o governo de Minas Gerais nas eleições de outubro.

Segundo Dutra, o PT e Pimentel analisarão possíveis medidas judiciais contra a revista e o vazamento. O Banco do Brasil informou que não se manifestaria.

(Reportagem de Fernando Exman)


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