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domingo, 26 de abril de 2009

México e EUA elevam número de casos suspeitos de gripe suína; britânico é internado

25/04/2009 - 23h04

colaboração para a Folha Online

O mais recente levantamento oficial sobre a gripe suína no México eleva para 81 o número de mortes suspeitas, entre elas 20 casos confirmadamente causados pelo vírus, disse neste sábado o ministro mexicano da Saúde, José Angel Cordova. O número anterior era de 68 casos possíveis, incluídas as 20 confirmações. Transmitida de pessoa para pessoa a doença também atingiu os Estados Unidos, onde 11 pessoas foram infectadas, e despertou a preocupação da OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre a possibilidade de uma pandemia global.

Mais de 1.300 pessoas estão com casos que podem ser de gripe suína. O governo informou neste sábado que o fechamento das escolas da Cidade do México e das áreas vizinhas deve continuar até, pleo menos, o próximo dia 6 de maio. A suspensão das aulas também foi estendida ao Estado de San Luis Potosí.

No que pode ser o primeiro caso fora dos EUA e do México, um tripulante de avião da companhia britânica British Airways que internado em Londres neste sábado com "sintomas de gripe" depois da chegada do voo procedente do México, neste sábado. O homem, cuja identidade não foi revelada, está com gripe e responde bem ao tratamento. A internação é uma "medida de precaução", informou um porta-voz da Agência de Proteção de Saúde do Reino Unido.

Todos os casos constatados no México procedem do contágio humano, segundo o ministério mexicano da Saúde. O vírus seria de origem europeia ou asiática, declarou o ministro José Angel Cordova. Segundo as autoridades mexicanas, não há risco de transmissão pela ingestão de carne de porco.

A doença atinge "jovens adultos com boa saúde", e a mutação do vírus é inédita, "com seus genes jamais encontrados antes" segundo a OMS. O fato de os adultos serem o alvo da doença sugere que as populações mais vulneráveis --crianças e idosos-- tenham ficado imunizadas devido às vacinas contra gripe. Remédios antigripais como o Tamiflu também são considerados eficientes contra a infecção, principalmente se administrados quando os primeiros sintomas se manifestam, informou o CDC nesta sexta-feira.

Neste sábado, o governo mexicano decretou estado de emergência para combater a doença. O decreto prevê que funcionários do governo poderão entrar em qualquer imóvel público ou privado do país como parte das medidas estipuladas para fazer frente ao surto de gripe suína.

Na quinta-feira, as autoridades federais alertaram sobre o foco de gripe suína na Cidade do México e no estado do México, decretando a suspensão de aulas em escolas e universidades.

EUA

Nos EUA, as autoridades alertaram neste sábado para o registro de mais um caso de gripe suína no na Califórnia, além das duas ocorrências da doença no Kansas relatadas mais cedo, o que leva para 11 o número de pessoas contaminadas até o momento no país.

Além disso, existe a alta probabilidade de que haja um foco em um colégio de Nova York, onde oito estudantes foram comprovadamente contaminados por uma gripe tipo A.

Uma das responsáveis do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país, a médica Anne Schuchat, alertou neste sábado que o vírus se espalha com muita facilidade e que é impossível contê-lo.

Até o momento, o CDC havia confirmada a existência de seis casos na Califórnia e dois no Texas, dos quais só um necessitou de atendimento hospitalar.

Entretanto, uma das situações mais graves pode ser a do colégio em Nova York, onde 75 estudantes, alguns dos quais viajaram ao México recentemente, começaram ontem a sofrer enjoos, náuseas, febre e dores.

O Comissário de Saúde de Nova York, Thomas Frieden, anunciou em entrevista coletiva que nove dos estudantes se submeteram a um teste médico, e que oito deles testaram positivo para uma gripe tipo A.

Segundo Frieden, isto quer dizer que este grupo provavelmente foi contaminado pela gripe suína. Entretanto, os resultados definitivos serão divulgados amanhã pelo CDC.

"Atualmente, podemos dizer com preocupação que o vírus está se propagando de pessoa a pessoa, com um período de incubação extremamente curto, de um, dois ou três dias. Não sabemos se continuará se espalhando nessa velocidade", disse o comissário de saúde de Nova York.

Frieden reconheceu a gravidade do surto ocorrido no México, onde até o momento morreram 20 pessoas, mas disse que os estudantes de Nova York têm "sintomas leves" e que não correm risco de morrer.

Com Efe, France Presse e Reuters

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