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domingo, 26 de abril de 2009

Mais de 60 comerciantes portugueses sequestrados na Venezuela no primeiro trimestre de 2009



A insegurança e a comunidade portuguesa foram temas abordados numa entrevista televisiva transmitida pela RCTV

Mais de 60 comerciantes portugueses foram vítima de sequestro na Venezuela, no primeiro trimestre de 2009, revelou hoje o jornalista Wilmer Suárez durante uma entrevista no programa televisivo 'La Bicha', transmitido pela Rádio Caracas Televisão Internacional (RCTV).

"Falando desse tema tão delicado que nós sempre tocamos que é a insegurança, a comunidade portuguesa na Venezuela está com as mãos na cabeça", começou por explicar Wilmer Suárez, do diário 'La Voz', a Berenice Gomez, condutora do programa.

"Nestes (primeiros) três meses que vão (de 2009) há mais de 60 sessenta sequestros expressos de comerciantes portugueses que foram mantidos em cativeiro até 15 e 20 dias, obrigando-os a pagar somas que vão até seiscentos mil bolívares dos fortes [206.718 euros]", explicou.

Segundo Wilmer Suárez "o problema mais grave é que se não têm com que pagar, dão uma parte e o resto vai-lhes sendo cobrado mensalmente".

"Isto trouxe como consequências que tanto o consulado de Portugal como a embaixada se tenham reunido para estudar a possibilidade de trazer à Venezuela, através do convénio que há com a União Europeia, grupos policiais de investigação e da Scotland Yard (polícia de Londres) para que investiguem, com licença do governo venezuelano, o que está acontecendo", diz.

Segundo o jornalista a insegurança na Venezuela é uma "situação realmente dantesca e perigosa".

A insegurança é uma das queixas mais frequentes da comunidade lusa radicada no país, que oculta da imprensa as situações de que é vítima e muitas vezes não apresenta a respectiva denúncia ante as autoridades competentes.

Desde Outubro de 2007 que a Polícia Judiciária de Portugal colocou, junto da Embaixada lusa em Caracas, um "oficial de ligação", Jerónimo Fernandes, para apoiar a comunidade e facilitar as relações com as autoridades venezuelanas.

O "oficial de ligação" tem ainda a missão "de aumentar os níveis de confiança da comunidade portuguesa relativamente às polícias", além de desenvolver campanhas preventivas e educativas, sensibilizando os portugueses para a necessidade de adoptarem um conjunto vasto de medidas, que minimizem as hipóteses serem vítimas de sequestros.

Lusa

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