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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Mãe de menino que caiu de prédio desmaia em enterro


Garoto de 3 anos morreu ao cair de 6º andar de prédio no Centro de SP.
Avó acha que menino subiu em velocípede que estava em cima da cama.

Do G1, em São Paulo


A mãe do menino de 3 anos que morreu ao cair do 6º andar de um prédio no Centro de São Paulo, Sheila Alves Moreira, de 26 anos, passou mal e desmaiou na manhã desta terça-feira (2) durante o enterro do garoto realizado no Cemitério Vale dos Reis, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

Segundo amigos da família, desde que o menino morreu no domingo (31) a mãe não consegue dormir e se alimenta mal. Durante o velório, na manhã desta terça, ela passou a maior parte do tempo ao lado do caixão.

Alcides Fortunato Júnior, de 3 anos, morava com a mãe e o irmão de 11 anos no apartamento do 6º andar. De acordo com a avó materna da criança, Irene Alves Moreira, de 53 anos, a família havia se mudado para o local há cerca de 20 dias, após a mãe ter se separado do pai do garoto e ter deixado a cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, onde eles viviam.



Segundo a avó, o menino dormia com a mãe numa cama de casal, que ficava ao lado da janela. Irene acredita que o garoto possa ter conseguido alcançar a janela ao subir em um velocípede, que foi visto em cima da cama após a queda da criança. A avó disse que a mãe já estava pensando em colocar uma tela de proteção na janela e apenas esperava acabar de arrumar a casa com todos os móveis para poder cuidar disso. “Ela tinha acabado de se mudar, nem chegaram todos os móveis ainda”, comentou a avó.

Desespero

No domingo, Sheila estava trabalhando na portaria do prédio e o garoto adormeceu em seu colo. Segundo a avó, a mãe pediu para seu outro filho, de 11 anos, colocar o menino na cama. Quando o garoto desceu do apartamento para dizer para a mãe que Alcides estava dormindo, um recepcionista de um hotel da região avisou que uma criança havia caído do prédio.

A mãe foi até a rua e viu que era seu filho. Segundo o recepcionista Márcio de Souza Júnior, de 31 anos, ela se desesperou. “Quando ela chegou perto repetiu três vezes ‘é meu filho?’ e entrou em desespero”, relatou o recepcionista. “Essa cena não vou tirar nunca da minha cabeça”, acrescentou.


O rapaz que trabalha há um ano em um hotel colado ao prédio disse que um guarda civil metropolitano chegou três minutos depois da queda e avaliou o batimento cardíaco por meio de um toque no pulso da criança. Quando os bombeiros chegaram tentaram reanimar a criança.

A mãe da criança ficou em estado de choque. Ela recebeu atendimento na Santa Casa de Misericórdia. “A hora que ela viu a situação, ela entrou em desespero. Ela pedia pelo amor de deus, para socorrer o filho dela”, relata o guarda-civil Paulo Cesar Pereira da Silva.

O caso foi registrado como morte de natureza suspeita no 3º Distrito Policial, de Santa Ifigênia. A perícia e a investigação vão apontar as causas da queda

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