Garoto de 3 anos morreu ao cair de 6º andar de prédio no Centro de SP.
Avó acha que menino subiu em velocípede que estava em cima da cama.
A mãe do menino de 3 anos que morreu ao cair do 6º andar de um prédio no Centro de São Paulo, Sheila Alves Moreira, de 26 anos, passou mal e desmaiou na manhã desta terça-feira (2) durante o enterro do garoto realizado no Cemitério Vale dos Reis, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
Segundo amigos da família, desde que o menino morreu no domingo (31) a mãe não consegue dormir e se alimenta mal. Durante o velório, na manhã desta terça, ela passou a maior parte do tempo ao lado do caixão.
Alcides Fortunato Júnior, de 3 anos, morava com a mãe e o irmão de 11 anos no apartamento do 6º andar. De acordo com a avó materna da criança, Irene Alves Moreira, de 53 anos, a família havia se mudado para o local há cerca de 20 dias, após a mãe ter se separado do pai do garoto e ter deixado a cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, onde eles viviam.
Segundo a avó, o menino dormia com a mãe numa cama de casal, que ficava ao lado da janela. Irene acredita que o garoto possa ter conseguido alcançar a janela ao subir em um velocípede, que foi visto em cima da cama após a queda da criança. A avó disse que a mãe já estava pensando em colocar uma tela de proteção na janela e apenas esperava acabar de arrumar a casa com todos os móveis para poder cuidar disso. “Ela tinha acabado de se mudar, nem chegaram todos os móveis ainda”, comentou a avó.
Desespero
No domingo, Sheila estava trabalhando na portaria do prédio e o garoto adormeceu em seu colo. Segundo a avó, a mãe pediu para seu outro filho, de 11 anos, colocar o menino na cama. Quando o garoto desceu do apartamento para dizer para a mãe que Alcides estava dormindo, um recepcionista de um hotel da região avisou que uma criança havia caído do prédio.
A mãe foi até a rua e viu que era seu filho. Segundo o recepcionista Márcio de Souza Júnior, de 31 anos, ela se desesperou. “Quando ela chegou perto repetiu três vezes ‘é meu filho?’ e entrou em desespero”, relatou o recepcionista. “Essa cena não vou tirar nunca da minha cabeça”, acrescentou.
O rapaz que trabalha há um ano em um hotel colado ao prédio disse que um guarda civil metropolitano chegou três minutos depois da queda e avaliou o batimento cardíaco por meio de um toque no pulso da criança. Quando os bombeiros chegaram tentaram reanimar a criança.
A mãe da criança ficou em estado de choque. Ela recebeu atendimento na Santa Casa de Misericórdia. “A hora que ela viu a situação, ela entrou em desespero. Ela pedia pelo amor de deus, para socorrer o filho dela”, relata o guarda-civil Paulo Cesar Pereira da Silva.
O caso foi registrado como morte de natureza suspeita no 3º Distrito Policial, de Santa Ifigênia. A perícia e a investigação vão apontar as causas da queda Sphere: Related Content
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