Para Antonio Nardoni, juízes não devem considerar clamor público.
‘Irei até o fim para provar inocência. Quero que a lei seja aplicada’, disse.
Menos de uma semana após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter negado liberdade a Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, o avô paterno de Isabella, o advogado Antonio Nardoni, diz que pode levar o caso a organismos internacionais, ao defender que os magistrados não considerem o clamor público para julgar a revogação da prisão do casal.
Caso Isabella: cobertura completa
“Se for necessário, iremos para fora do país. Teremos de recorrer a organismos internacionais. Eu irei até o fim para provar a inocência deles. Quero que a lei seja aplicada”, afirmou ele, acrescentando que ainda não levou essa idéia aos advogados do casal.
O ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou a liberdade ao casal na sexta-feira passada (16). Antes da divulgação da sentença, em entrevista publicada no site do STJ, Maia Filho afirmava que seria “desfaçatez” negar que há influência do clamor público em decisões judiciais de grande repercussão. “Crimes brutais não deixam a gente abalado? Claro que sim”.
Segundo o ministro do STJ, para fazer um julgamento, é obrigatório isolar o emocional, “mas não o sensorial”. “O juiz tem de sentir o que a sociedade sente.”
O pedido de habeas corpus chegou na segunda-feira (19) à Procuradoria Geral da República e será analisado por Eugênio Aragão, sub-procurador geral da República. Não há prazo para a emissão do parecer. Em seguida, o parecer é devolvido ao ministro Maia Filho para o julgamento do mérito do pedido pela Quinta Turma do STJ, composta por ele e mais quatro ministros.
O avô da menina morta em 29 de março também voltou a criticar a investigação da polícia que, segundo ele, não apurou a existência de um possível terceiro suspeito na cena do crime. Sphere: Related Content
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