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terça-feira, 15 de abril de 2008

Dengue em São Paulo

Dengue

Mosquito Aedis aegyptiO Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo está em alerta. No primeiro semestre de 2008 o Estado apresentou 1.297 casos de dengue sendo 55 deles na capital, segundo a Secretaria da Saúde.

No Brasil foram registrados, no mesmo período, 120.570 casos, conforme Ministério da Saúde.

O Estado do Rio de Janeiro registrou, até o dia 9 de abril, 75.399 casos de dengue e 79 mortes confirmadas, sendo 46 delas na capital. Na capital fluminense, desde o início de 2008 foram mais de 37 mil casos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a dengue como um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A estimativa é de 50 a 100 milhões de casos a cada ano em mais de 100 países. No Brasil as condições climáticas e sócio-ambientais favorecem a procriação do Aedis aegypti, o mosquito transmissor da dengue.

As regiões mais propícias para o desenvolvimento do mosquito são as cidades litorâneas e bairros localizados perto de rios. Mas, como para o Aedis aegypti se reproduzir basta água parada e limpa, vale verificar, em casa, como estão os vasos de flores, evitar as plantas aquáticas e os objetos de decoração que levam água.

“A dengue é uma doença de difícil diagnóstico, pois seus sintomas são muito parecidos com os da gripe ou outras viroses e até algumas infecções bacterianas, como a febre tifóide”, explica David Salomão Lewi, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Para diferenciá-las é importante estar atento e saber se o paciente esteve em áreas consideradas endêmicas, destacando-se as zonas litorâneas.

Na luta pelo combate ao mosquito a comunicação e envolvimento da sociedade são imprescindíveis. Informações veiculadas na mídia e campanhas como o Programa Nacional de Controle da Dengue, do Ministério da Saúde, servem para alertar a população que, apesar das altas chances de cura, a dengue pode matar e a forma mais eficaz de prevenção é não deixar o mosquito transmissor se reproduzir.
Prevenir é o segredo

Batizado de “mosquito limpo”, o agente transmissor se reproduz em águas limpas e paradas. Para evitar a procriação é preciso adotar medidas simples, que merecem atenção especial no verão, quando as chuvas acontecem com mais freqüência:

1. Mantenha os pratos dos vasos sempre secos. Uma dica: colocar um pouco de areia, assim não haverá risco de água parada.
2. As garrafas vazias devem estar sempre de cabeça para baixo. O ideal é guardá-las em lugar coberto, evitando que se encham com a água da chuva.
3. Troque a água para consumo dos animais todos os dias. Os recipientes lavados com bucha ou escova, pelo menos uma vez por semana. Mantenha-os sempre em locais frescos.
4. Não guarde pneus velhos; eles podem ser reciclados e a maioria das borracharias aceita doações.
5. Tampe poços, tambores e outros depósitos de água.
6. Limpe as caixas d'água e cisternas de prédios pelo menos uma vez ao ano. Esses recipientes devem ficar tampados.
7. Ensaque o lixo caseiro em sacos plásticos.
8. Chame a limpeza urbana de sua cidade para remover lixo e entulhos, bem como para escoar água parada ou empoçada.
9. Em locais de sabida infestação dos mosquitos transmissores ou de suspeita, procure andar de calçados, meias e calças compridas, pois o mosquito transmissor da dengue costumar voar baixo, na altura da canela.

Em algumas cidades, a equipe da Fundação Nacional de Saúde (FNS), passa com o "fumacê" e pulveriza inseticida. Se isso acontecer perto da sua casa, abra completamente as portas e janelas, cubra os alimentos, as gaiolas, os aquários e os latões contendo água de beber.
Tipos de Dengue

Clássica

É a mais comum, contraída logo na primeira vez em que uma pessoa é picada pelo mosquito. Um dos primeiros sintomas é febre alta e dores de cabeça. A febre dura cerca de cinco dias, com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Raramente há complicações.
Hemorrágica

Acomete raramente pessoas que são infectadas novamente por outro sorotipo de vírus (existem 4 sorotipos que podem causar doença no homem). Essa é uma forma grave de dengue que pode levar à morte. No início, os sintomas são iguais aos da dengue clássica, mas após alguns dias, há sangramento em vários órgãos.

Doença disfarçada

A dengue pode ser confundida com sarampo, rubéola e gripe, pois possui sintomas semelhantes. O dr. Lewi alerta que é preciso ficar atento às pequenas diferenças entre essas doenças e verificar se há informação sobre epidemias e em quais regiões. “Cruzando os dados é mais fácil chegar a um diagnóstico e, em caso de suspeita, o correto é sempre procurar um hospital”, orienta.

Fique de olho nos sintomas da dengue e nos dados que devem ser analisados para que você consiga diferenciá-la de outras doenças:

1. Febre, geralmente alta – em torno de 40ºC – que dura de 4 a 7 dias
2. Fortes dores de cabeça e atrás dos olhos
3. Manchas vermelhas por todo o corpo
4. Indisposição e dores musculares
5. Náusea e vômito

Diante desses sintomas é importante se fazer as seguintes perguntas:

1. Estive em regiões de risco de incidência do mosquito?
2. Lembro-me de ter sido picado? Vale dizer que a picada não provoca coceira.

Tratamento

Segundo o infectologista, o tratamento da dengue serve para aliviar os sintomas. Não há nenhum medicamento que elimine ou combata diretamente o vírus. “Remédios à base de ácido acetilsalisílico – como Aspirina – e outros antiinflamatórios, não devem ser utilizados no tratamento”, alerta. Isso porque a dengue causa alterações no sangue e o uso desses tipos de medicamentos podem levar a manifestações hemorrágicas nos pacientes.

Abril/2008

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