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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

#DesabamentoRio Bombeiros retiram 12ª vítima fatal dos escombros



Rio - Equipes de resgate encontraram por volta das 17h desta sexta-feira mais um corpo nos escombros dos prédios que desabaram no Centro. Ao todo, 12 pessoas foram encontradas e pelo menos 15 estão desaparecidas, vítimas da tragédia da noite da última quarta. Ainda não se sabe o sexo dessa última vítima resgatada.  Entre os mortos estão cinco mulheres, quatro homens e três ainda não identificados. Mais cedo, o nono corpo foi achado perto da saída do edifício. A expectativa dos bombeiros é de que mais vítimas estejam na área.
O comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, disse que os últimos mortos foram encontradas em uma escadaria. De acordo com ele, isso seria um sinal de que as pessoas tiveram tempo para tentar escapar do desmoronamento.
Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
"Os corpos estão com traumas profundos, bastanhte machucados. Isso afasta a possiblidade de explosao de gás", disse Simões.
O Instituto Médico-Legal (IML) informou que foram identificados Cornélio Ribeiro Lopes, de 73 anos, porteiro do Edifício Liberdade, onde morava com a mulher, Margarida Vieira de Carvalho, que também faleceu na tragédia, Celso Renato Braga Cabral, de 44 anos – cujo enterro foi realizado nesta sexta, em Niterói, na Região Metropolitana, o contador Nilson Assumpção Ferreira, 50, e Alexandra Alves Lima, de 29 anos.
Homenagem
Por volta das 16h30 um senhor pediu a um operador de máquina de retroescavadeira para que depositasse um ramo de flores aos pés de uma árvore, na frente dos escombros dos prédios que desabaram na Avenida Treze de Maio, no Centro.
Quem recebeu o "presente" foi o operador Josias Silva de Souza, 31 anos. Não se sabe se o senhor é parente das vítimas.
>> FOTOGALERIA: Bombeiros trabalham em resgate de vítimas
Rodrigo Bastos acredita que o trabalho na área de resgate deve ser concluída ainda durante o dia. Ele acredita que a maioria das vítimas devem ser encontradas em um mesmo espaço, já que muitas estavam em um curso de informática. Há a possibilidade de corpos estarem carbonizados, devido aos focos de incêndio que persistem.
Cerca de 22 toneladas de escombros foram retiradas da área. Toda a região em volta dos três prédios que desabaram – um de 18 andares, outro de 10 e o menor com quatro pisos – será mantida isolada, segundo as autoridades locais. Por segurança, quatro prédios que ficam próximos aos edifícios que desabaram estão fechados.
As investigações sobre as causas do acidente ainda não foram concluídas. Mas a suspeita mais provável, segundo os investigadores, é que houve colapso na estrutura do prédio mais alto, devido a falhas em uma reforma feita em um dos andares, onde funcionava uma empresa de informática.
A desconfiança é que a reforma, que ocorria há dois meses, levou à retirada de vigas de sustentação, ameaçando a estrutura do prédio. Os dois edifícios que estavam ao lado acabaram sendo atingidos pela força da primeira queda, segundo investigações preliminares.
As famílias das vítimas estão sendo mantidas em um núcleo de atendimento, na Câmara Municipal do Rio, que fica perto do local onde ocorreram os desabamentos. Os atendimentos aos parentes e amigos são feitos por funcionários da Defesa Civil e da prefeitura da capital.
Histórias profissionais em ruínas no meio do desabamento
No total de 34 pavimentos dos três prédios que desabaram na Avenida Treze de Maio, haviam salas comerciais onde funcionavam empresas de informática, imobiliárias, escritórios de advocacia, consultorias de recursos humanos, agências de publicidade, entre outras.

No térreo do prédio 44, construído em 1940 e que possuía 18 andares, além de loja e sobreloja, funcionava uma agência do Banco Itaú. Os outros dois prédios foram construídos em 1938. O imóvel número 40 tinha quatro andares, e o número 38, dez pavimentos. No prédio menor funcionava uma loja de produtos naturais.
O dentista Antônio Molinari, 60 anos, conta que tinha cinco consultórios odontológicas em um dos edifícios, e ainda não sabe como retomar o trabalho. Calcula prejuízo em torno de R$ 300 mil. “Além de ter perdido tudo, sou obrigado a ver pessoas garimpando equipamentos em meio aos destroços”, critica Antônio.
Segundo o presidente da Associação Comercial do Rio, Antenor Barros, as lojas da região vão demorar pelo menos uma semana para retomar a rotina de antes da tragédia.









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