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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Bombeiros acham carro com família soterrada e resgatam 5 corpos no RJ


Com isso, subiu para 18 número de mortos na cidade de Sapucaia

iG Rio de Janeiro | 11/01/2012 17:07 - Atualizada às 17:27


Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
Cinco pessoas de uma mesma família se abrigaram em um Fusca e morreram
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Sapucaia, no Centro Fluminense, informou na tarde desta quarta-feira (11) que subiu para 18 o número de mortos em consequência das chuvas na cidade.
Leia também: Tragédia na Região Serrana completa um ano
Segundo o governo municipal, foi achado na rua dos Barros, no distrito de Jamapará, um Fusca onde uma família inteira se abrigou quando houve o deslizamento na madrugada da última segunda-feira (9). De dentro do carro, foram retirados os corpos de cinco pessoas.
De acordo com a Prefeitura, estavam no veículo, Francisco Edézio Lopes, de 46 anos, sua mulher, Valdinéia, as duas filhas do casal, Francine, de 15 anos, e Vitória, de 7, e ainda um primo, Sebastião Lopes.
O deslizamento na rua dos Barros provocou a morte de 17 pessoas. Oito casas foram soterradas. Em um outro ponto de Jamapará, um homem morreu em consequência do desabatamento de uma casa.
A Prefeitura estima que entre quatro e seis pessoas ainda estejam desaparecidas na região.
 

Foto: Divulgação
Bombeiros localizaram Fusca onde estaria família foi soterrada
Emergência
O prefeito de Sapucaia, Anderson Zanon, decretou hoje estado de emergência devido aos últimos acontecimentos ocorridos em Jamapará, quarto distrito.
Zanon espera que em curto espaço de tempo ocorra a homologação da situação de emergência no município pelo governo estadual e também pelo Governo Federal com vistas a reconstrução de áreas afetadas.
De acordo com a Prefeitura, depois de homologado, o decreto de emergência garante o envio de recursos do Estado e da União para o município.
A Defesa Civil interditou 30 imóveis na cidade. O número de desalojados subiu para 204 pessoas e o número de desabrigados continua em 50.
Veja mapa com a localização dos deslizamentos em Sapucaia:


Foto: Arte iG
Deslizamentos que provocaram mortes em Sapucaia ocorreram em dois pontos


Dinheiro serviu apenas para ações emergenciais após tragédia de 2011, admite prefeito de Petrópolis (RJ)

Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo
A maior parte dos R$ 7 milhões que Petrópolis recebeu do governo federal após as fortes chuvas de 12 de janeiro de 2011 foram destinadas a ações emergenciais, e não à reconstrução do que foi destruído, tampouco a medidas de prevenção.
A afirmação é do prefeito da cidade, Paulo Mustrangi (PT). Ele falou com o UOL após a publicação da série de reportagens que, a partir desta quarta-feira (11), mostra como os três municípios mais afetados pela chuva de um ano atrás –além de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo– lidaram com os estragos do passado e com a perspectiva de se evitarem novas tragédias.

No caso de Petrópolis, a área mais devastada fica no Vale do Cuiabá, localidade rural do distrito de Itaipava. Lá, são comuns cenas de encostas sem obras ou com obras insipientes, pontes destruídas e não refeitas, areia dragada de rios já assoreados e queixas de abandono por parte de moradores e comerciantes do bairro.

Tragédia na região serrana do Rio - um ano depois

Foto 2 de 127 - Um ano depois da tragédia que matou mais de 900 pessoas, a região serrana do Rio de Janeiro ainda vive os efeitos dos estragos. O rio Cuiabá, por exemplo, localizado no distrito de Itaipava, em Petrópolis, tem vários trechos de assoreamento e um vale dominado por construções abandonadas e muitas ainda destruídas. Ao todo, 74 pessoas morreram só no vale do Cuiabá. Na foto, areia tirada do rio e que acaba sendo depositada nas margens Mais Daniel Ramalho/UOL
De acordo com Mustrangi, as investigações de órgãos como o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre desvios de recursos públicos de Teresópolis e Nova Friburgo acabou atrasando licitações de obras necessárias em Petrópolis. “Posso garantir que a ação de primeiro momento no sentido de acolher as vítimas no aluguel social e distribuir donativos foi feita, assim como a limpeza de toda a região e instalação de postes de energia e lixeiras. Mas a questão burocrática de licitações que eram investigadas e auditorias nas cidades vizinhas suspendeu todos os processos de licitação e atrasou nossas obras de reconstrução. É fato”, afirmou.

A dragagem de rios e pontes destruídas, reconhece o prefeito, são as ações mais afetadas por esses atrasos e também as mais urgentes. Para 2012, contudo, ele cita a instalação de um sistema de alerta por sirenes –que gera controvérsias sobre a eficácia, constatou a reportagem, em bairros de Teresópolis– como primordial. “As demais ações seguem um planeamento e serão feitas em cima de estudos técnicos”, resumiu.

Indagado sobre a nota que dá à própria gestão nesses 12 meses após a tragédia, de zero a dez, Mustrangi desconversou: “Não me dou nota, mas, em termos de pronto-atendimento, digo que nossa ação foi boa. Falhas sempre há, mas também é difícil agradar todo mundo”, finalizou.





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