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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Gaddafi diz que saída do complexo em Trípoli foi "tática"


terça-feira, 23 de agosto de 2011 20:51 BRT

TRÍPOLI (Reuters) - O líder líbio, Muammar Gaddafi, disse na quarta-feira (horário local) que sua saída do complexo Bab al-Aziziya foi uma "mudança tática" depois que o local foi alvejado por 64 ataques aéreos da Otan.

Gaddafi falou em entrevista a uma rádio de Trípoli, que foi noticiada pela TV Al-Orouba, transmitindo em conjunto com a Al-Rai TV. Ele prometeu morrer como mártir ou vencer na batalha contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Separadamente, os rebeldes líbios afirmaram que a luta pela capital Trípoli deixou mais de 400 mortos e ao menos 2.000 feridos, segundo a Al-Arabiya TV.

(Reportagem de Ali Abdelatti)



Líbia vai honrar contratos com Brasil, diz Patriota

terça-feira, 23 de agosto de 2011 16:47 BRT

Por Jeferson Ribeiro

BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro recebeu informações de que os contratos de companhias do país serão respeitados por um novo governo da Líbia, apesar de o Brasil não ter apoiado a rebelião, afirmou o chanceler Antonio Patriota nesta terça-feira.

Os rebeldes parecem estar perto de pôr fim à liderança de 42 anos de Muammar Gaddafi, e aumentaram as preocupações de que um novo governo líbio poderia punir empresas de países como China e Brasil, que não deram suporte ao movimento de oposição ao regime.

"A mensagem que nos foi transmitida (pelos rebeldes) é que há grande apreço com a contribuição que o Brasil tem dado ao desenvolvimento da Líbia... e que os contratos serão honrados", disse Patriota sobre a atuação de empresas brasileiras no país africano.

"Essa é a nossa preocupação principal e não tem por que duvidarmos dessa palavra", acrescentou o chanceler. Ele citou Petrobras, Queiroz Galvão e Odebrecht entre as empresas brasileiras que atuam na Líbia.

A Petrobras informou que vai esperar o posicionamento de um provável novo governo na Líbia para definir se retoma ou não as atividades exploratórias no país. A companhia operava uma área de exploração lá, mas retirou todos os funcionários no momento em que a revolta ganhou corpo.

Uma autoridade da petrolífera líbia AGOCO disse à Reuters que um governo liderado pelos rebeldes poderia ter alguns "problemas políticos" com Rússia, China e Brasil sobre a falta de apoio desses países.

A China respondeu pedindo que a Líbia protegesse seus investimentos e afirmando que o comércio de petróleo entre eles beneficiava os dois países.

Mais cedo, Patriota havia dito à Reuters não acreditar em represálias econômicas a empresas brasileiras por parte de um governo formado por rebeldes na Líbia.

O Brasil não apoiou fortes sanções contra Gaddafi e defendia um fim negociado ao conflito. O país também está entre as nações que se abstiveram em março na votação que aprovou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU autorizando o uso de força para impor uma zona sem voos.

O Brasil ainda reconhece Gaddafi como líder legítimo da Líbia, embora, segundo a Agência Brasil, uma bandeira rebelde estivesse hasteada na embaixada líbia, em Brasília, nesta terça.

"O Brasil reconhece Estados, não reconhece governos, (portanto) não se trata de adotar alguma manifestação a respeito deste ou daquele governo neste momento", disse Patriota.

"O Brasil apoia as aspirações do povo líbio por liberdade, por democracia", afirmou.

Mais de 30 governos, incluindo Estados Unidos e importantes nações europeias, reconheceram o Conselho Nacional de Transição dos rebeldes como representante legítimo da Líbia.

(Reportagem adicional de Hugo Bachega, em Brasília, e de Fabíola Gomes, em São Paulo)


Suíça espera decisão da ONU para liberar dinheiro de ditador

24 de agosto de 2011 | 0h 00

Gustavo Chacra - O Estado de S.Paulo

O Conselho Nacional Transitório (CNT) da Líbia, órgão rebelde com sede em Benghazi, deve esperar uma nova resolução da ONU para ter acesso a cerca de US$ 897 milhões do regime de Muamar Kadafi congelados na Suíça, disseram ontem representantes do governo suíço. O CNT, que deve assumir o poder em Trípoli, precisa do dinheiro para reconstruir a Líbia depois de quase seis meses de guerra civil.

A Suíça disse estar disposta a descongelar fundos assim que as Nações Unidas levantarem as sanções impostas contra a Líbia. "A maior parte dos fundos pertence a empresas estatais e não a indivíduos", disse Roland Vock, diretor de um órgão de assuntos econômicos do governo suíço.

A Alemanha foi o primeiro país a destacar a urgência de uma nova resolução no Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, para desbloquear bilhões em fundos espalhados por diversas partes do mundo.

"É algo que precisa ser feito o mais rapidamente possível para a Líbia ser reconstruída nesta era pós-Kadafi", disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle.

Apesar dessa iniciativa, ainda não está claro quando o Conselho de Segurança votará a medida. Segundo alguns diplomatas, é melhor aguardar para ver o que acontecerá nos próximos dias em Trípoli. Também há a necessidade de verificar exatamente como o dinheiro será entregue ao CNT.

O descongelamento de bens de ex-ditadores nem sempre ocorre de forma rápida. Há casos nos quais a demora é de até quatro anos. Um dos exemplos é o da Nigéria depois do fim do regime de Sani Abacha, conforme lembrou ontem a chancelaria da Suíça.

Estimativas chegam a indicar que Kadafi teria até US$ 250 bilhões no exterior, mas o mais provável, segundo analistas, é que o valor atinja cerca de 10% desse montante - US$ 25 bilhões. Uma das dificuldades será rastrear o dinheiro, espalhado por diferentes países, Governos e organizações independentes estão trabalhando em conjunto para localizar o dinheiro.

Além dos fundos no exterior, existem informações de que o Banco Central da Líbia teria 144 toneladas de ouro em reservas.

Esta quantidade coloca a Líbia entre os países com maior quantidade desse minério, que tem se valorizado em todo o mundo. Não está claro ainda se, após o início da revolta, em março, Kadafi teria contrabandeado parte desses recursos.



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