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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Deputado em Brasília afirmou que faxina no governo é farsa


Classificou como encenação - 26/08/2011 às 11:27h


'Imagina-se uma substituição da ética pela pobreza, como se fosse possível eliminar a pobreza'


Pronunciando-se pela liderança do PSDB, o senador Alvaro Dias (PR) chamou de farsa o conjunto de ações contra a corrupção no governo federal, e lamentou que parlamentares honrados, ao oferecerem apoio à "faxina", tenham feito parte do que classificou como encenação. Alvaro Dias criticou as pressões do Palácio do Planalto contra a criação da CPI da Corrupção e lembrou as palavras da presidente Dilma Rousseff, que afirmou que seu programa de governo é "fazer uma faxina contra a pobreza".

- Imagina-se uma substituição da ética pela pobreza, como se fosse possível eliminar a pobreza de parte do país em meio a tanta corrupção, como se a corrupção não comprometesse a tarefa de eliminar a pobreza nos vários recantos da Nação - disse o parlamentar, que apresentou estatísticas que calculam em R$ 70 bilhões o prejuízo anual do Brasil com a corrupção.

Segundo Alvaro Dias, a presidente foi levada aos procedimentos de limpeza ética porque foi "atropelada pelos fatos", lembrando que o ministro Antonio Palocci contou com a "blindagem" de Dilma e deixou o cargo sob aplausos e elogios oficiais. Citando os casos dos Ministérios dos Transportes e do Turismo, o senador assinalou que os órgãos de fiscalização do governo não apresentaram denúncias que levassem à investigação oficial de responsabilidades.

- Isso não ocorreu até hoje no governo Dilma. Em nenhum momento um órgão de fiscalização e controle recomendou providências no sentido da correção de rumos e de responsabilização de envolvidos em ilícitos praticados - afirmou.

Em apartes, o senador Wellington Dias (PT-PI) disse que o combate à corrupção não é programa de governo, mas um princípio. Ele afirmou que a presidente tomou as medidas que tinha que tomar e pediu que se diferencie denúncia de condenação. José Agripino (DEM-RN) chamou a faxina de factóide e afirmou que a impunidade estimula práticas ilícitas. Marinor Brito (PSOL-A) atacou a "relação promíscua" do governo com o Congresso Nacional, o que, segundo ela, tem dificultado investigações.

Código Penal

Alvaro Dias abriu seu discurso fazendo referência à indicação do jurista René Ariel Dotti para a comissão instituída pelo Senado para elaborar um anteprojeto de Código Penal. O senador mostrou confiança na contribuição de René Dotti para que o novo código atenda às expectativas de todo o povo brasileiro.

- O professor René se consagra como um dos grandes mestres não só no Paraná, mas em todo o Brasil, com um currículo invejável, um itinerário fascinante percorrido na atividade jurídica e de produção intelectual - afirmou.





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