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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Criança de 11 anos dá à luz no ISEA

Menina engravida e perde o filho de 5 meses às vesperas de seu aniversário
Karina Araújo

O drama vivido por "Bia" (nome fictício), que completou 12 anos ontem, é cada vez mais comum, principalmente nos bairros mais carentes da periferia de Campina Grande . Na última quarta-feira, quando ainda tinha 11 anos, ela enterrou o próprio filho, que nasceu de forma prematura, no dia 4, no Isea. A menina, que ainda se recupera do parto e da perda do primeiro filho, sequer tem condições de falar sobre o assunto e está sendo apoiada pela família e pelo namorado, um adolescente de 17 anos. Ontem, como conta a mãe de "Bia", ao receber a visita de uma amiga, ela não conseguia parar de chorar.

A mãe da menina contou que a gravidez foi uma surpresa para a família. Com um neto nos braços, de uma filha adolescente, ela contou o drama vivido pela filha, que estava grávida de cinco meses quando, no último domingo, começou a sentir dores. Ela foi levada até a maternidade, onde estava realizando o pré-natal, e depois de ser atendida, o médico receitou um medicamento e pediu que ela fosse para casa e ficasse de repouso.

Como as dores não diminuíram, a menina foi levada novamente para a maternidade, onde permaneceu em observação e em seguida, com a evolução do trabalho de parto, acabou sendo internada. A mãe de "Bia" disse que, apesar de estar com apenas cinco meses de vida, o bebê, um menino, nasceu de parto normal e era bem grande, mas não tinha os pulmões desenvolvidos o suficiente para sobreviver. A mãe recebeu alta e o bebê permaneceu internado, mas a sua luta pela vida terminou no dia 6.

Meninas como "Bia" ainda deveriam estar sendo atendidas por um pediatra, conforme preconiza o SUS, que estabelece o limite de 15 anos e 11 meses de idade para o acompanhamento por estes especialistas. No entanto, como as meninas estão começando a vida sexual cada vez mais cedo, a pediatra Claudeni Nóbrega disse que, ao receber meninas que já tenham uma vida sexual ativa, recomendam a consulta com um ginecologista. A pediatra explicou que, nestes casos, o corpo delas ainda está em formação ecom uma gravidez precoce, "acontece uma reviravolta hormonal".




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diariodaborborema.
Rio Sanhauá agoniza com esgoto e lixo
Ribeirinhos utilizam o rio para despejar os dejetos, mas muitos acabam usando a água para tarefas domésticas
Juliana Carneiro // julianacarneiro.pb@dabr.com.br

Milhares de litros de esgoto, além de lixo, estão sendo lançados, diariamente, no rio Sanhauá, que banha os municípios de João Pessoa e Bayeux. Ao mesmo tempo em que realizam diferentes atividades em seu leito, como pesca, navegação e lazer, os moradores ribeirinhos, que não têm atendimento com saneamento básico, utilizam as águas do rio como depósito para os dejetos.

Maria do Socorro Meireles, que vive há 16 anos às margens do Sanhauá, na comunidade do Porto do Capim, em João Pessaoa, não tem abastecimento de água em casa.A água suja do rio é necessária, muitas vezes, para a higienização da casa em que vive com três crianças de 11, 9 e 7 anos de idade. "Todas essas pessoas que moram na beira do Sanhauá jogam o esgoto direto no rio. Nesse tempo todo que moro aqui, nunca tivemos uma rede de esgoto", afirma.


Sujeira acumulada à margem do rio Foto: Fabyana Mota/ON/D.A Press
De acordo com a chefe de fiscalização ambiental da Secretaria do Meio Ambiente de João Pessoa (Semam), Socorro Menezes, algumas residências já foram notificadas, além de uma oficina de grande porte próxima à comunidade, que também despejavam seus esgotos no Sanhauá. "Foi dado um prazo de 30 dias, que podiam ser renovados por mais 30, para a regulamentação dessas residências e oficina", disse. No entanto, as providências estão longe de ser tomadas.

A representante da Semam afirmou ainda que os problemas com a poluição do rio Sanhauá são de difícil solução "por se tratar de uma população muito carente, sem infraestrutura, nem ao menos espaço para construir fossa séptica". Ela acrescentou que as fiscalizações, no trecho do rio que compete ao município de João Pessoa, acontecem frequentemente.

Mas não apenas o esgoto da comunidade Porto do Capim está poluindo o rio. A falta de uma política educacional de preservação ambiental faz com que a população mantenha a cultura de jogar o lixo sólido nas margens do seu leito. Josenilda Maria Nascimento mora no local há cinco anos e afirma que a coleta de lixo funciona normalmente, mas as pessoas ainda deixam dejetos acumulados, o que atrai muitos mosquitos, baratas e ratos.

No ano de 2010, uma ação de monitoramento do Sanhauá foi realizada pela Organização SOS Mata Atlântica que constatou a qualidade da água estava em níveis aceitáveis. A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) também afirma realizar monitoramentos constantes em todo o leito do rio.


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