Inquérito sobre Erenice é adiado pela quarta vez

27/2/2011

Brasília. A Polícia Federal (PF) decidiu adiar pela quarta vez a conclusão do inquérito de investigação sobre possível tráfico de influência da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, para favorecer empresas privadas junto ao governo. O último prazo que a Justiça concedeu para o encerramento foi dia 15 de março.

A PF agora investiga a participação do marido da ex-ministra, José Roberto Camargo Campos, nas supostas operações, que levaram ao afastamento de Erenice do governo no dia 16 de setembro de 2010 após denúncias de que seu filho Israel teria usado a influência da mãe para cobrar propina em negociações com empresas.

A ex-ministra foi afastada do governo Lula no auge da campanha presidencial do ano passado. A ex-ministra pediu demissão da Casa Civil depois de denúncias de que o filho dela, Israel Guerra, teria negociado, mediante pagamento de comissão, contratos de uma empresa privada com os Correios e liberação de crédito para outra empresa pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em outubro do ano passado, durante depoimento Polícia Federal, a empresária Ana Veloso Corsini confirmou que seu irmão, o piloto de motocross Luís Corsini, pagou propina de R$ 40 mil a Israel Guerra pela intermediação de um patrocínio de R$ 200 mil da Eletrobrás, em 2008.

Segundo relato de Ana Veloso, o patrocínio estava "entravado" e chegou a ser recusado, quando Israel, apresentado ao piloto, ofereceu-se para reverter a situação, alegando que "a mãe e a tia" o ajudariam a remover as dificuldades. A tia a quem Israel se referia seria a então ministra Dilma Rousseff.

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