Publicada em 06/01/2011 às 18h54m
Célia Costa e Paulo MarqueiroRIO - Segundo o site argentino Ahora Calafate, conhecedores da região disseram ao portal que no país não existe gente nem elementos disponíveis para um resgate com as características do necessário para tirar o presidente da Federação de Montanhismo do Rio de Janeiro e vice-presidente da Confederação Brasileira de Escalada, Bernardo Collares, da montanha Fitz Roy, considerada uma das mais difíceis e inóspitas da patagônia argentina, perto da cidade de El Chaltén. Bernardo, de 46 anos, sofreu uma grave acidente durante uma escalada, há três dias. Ainda de acordo com o portal, a possibilidade de resgate chegou a ser discutida com a comissão de auxílio de El Chalten, mas o estado em que se encontrava o brasileiro, o tempo decorrido e o local de quase impossível acesso teriam levado os técnicos a concluir que o montanhista estaria morto.
Amigos do montanhista estão reunidos no Rio à espera de notícias sobre a possibilidade do resgate, mas acreditam que Bernardo tenha morrido de hipotermia. Um deles, o também montanhista Seblen Mantovani, embarca nesta quinta-feira para Argentina para acompanhar o caso junto com a família. A amiga de Bernardo, Kika Bradford, que estava com ele na montanha, continua na Argentina. Segundo Seblen, ela ainda precisa prestar depoimento à polícia e também ajudar a dizer em que local Bernardo está.
- Acreditamos que ele tenha morrido de hiportermia. O local tem condições muito adversas - disse Rafaela Camacho, uma das amigas. - Bernardo pediu a Kika que fosse buscar ajuda. Antes de descer a montanha, Kika deixou um saco de dormir, água e comida. Ela levou dois dias para conseguir descer e também correu muito risco.
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