Publicada em 06/01/2011 às 09h41m
O GloboRIO - O Itamaraty concedeu, a dois dias do fim do mandato de Lula, passaporte diplomático a dois filhos do ex-presidente. De acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo , o documento que beneficiou os filhos de Lula informa que a medida foi tomada "em caráter excepcional" e "em função de interesse do país", mas não apresenta justificativa para a concessão.
O passaporte diplomático é concedido a presidentes, vices, ministros de Estado, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, ministros dos tribunais superiores e ex-presidentes. Dependentes de autoridades podem receber o documento até os 21 anos (24, no caso de estudantes, ou em qualquer idade se forem portadores de deficiência), segundo o site do ministério das Relações Exteriores.
Luís Cláudio Lula da Silva, 25, e Marcos Cláudio Lula da Silva, 39, não sofrem de deficiência e receberam o benefício no dia 29 de dezembro de 2010. O documento permite acesso à fila de entrada separada e com tratamento menos rígido nos aeroportos dos países com os quais o Brasil tem relação diplomática.
Ainda segundo a reportagem, a decisão provocou mal-estar dentro do Itamaraty, pois o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, recorreu ao regulamento que garante ao ministro o poder de autorizar a concessão do documento em função de interesse do país.
Por meio da assessoria, o Itamaraty informou que a legislação permite ao chanceler conceder o passaporte diplomático e que os filhos de Lula já tinham o benefício, que precisou ser renovado.
A companheira Marisa Marina Monzilllo | ||||
Não foi apenas Luiz Inácio Lula da Silva que andou caprichando no visual nos últimos tempos. Há poucos dias, sua esposa, Marisa Letícia Lula da Silva, passou por uma transformação digna das revistas femininas. Aos 52 anos, mudou o corte do cabelo, trocou as saias floridas por terninhos elegantes e se submeteu a uma cirurgia plástica, um lifting facial que a rejuvenesceu vários anos.
Toda a preocupação com a aparência tem a ver com
A participação mais intensa da esposa faz parte da estratégia dos articuladores da campanha de Lula, que querem apresentar ao eleitorado o lado “família” do político. Mas tantos holofotes não são da natureza de Marisa, descrita por amigos como uma mulher simples, mas guerreira e de fibra. “Ela não gosta de aparecer, não é da índole dela. Seu negócio sempre foi cuidar dos filhos e de suas plantas”, conta Frei Betto, amigo de Lula há 22 anos. Filha de um hortelão que vendia legumes e verduras Mesmo na corrida presidencial de 1989, quando veio Lula e Marisa se conheceram no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, que ela freqüentava como funcionária da prefeitura, e em sete meses se casaram. Ambos eram jovens e viúvos. Em 1970, o primeiro marido de Marisa, o taxista Marcos Cláudio da Silva, havia sido encontrado morto a tiros em um campo de futebol, três meses após o casamento. Marisa estava grávida do primeiro filho e lhe deu o mesmo nome do pai que ele não conheceu, Marcos Cláudio. “A polícia investigou a hipótese de vingança”, lembra uma ex-vizinha do casal. A união com Lula aconteceu quando a criança já tinha três anos. O petista tratou o garoto como seu próprio filho e, depois que incorporou o apelido ao nome, atendeu o pedido do enteado que hoje se chama Marcos Cláudio Lula da Silva. Mesmo longe dos palanques, Marisa acompanhava de perto as lutas do marido. Em 1980, Lula, então presidente do Sindicato, foi preso por agentes do Dops. “Lula e Marisa estavam dormindo quando a polícia chegou. Ela se manteve serena o tempo todo e ajudou o marido a arrumar uma pequena mala para levar à prisão”, conta Frei Betto. Até começar a se envolver na campanha, Marisa tinha uma vida típica de dona-de-casa. Ia ao mercado sem ser reconhecida, nunca teve empregada e sempre fez todo o serviço doméstico. “Mas de uma coisa não abre mão até hoje: Lula e os filhos têm de lavar as próprias meias e cuecas”, ressalta Frei Betto. Mas Marisa está longe de ser alienada. Lê os jornais de ponta a ponta diariamente e é conselheira de Lula. Com a política, ela teve apenas um pequeno envolvimento, na década de 80. Frei Betto dava aula de formação política na Pastoral Operária do ABC, ela freqüentou o curso, mas, ao final, Lula não gostou da idéia de ter de ficar com os filhos, enquanto ela estava fora. Marisa é simpática com todos que circulam ao redor de Lula. Fumante inveterada, é comum vê-la curtindo um cigarro e tomando uma cerveja ao lado de assessores do PT enquanto o marido fala nos palanques. Por enquanto, a dona-de-casa não está preocupada com o papel de primeira-dama que poderá desempenhar. “Prefiro esperar o resultado e depois decidir em que tipos de atividades vou me envolver”, avisa, através da assessoria de imprensa do partido. Uma coisa é certa: se depender dela, a horta do Palácio da Alvorada vai ficar verdinha. |
Marcos Cláudio Lula da Silva Pais |
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