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sábado, 22 de janeiro de 2011

desaba após chuva e morador tem que pagar pedágio para sair de casa

22/01/2011 - 08h48 folha.uol.com.br


RAPHAEL VELEDA
DE BELO HORIZONTE

Uma forte chuva levou parte de uma rua e o direito de ir e vir de moradores de um bairro pobre de Belo Horizonte, que agora precisam pagar "pedágio" para sair de carro de onde moram.

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O problema existe desde o início de dezembro passado, quando o córrego do Onça, no bairro Ribeiro de Abreu --periferia da capital mineira-- transbordou e deixou no lugar apenas alguns centímetros de um trecho da rua Antônio Ribeiro de Abreu. Só passagem a pé é agora possível pela via.

Como a rua não tem saída, a solução de carro é passar pelo quintal de uma casa, pagando pedágio à família proprietária.

A taxa é de R$ 15 por mês por carro. Segundo o sushiman Gilson Oliveira, 30, filho da dona do terreno, a ideia de pagar foi dos próprios moradores. "Quando a chuva levou a rua, eles vieram aqui pedir para abrir a cerca. E sugeriram também dar essa contribuição", afirmou.

PONTE DANIFICADA

São 11 carros "presos" na rua. A renda extra da família, portanto, é de R$ 165, pagos antecipadamente.

Nem todos, porém, dizem concordar com a cobrança. "Aqui em casa, como tem os carros do meu marido e do meu cunhado, a gente tem que pagar R$ 30", disse a faxineira Nair Silva, 52.

"Se a gente tivesse dinheiro, não moraria aqui do lado do rio", afirmou.

Após pagar o pedágio, os moradores da rua isolada e das vias vizinhas ainda têm mais dor de cabeça, já que uma ponte que liga a região ao centro da BH também foi danificada, obrigando os motoristas a pegar outra ponte a 6 km de distância.

UM MÊS

A Prefeitura de BH deu prazo de um mês para resolver só o problema da ponte. Também serão reforçadas as paredes de contenção do córrego para evitar os alagamentos comuns na região.

Há um ano, o poder público já havia gastado R$ 210 mil na mesma ponte.

Quanto à rua que caiu, a prefeitura diz que há planos de reformá-la, sem prazos.

A administração municipal disse que não comentaria a cobrança de pedágio no local. O Ministério Público de Minas Gerais também não se manifestou.




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