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sábado, 11 de dezembro de 2010

#WikiLeaks: Na prisão, Assange terá acesso à internet



Fundador do WikiLeaks, enviado a ala isolada, poderá usar a rede de forma limitada

11 de dezembro de 2010 | 5h 16
THE GUARDIAN e FRANCE PRESSE

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, foi transferido para uma ala isolada da prisão de Wadsworth, "para sua segurança", onde as autoridades planejam dar a ele acesso limitado à internet, informou ontem a advogada Jennifer Robinson. Assange, o mais famoso dentre os detentos, reuniu-se com sua equipe de advogados depois de ser reconduzido à prisão no sudoeste de Londres quando seu direito à fiança foi negado na terça-feira.

Acredita-se que Assange teria pedido para ser acomodado longe dos demais prisioneiros, que se mostraram bastante interessados nele quando souberam de sua chegada. Uma fonte disse que outros detentos manifestaram apoio a Assange, acusado pelo governo americano de prejudicar a segurança nacional dos EUA ao divulgar uma grande quantidade de documentos diplomáticos confidenciais.

Na próxima terça-feira, a equipe de advogados de Assange pedirá aos magistrados de Westminster que estabeleçam um valor para a fiança. Um dos advogados dele, Mark Stephens, disse que Assange estava "mais animado". Como parte de um programa chamado "acesso à Justiça", as autoridades da prisão tentam providenciar a ele um computador para que possa trabalhar em sua defesa para a audiência de terça-feira. O computador terá acesso limitado à internet.

Espionagem. A equipe de advogados também se prepara para o caso de os EUA acusarem Assange de espionagem. No entanto, Robinson declarou que uma ação contra seu cliente nesse sentido seria inconstitucional. Seus advogados dizem temer que os EUA tentem extraditá-lo com base em acusações associadas à divulgação de centenas de milhares de documentos secretos, apesar de até o momento Washington não ter anunciado nenhuma medida legal contra ele.

Após a onda de ataques online lançados por hackers pró-WikiLeaks contra diversas corporações, Stephens disse que Assange estava preocupado porque "as pessoas acusaram injustamente o WikiLeaks de ter inspirado ciberataques" e frustrado por não poder responder às acusações de que o WikiLeaks está por trás dos ataques. "Ele me disse que não está envolvido e esta é uma tentativa deliberada de juntar o WikiLeaks, que é uma organização que publica documentos na internet, com organizações de pirataria informática."

Assange, de 39 anos, foi examinado por um médico quando chegou a Wadsworth - todos os presos são avaliados para determinar se são potenciais suicidas. Ele foi mantido durante uma noite no Centro Onslow - prisão que abriga os condenados por crimes sexuais e outros detentos considerados vulneráveis.

Assange também se reuniu com representantes da alta comissão da Austrália. Ele tem sua própria cela e, por causa das visitas de advogados e diplomatas, não teve tempo de se exercitar, mas deve receber uma hora diária para fazê-lo. Promotores suecos querem entrevistar Assange por causa das acusações de abuso sexual feitas contra ele por duas mulheres.

Em carta endereçada ao jornal The Guardian, notáveis partidários de Assange como John Pilger, Terry Jones, Miriam Margolyes e Al Kennedy pedirão sua libertação imediata. "Protestamos contra os ataques ao WikiLeaks e, principalmente, a Julian Assange", escreveram eles.

Hoje, estão previstas manifestações pró-Assange diante de consulados britânicos em várias capitais europeias e da América Latina. Em São Paulo, o protesto ocorrerá às 11 horas.




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