Por Macworld / EUA
Publicada em 14 de dezembro de 2010 às 09h45
Saiba como o tablet da Apple pode revolucionar os hábitos de leitura até de quem já viveu mais de um século.
No último Dia de Ação de Graças (tradicional feriados americano, comemorado em 25/11 neste ano), tive a oportunidade de visitar meu centenário favorito – Lew, marido da minha mãe. O aniversário dele será comemorado em algumas semanas, e, como você deve imaginar, com um século de presentes ganhos é difícil saber o que comprar para ele.
Mas não desta vez. Porque neste ano ele vai ganhar um iPad.
Quando o tablet da Apple foi lançado, em abril deste ano, muitas pessoas o descartaram como um brinquedo, um “iPod Touch gigante” ou um mau substituto para um notebook ou netbook. Mesmo quem geralmente apóia os aparelhos lançados pela “maçã” ficou se perguntando o que poderia fazer com um iPad. E, para muitos deles, foi preciso realmente utilizá-lo para descobrir isso.
Por exemplo, durante uma reunião de família há alguns meses convenci minha mãe a comprar um iPad, pensando que seria uma maneira fácil para ela checar seu e-mail e navegar na Internet. Ela e minha irmã voltaram da Apple Store com o modelo Wi-Fi de 16GB, juntamente com um case oficial. Configurei a conta de e-mail, marquei alguns de seus sites favoritos e deixei o aparelho com ela.
Em minha visita para o Dia de Ação de Graças descobri que ela expandiu seus horizontes. Ela agora é uma ávida jogadora do game “Words with Friends” (para formar e encontrar palavras), frustrada por não conseguir superar sua neta de 9 anos no viciante “Angry Birds HD”, que sempre assiste a filmes no aparelho pelo serviço Netflix e que baixou alguns livros novos e antigos da iBookstore, loja de livros eletrônicos da Apple.
É esse último propósito que nos leva de volta para o centenário Lew. Apesar de ter pouco mais de 100 anos de idade, ele está em ótima forma. Consegue andar por aí com o auxílio de um andador, frequenta a academia duas vezes por semana, lê três jornais por dia e segue de perto o time de futebol americano da Universidade da Califórnia (UCLA).
Ele também é um grande leitor, mas isso é algo mais complicado para ele, que precisa de livros com letras maiores e que já leu quase todos os títulos que lhe interessam disponíveis na biblioteca local. Lew gostaria de revisitar algumas de suas obras favoritas, mas não pode porque elas não estão disponíveis em versão com letras maiores.
Mas, graças ao iPad, muitas delas agora estão.
Um dia antes de o feriado acabar e voltarmos para casa, minha mãe pediu para Lew deixar de lado o livro que estava lendo e dar uma olhada no e-book de Dick Francis que ela havia comprado na iBookstore. Então, ela colocou o iPad no colo dele, abriu o app do iBooks, ajustou o tamanho da fonte e pediu para ele ler uma página em voz alta para confirmar que conseguia enxergar claramente a tela. O que ele conseguiu fazer. Depois, ela mostrou como virar e marcar as páginas virtuais e como usar a mesa de conteúdo.
Lew e iPad: relação que promete ser duradoura
Ele olhou para baixo para o grande livro impresso em seu colo, olhou para o iPad, e disse “Isso é o fim das bibliotecas para mim. Que maravilha!”
Me informaram depois que no dia seguinte ele pediu para minha mãe pegar “aquela máquina”, abrir novamente o livro de Dick Francis e o iPad não foi mais visto pelas três horas seguintes. Ler no tablet agora é parte de sua rotina diária. Isso é incrível porque Lew nunca mais precisará ficar procurando por livros impressos específicos para ele. Por outro lado, também significa que minha mãe precisa esperar até Lew dormir para tentar bater o recorde de minha sobrinha em “Angry Birds”.
E isso – tanto quanto o milagre dos e-books para pessoas idosas – pode explicar melhor porque o iPad será o presente ideal para o aniversário de 101 anos de Lew.
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