Secretária da empresa Martel deixa a PF sem falar com a imprensa
Taís Pinto da Silva prestou depoimento na
A Polícia Federal ouviu nesta quinta-feira (28) Taís Pinto da Silva, secretária da Martel - empresa de consultoria aeronáutica que pertenceu ao ex-diretor dos Correios Eduardo Artur Rodrigues. O depoimento foi tomado nas investigações do suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil. Taís não falou à imprensa ao deixar o prédio da polícia.
Segundo o advogado dela, Délio Lins e Silva Jr., o depoimento levou pouco mais de uma hora e Taís respondeu ao que lhe foi inquerido. "As perguntas foram praticamente as mesmas feitas no depoimento do coronel Eduardo (Artur Rodrigues), porém não foram tantas. Ela foi chamada porque o nome dela apareceu em um e-mail entre a Martel e a Capital Colsultoria que foi publicado pela 'Veja', mas a Taís é apenas a secretária da empresa em Brasília", afirmou o advogado.
Segundo a PF, o depoimento de Taís foi adiado de 14h30 de quarta-feira (27) para as 9h desta quinta por pedido do advogado, que teve outra audiência e pediu o adiamento ao delegado.
Eduardo Artur Rodrigues prestou depoimento à PF no dia 23 de setembro. A Capital Consultoria é a empresa que está no centro das investigações do suposto esquema de tráfico de influência. Ela era comandada por filhos da ex-ministra Erenice Guerra que, segundo denúncia da revista "Veja", negociavam a facilitação de contratos públicos com empresas privadas cobrando uma "taxa de sucesso".
A Martel já prestou consultoria para a Master Top Linhas Aéreas (MTA). O coronel Eduardo Artur Rodrigues foi apontado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” como sendo ligado à MTA, citada em denúncias de tráfico de influência que culminaram no pedido de demissão da ex-ministra da Casa Civil Eurenice Guerra e de outros dois funcionários da pasta. Rodrigues era diretor de operações da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e também pediu demissão do cargo após a publicação das denúncias.
De acordo com a reportagem, o diretor dos Correios seria representante de um empresário argentino, apontado como verdadeiro dono da empresa do setor aéreo. O jornal afirmou ainda que Silva estaria atuando para transformar a MTA na empresa de carga aérea oficial dos Correios. Ele nega as acusações.
Na quarta-feira (27), o G1 conseguiu entrar em contato com Taís Pinto da Silva, mas ela disse que não vai se manifestar sobre o assunto.
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