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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

#Dilma garante que não se incomoda com imprensa


Petista diz que, quando não gostar de algo publicado, vai reclamar e não aceitará críticas calada

Dilma garante que não se incomoda com imprensa

Valter Campanato/ABr


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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, garantiu, nesta quarta-feira, que não se incomoda com as críticas da imprensa. Segundo ela, todos têm o direito de publicar o que bem entender, mas os constantes exageros em algumas reportagens e matérias acabam se tornando o grande problema.

Diferentemente do presidente Lula, que vem criticando duramente a imprensa, Dilma assume um discurso bem mais moderado. Ela afirma que, quando não concordar com as informações veiculadas, vai reclamar e não aceitar calada. A petista não pretende entrar em grandes conflitos, já que para ela, o ódio não leva a nada.

Em relação aos escândalos envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que teria sido indicada ao cargo por ela, Dilma cobrou responsabilidade da imprensa. A petista argumentou que não se pode fazer um pré-julgamento, pois é preciso esperar o resultado das investigações antes de crucificar quem quer que seja.

Ouça a reportagem de Luciana Verdolin na Hora da Verdade.

Oposição quer criar 'clima de ódio' no Brasil, diz Dilma em comício

Candidata cita 'desespero' de adversários durante ato em Curitiba.
No palanque, Lula diz que eleição definirá projeto para 'próximos 20 anos'.

Thiago Guimarães Do G1, em São Paulo

Gleisi Hoffman, Dilma Rousseff, Osmar Dias e Lula em comício em Curitiba nesta quarta (22)Gleisi Hoffman, Dilma Rousseff, Osmar Dias e Lula
em comício em Curitiba nesta quarta (22)
(Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação)

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou na noite desta quarta-feira (22), durante comício em Curitiba, que a oposição "usa do desespero para tentar criar clima de ódio no Brasil".

Usando tom mais duro do que o habitual em relação à oposição, Dilma fez menção ao candidato do PSDB, José Serra, que chamou de "meu adversário", para criticar promessas feitas na reta final da eleição.

"Meu adversário, por exemplo, vive prometendo", disse Dilma. "A gente tem que sempre lembrar: quando estavam no governo, nao criaram Bolsa Família coisíssima nenhuma, não aumentaram o salário mínimo", afirmou a candidata.

"Hoje, perto da eleição, vão e prometem mundos e fundos pensando que o povo é tolo", completou Dilma, em referência velada a propostas apresentadas nos últimos dias pela campanha de Serra, como elevação do salário mínimo a R$ 600, reajuste de 10% nas aposentadorias e pagamento de uma 13º parcela para beneficiários do Bolsa Família.

Quando aumenta o desespero eles levantam falsidades e mentiras"
Dilma Rousseff
candidata à Presidência

Após criticar as promessas da oposição, Dilma disse que "quando aumenta o desespero eles levantam falsidades e mentiras". Sem citar nomes, afirmou que "usam do despesero para tentar criar clima de ódio no Brasil".

"Antes, nós combatemos o medo que eles tentavam criar nas pessoas de votar no presidente Lula [...], agora vamos combater o ódio que eles tentam destilar com duas coisas, com esperança no Brasil e amor pelo povo brasileiro", afirmou Dilma, repetindo expressões usadas por Lula em comício no último sábado em Campinas (SP).

Na ocasião, Lula fez menção à revista "Veja", que publicara denúncias de irregularidades na Casa Civil. "Ela destila ódio e mentira", disse o presidente.

Lula também critica propostas de Serra
O presidente Lula também investiu contra a oposição em seu discurso em Curitiba. E, como Dilma, atacando propostas da campanha de Serra.

"Seus adversários estão dizendo agora que vão dar ate 13º salário para Bolsa Família. Ô gente, o que é mais triste é que essa gente pensa que a gente é tonto. Não perceberam que nosso povo não se engana mais quando tem alguém mentindo na televisão", afirmou.

Citando outra promessa de Serra, o presidente afirmou ainda que "não pode chegar em véspera de eleição e dizer que vai aumentar o salário mínimo se passou a vida inteira arrochando o salário mínimo".

Disse ainda que "Bolsa Familia é esmola para eles, que conseguem dar R$ 100 de gorjeta quando tomam whisky".

Em outro momento, Lula disse que a eleição definirá "projetos que vão governar esse pais para os próximos 10, 15, 20 anos".

'Os donos do engenho são os democratas', diz presidente
O presidente também rebateu as críticas sobre suas declarações recentes contra setores da imprensa, que acusou de serem partidarizados.

"Agora estão inventando o discurso que nós ameaçamos a democracia. Eles são os democratas, os donos do engenho são democratas e os moradores da senzala são contra a democracia" afirmou.

Agora estão inventando o discurso que nós ameaçamos a democracia"
Luiz Inácio Lula da Silva
presidente da República

Nesta quarta (22), em São Paulo, um ato organizado por juristas ligados à oposição divulgou um "manifesto pela democracia", que teve como mote as declarações recentes de Lula sobre a imprensa.

Procurando diferenciar o modelo governista do "projeto da privatização", que associou à oposição, Lula citou os níveis de aprovação à sua gestão, que beiram 80%.

"Normalmente o cara ganha as eleições e quando passa o tempo o povo começa a escrever: 'fora fulano, fora beltrano'. Eu, graças a vocês, estou no oitavo ano de governo e sou o presidente mais bem avaliado da história desse país."

Um momento de constrangimento no comício ocorreu durante a fala do governador Orlando Pessuti (PMDB). Rompido com o ex-governador e candidato ao Senado Roberto Requião (PMDB), de quem foi vice, não pediu votos para ele durante o comício, apenas para a petista Gleisi Hoffman. Requião, em sua fala, disse que iria pedir votos para "a chapa inteira".

Presidente completa 18 comícios com Dilma
O comício em Curitiba foi o 18º com participação de Dilma e Lula desde o início oficial da corrida presidencial, em julho. Marcou também a primeira vez em que a campanha repetiu comício em uma mesma cidade.

O candidato apoiado pelo PT ao governo do Paraná, Osmar Dias (PDT), se aproximou nas pesquisas de Beto Richa (PSDB), que liderava durante toda a corrida eleitoral. Pelo último levantamento do Datafolha, de 13 e 14 de setembro, Richa tem 45% e Osmar, 40%. A margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos configura a situação de empate técnico.

Lula também já subiu em palanques com Dilma nesta campanha no Rio de Janeiro (RJ), Garanhuns (PE), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Osasco (SP), Mauá (SP), São Bernardo do Campo (SP), Campo Grande (MS), Salvador (BA), Recife (PE), Foz do Iguaçu (PR), Valparaíso (GO), Betim (MG), Joinville (SC), Juiz de Fora (MG) e Campinas (SP).




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