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domingo, 1 de agosto de 2010

Depois de atrasos, Palácio do Planalto permanece em obra

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Leandro Kleber
Do Contas Abertas

Previsto inicialmente para ser reinaugurado no período de comemoração dos 50 anos de Brasília, em 21 de abril, o Palácio do Planalto permanece interditado por causa das obras de restauração. O projeto foi feito pelo escritório do arquiteto Oscar Niemeyer, também responsável pelo desenho original do palácio, inaugurado em abril de 1960 por Juscelino Kubitschek na transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília. O prédio nunca havia passado por uma reforma completa, iniciada em março de 2009 e orçada em R$ 103 milhões. O Exército foi responsável pelo processo de licitação, contratação e fiscalização das obras feitas pela empresa de engenharia Porto Belo.

Depois do dia 21 de abril, pelo menos duas datas estavam previstas para a conclusão dos trabalhos. Após a final da Copa do Mundo, em 11 de julho, a expectativa era a de que o presidente Lula retornaria da África do Sul e já trabalharia no Planalto. Como não estava pronto, Lula foi ao local, fez uma vistoria e chegou a fazer algumas sugestões. A outra data frustrada era até fim de julho.

Desde o início da restauração, o presidente Lula e sua equipe - Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Erenice Guerra (Casa Civil), Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional), Franklin Martins (Comunicação Social) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) – despacham do Centro Cultural Banco do Brasil, localizado a quatro quilômetros do Planalto.

Com a reforma, o palácio teve substituídas as redes hidráulica, elétrica e de ar-condicionado. Os elevadores também foram ampliados e uma garagem subterrânea para 500 veículos foi construída. Além disso, houve modernização das instalações de dados, voz e imagem, melhorias hidrossanitárias e de detecção, prevenção e combate a incêndio, bem como do sistema de proteção contra descarga atmosférica.

Reclamações

O arquiteto Carlos Magalhães, representante de Oscar Niemeyer em Brasília, já reclamou publicamente da "má qualidade" da mão de obra dos serviços de restauração do Planalto. Entre os problemas que causaram os atrasos estão falha na colocação do piso externo e dos espelhos internos, furos desnecessários na madeira do piso original para passar fiação e desnivelamento significativo na altura do teto entre as salas.

Já o presidente Lula sempre reclamou do estado de conservação do palácio. Em sua despedida do prédio antes do início da restauração, ele se queixou dos carpetes “sujos e surrados”. No discurso, disse também que as portas de correr estavam “enferrujadas”, falou das pedras soltas da calçada portuguesa em frente ao prédio e chegou a dizer que o palácio parecia “uma favela” cheio de “puxadinhos” e “gambiarras".



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