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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Na crise, US$ 1,6 bi de bônus a executivos

Autor(es): Justin Baer, Financial Times, de Nova York Valor Econômico - 26/07/2010

Citigroup, Bank of America e 15 outras companhias de serviços financeiros socorridas pelo governo dos Estados Unidos remuneraram os seus executivos mais graduados em excesso de US$ 1,6 bilhão no auge da crise, de acordo com análise feita pela autoridade especial para remuneração do setor financeiro da Casa Branca.

Kenneth Feinberg, nomeado no ano passado pelo presidente Barack Obama para supervisionar as políticas salariais nas companhias que receberam o maior apoio do governo, começou em março a sua mais recente sindicância para apurar a remuneração dos executivos de primeiro escalão do fim de março de 2008 ao começo de 2009. Apesar de os pagamentos terem sido legais à época, teriam se chocado com as restrições que o governo estipulou para os participantes no seu programa de recuperação de ativos problemáticos (Tarp).

O Citi encabeçou a lista de remuneração excessiva, em grande parte graças à remuneração de vários empregados célebres da divisão de negócios com commodities Phibro, do banco, disseram pessoas familiarizadas com o tema. O Citi vendeu a unidade à Occidental Petroleum no ano passado. "Regularizar a estrutura de remuneração é uma prioridade para nós", disse uma porta-voz do Citi. "Desde a crise, temos nos empenhado muito para assegurar que seja baseada em desempenho e estamos ansiosos em poder analisar as recomendações da autoridade especial."

As outras companhias mencionadas pela autoridade especial foram: American Express, American International Group, Boston Private Financial Holdings, Capital One Financial, CIT Group, J.P. Morgan Chase, M&T Bank, Morgan Stanley, Regions Financial, SunTrust Banks, Bank of New York Mellon, Goldman Sachs, PNC Financial Services Group, US Bancorp e Wells Fargo.

Apesar de Feinberg já não ter a autoridade de policiar a remuneração das instituições que restituíram o investimento do governo, ele usou uma cláusula de "observar o passado" no estatuto para solicitar mais informações sobre suas remunerações, durante uma janela entre o começo do Tarp e quando as novas restrições sobre remuneração de executivos entrou em vigor. Feinberg analisou o que 419 companhias que receberam ajuda governamental antes de fevereiro de 2009 pagaram aos seus 25 executivos mais graduados. As instituições foram requisitadas a encaminhar detalhes sobre empregados que ganharam mais de US$ 500 mil.

Onze das 17 companhias mencionadas pela autoridade especial ressarciram o governo por sua ajuda durante a crise. Além disso, apesar de Feinberg ter admitido que nenhum dos prêmios por retenção, gratificações, pacotes de indenização (concedidos na saída de executivos) e outros pagamentos foi "contrário ao interesse público", ele propôs que as companhias adotassem nova política que suspenda as garantias de remuneração concedidas a executivos.

Feinberg implorou para que as companhias concedessem aos seus comitês de remuneração o direito de reestruturar, reduzir ou cancelar pagamentos a executivos em tempos de crise. Em outubro, ele se articulou para reduzir drasticamente a remuneração em dinheiro para 2009 dos mais altos executivos nas sete companhias sob sua alçada, numa média de 90% ante o ano anterior.

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