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quinta-feira, 11 de março de 2010

'Viver a vida': Leia o diálogo da briga entre Miguel e Jorge

FONTE: JORNAL EXTRA


Leia aqui como será a briga entre Jorge (Mateus Solano) e Miguel (Mateus Solano) em "Viver a vida" quando o médico contar ao irmão que está namorando Luciana (Alinne Moraes). A cena está prevista para ir ao ar na próxima quarta-feira.

MIGUEL — Oi, Jorge, tudo bem?
JORGE — Tudo péssimo com a sua presença!
MIGUEL — Péra aí, calma.
JORGE — Aparecendo aqui por que? Aconteceu alguma coisa com a minha mãe ou com o meu pai?
MIGUEL — Não. Com a nossa mãe e o nosso pai não aconteceu nada. Estão bem, muito bem.
JORGE — Então, qual é o lance? Veio pedir alguma coisa ou apenas entregar o convite de casamento?
MIGUEL — Ainda não. O casamento vai esperar, mas não muito. E é claro que não vamos esquecer do seu convite. Mas vim te dizer que eu e a Luciana estamos namorando, desde ontem.
JORGE — Você foi mais rápido do que eu imaginava. Parabéns. Sabe o que você é? um cretino, canalha! Você me ferrou!

Num gesto impulsivo, inesperado, Jorge atira contra o irmão um cinzeiro pesado. Miguel esquiva-se e o cinzeiro espatifa-se contra a parede.

MIGUEL — Hei, qual é? Quer me matar?
JORGE — Muito cínico aparecer aqui!
MIGUEL — Eu nunca ferrei você. Pensei em conversar numa boa, por isso vim até aqui.
JORGE — Como é que podem conversar numa boa um irmão que trai e outro que é traído.
MIGUEL —Também nunca te traí. Ao contrário. Aconteceu ontem de eu e a Lu... da gente se acertar, e hoje estou aqui te contando, cara a cara.
JORGE —E se acha muito valente por isso? Muito justo, correto e honrado? Você só está aqui pra se livrar da culpa, Miguel! Jogando pra cima de mim as sobras dessa historinha patética de vocês. A parte ruim, que era eu, vocês empurraram pra baixo do tapete. Eu estava atrapalhando.
MIGUEL — Você nunca atrapalhou, Jorge. Sabe por quê? Porque saiu de cena por conta própria. Caiu fora assim que ela deixou de ser a namorada perfeita.
JORGE — Cínico!

Jorge salta a mesa e se agarra com o irmão. Suzana, Paixão, Lauro e Mário entram na sala. Outros funcionários agrupam-se diante do vidro da sala, olhando. Mário e Lauro conseguem separá-los, mas Jorge continua babando de ódio, enquanto Miguel tenta contemporizar

JORGE —Canalha! Pensa então que eu me desinteressei da Luciana porque ela ficou numa cadeira de rodas? Encheu a cabeça dela contra mim, não é?
MIGUEL — Nem foi preciso. Seu desinteresse estava claro pra quem quisesse ver.

Cheio de raiva, Jorge desvencilha-se e agride o irmão e é contido pelos dois sócios. Paixão e Suzana ficam aflitas e dispersam os funcionários que olham a cena através do vidro.

MIGUEL — Mas não te culpo, nem te condeno por isso. Nem ela, se você quer saber. Não é fácil mesmo. Mas vocês já não tinham vocação para viver juntos, mesmo antes desse acidente. Estavam esgotados, não se olhavam nos olhos, todo mundo via.
JORGE — Isso é conversa fiada pra se justificar! Por que me enganou tanto tempo? Por que disse sempre que não tinha nada a ver com ela, que era só uma relação de médico e paciente, e de amizade?
MIGUEL — Esse realmente foi meu erro. Tentei fugir dessa história. Achei que um dia tudo que eu sentia pela Lu pudesse morrer em mim, acabar. Tentei mesmo acreditar que a minha relação com ela era só de amizade, de carinho. E fiz de tudo para não atrapalhar a vida de vocês. Mas, não se foge de um grande amor, Jorge.
JORGE — Todo mundo vai saber o papel sujo que você fez comigo.
MIGUEL — Não tenho medo do julgamento de ninguém. Minha consciência está tranquila. Está na cara que seu amor pela Lu já se transformou em outra coisa. E faz tempo.
JORGE —Não fale por mim. E nem espere meus cumprimentos.
MIGUEL —Tudo bem. Só queria que você soubesse da minha boca.
JORGE —Já disse que isso não apaga a sua culpa.
MIGUEL —Não tem vilão nem vítima nessa história, Jorge. Somos todos responsáveis pelo que fizemos: eu, você e ela. E agora, cada um ficou com a parte que lhe cabe. E a Lu ficou comigo!

Jorge agarra uma espátula perigosa, em forma de punhal. E ameaça Miguel com ela.

JORGE — Sai daqui, antes que eu perca a cabeça. Já te acertei uma vez, posso te acertar outra! Desaparece da minha frente!
PAIXÃO — Vai embora, Miguel, vai. Antes que isto aqui acabe em tragédia.
MIGUEL — É melhor mesmo. Fiz o que tinha que fazer. Não te devo nada, Jorge. Nada! Tchau.






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