O paciente Barry Baker, de 50 anos, chamou o serviço de emergência em sua casa em Brighton, no sul da Inglaterra, em novembro de 2008, relatando que estava tendo dificuldade para respirar.
O paramédico Karl Harris, 45 anos, disse ao colega Bem Stokes, que o acompanhava, que não havia motivos para ressuscitar Baker pois o paciente "já estava morto".
Além disso, Harris também teria afirmado que a quantidade de entulho na casa do paciente teria impossibilitado os dois paramédicos de tentar ressuscitá-lo.
Em uma gravação de um telefonema de Harris para o Serviço de Ambulâncias de Brighton, tocada durante o julgamento, o médico afirma que tentou remover Baker.
"Tentamos mover este cara, mas é impossível. Nunca vi tanto entulho, colega, francamente", disse Harris na gravação.
"Estou tentando me proteger aqui." "A polícia está no local, mas não há nada duvidoso no serviço. Nós apenas não tentamos ressuscitá-lo", afirmou o paramédico.
Baker foi submetido a uma autópsia que concluiu que uma combinação de excesso de peso e trombose nas pernas causou a parada cardíaca que o matou.
Ao sentenciar o paramédico, o juiz Guy Anthony afirmou que Harris cometeu "abuso de confiança" ao tomar uma "decisão clara e deliberada de mentir" a respeito da morte de Baker.
Durante a defesa, ele afirmou que teria sido "fisicamente impossível" de ressuscitar o paciente por causa do peso e de todo o entulho que o cercava.
Harris foi suspenso de seu trabalho depois da morte do paciente e, nesta sexta-feira, ele foi condenado à prisão por obstrução da justiça. Ben Stokes não foi incluído no processo. O paramédico deve cumprir pelo menos seis meses da pena.
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