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sexta-feira, 5 de março de 2010

Novo terremoto de magnitude 6,3 graus atinge costa do Chile


05 de março de 2010 07h07 atualizado às 08h44


Carro fica parcialmente submerso em área alagada de Pelluhue Foto:  Reuters

Carro fica parcialmente submerso em área alagada de Pelluhue
Foto: Reuters


Um novo tremor de terra, de magnitude 6,3 graus na Escala Richter, foi registrado pelo serviço de pesquisas geológicas dos EUA, USGS. O novo terremoto teve seu epicentro a 40 km de Concepción, na região de Bio Bio, e aconteceu às 6h19.

O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, também administrado pelos EUA não emitiu alerta de tsunami. O governo chileno ainda não divulgou se o tremor fez novas vítimas.

Este foi a réplica mais forte registrada depois do devastador terremoto do último sábado que teve magnitude de 8,8 graus. Estima-se que as vítimas sejam mais de 800 entre mortos e desaparecidos.

Confusão com números
O novo tremor acontece em um momento especialmente complicado para o governo de Michelle Bachelet que deixa a presidência na próxima semana. Ontem ela decretou luo oficial de 3 dias pelas mortes na tragédia.

"A presidente da República decretou no dia de hoje três dias de luto nacional, a contar da zero hora de domingo, 7 de março, em memória dos chilenos e chilenas falecidos", afirmou o subsecretário do Interior, Patricio Rosende.

Rosende leu ainda uma lista de 279 pessoas falecidas no terremoto que foram plenamente identificadas.

O subsecretário não afirmou se era uma revisão para baixo do balanço oficial de 802 mortos divulgado na quarta-feira e também não divulgou o número de falecidos que não foram identificados. Além disso, não anunciou a quantidade de pessoas consideradas desaparecidas.

Na quinta-feira, Bachelet afirmou que entre os quase 600 mortos anunciados para a região de Maule há 200 pessoas que na realidade estão desaparecidas.

Ban chega hoje
Nesta sexta-feira o Chile recebe o secretário-geral da ONU, que no sábado visitará a região do desastre.

Bachelet verificou na quinta-feira a distribuição da ajuda em Concepción e Talca, as capitais das regiões mais afetadas.

A presidente citou pela primeira vez a reconstrução do país, que segundo ela vai levar pelo menos três anos, o que significa quase todo o mandato do presidente eleito Sebastián Piñera, que assume o poder no dia 11 de março.

Além disso, afirmou que, apesar do Chile dispor de recursos para um certo número de ações, o país terá que recorrer a créditos do Banco Mundial e de outras instituições.

Em Concepción (500 km ao sul de Santiago), que ainda está sob toque de recolher em consequência dos saques e vandalismo após o terremoto e o tsunami, as pessoas ainda protegem as casas por conta própria, apesar da presença de 14.000 soldados nas áreas de desastre.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos passa de 800, e o número de afetados chega a 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es









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