Governo diz que não houve informação privilegiada sobre Telebrás

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SOFIA FERNANDES
Colaboração para a Folha Online, em Brasília

O coordenador de inclusão digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, afirmou nesta terça-feira que o governo irá fechar o Plano Nacional de Banda Larga até abril e que a reativação da Telebrás ainda não está decidida, a despeito de recentes acenos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Questionado sobre reportagem publicada na Folha de hoje, Alvarez afirmou que a discussão sobre a ressurreição da Telebrás vem desde 2004, de forma transparente, o que evitou informações privilegiadas. "Não é segredo nenhum que o governo quer usar suas redes", disse.

Alvarez disse não ter lido a matéria, mas garantiu que a denúncia não vai afetar os planos do governo. "O plano de banda larga não se afastará 1 centímetro de suas diretrizes", disse.

A reportagem publicada hoje informa que o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu recebeu, a título de consultoria, pelo menos R$ 620 mil da Star Overseas, grupo que pode ser beneficiado caso a Telebrás seja reativada.

CPI

Alvarez rebateu a ameaça do partido DEM de abrir uma CPI para investigar a Telebrás, dizendo que isso não deve ser pretexto para esconder outras questões.

"Respeito as prerrogativas do Legislativo, mas espero que isso não seja mais um elemento para fugir das discussões sobre o plano de banda larga e que não venha a encobrir outros problemas que o partido tem em outras searas", disse.

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