25 de outubro de 2009 • 06h31 • atualizado às 11h08
Um dos carros-bomba explodiu próximo ao Ministério da Justiça iraquiano
25 de outubro de 2009
Foto: AFP
Dois carros-bomba explodiram em dois prédios do governo em Bagdá neste domingo e mataram ao menos 132 pessoas e feriram outras 520, segundo informações da agência EFE. Esse foi o ataque mais violento na cidade dos últimos dois meses.
A violência no Iraque havia diminuído desde que xeiques tribais apoiados pelos Estados Unidos conseguiram enfraquecer o poder de militantes da al-Qaeda e Washington enviou mais tropas. Contudo, os ataques continuam comuns num país que está tentando se reconstruir de anos de conflitos, sanções e revoltas populares.
As duas explosões fizeram tremer edifícios na área perto do rio Tigre e lançaram ao ar colunas de fumaça. A primeira explosão tinha como alvo o ministério da Justiça e a segunda, que aconteceu minutos mais tarde, alvejou um edifício do governo provincial, de acordo com a polícia.
O porta-voz do governo Ali al-Dabbagh disse à Reuters que estava num hotel quando as bombas explodiram e que ele e outras pessoas que estavam próximas ficaram cobertos de cacos de vidro. Ele disse suspeitar que militantes da al-Qaeda ou pessoas leais ao antigo governo de Saddam Hussein teriam sido responsáveis pelo ataque.
"A análise inicial mostra a impressão digital da al-Qaeda ou dos baatisas (do partido de Saddam)," disse Dabbagh, que estava no hotel al-Mansour no momento do ataque.
O hotel é a sede da embaixada chinesa e de várias organizações de mídia estrangeira. Ninguém ali ficou gravemente ferido.
A rua próxima ao governo provincial foi inundada de água e os bombeiros retiraram corpos carbonizados e despedaçados das ruas. Carros queimados na explosão foram empilhados ali perto.
Os trabalhadores da emergência fizeram buscas com guindastes pela fachada do ministério da Justiça e retiraram corpos que eles enrolavam em cobertores.
"Não sei como ainda estou vivo. A explosão destruiu tudo. Nada está no seu lugar," disse o dono de uma loja que fica perto do ministério, Hamid Saadi, por telefone.
Um funcionário do ministério da Saúde disse que os hospitais de Bagdá haviam recebido 50 corpos e 460 feridos.
Lapsos
Oficiais do das forças militares americanas disseram que ataques como esse pretendem reacender o conflito sectário que assolou o país depois da invasão americana em 2003 que derrubou Saddam. Eles também dizem que os terroristas podem estar tentando reduzir a confiança no primeiro-ministro Nuri al-Maliki, antecipando uma eleição parlamentar no ano que vem.
As explosões de domingo aconteceram dois meses depois dos atentados a bomba de 19 de agosto, que tinham como alvo os ministérios das Finanças e das Relações Exteriores. Esses ataques mataram mais de 100 pessoas e deixaram centenas de feridos.
Com agências internacionais
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