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terça-feira, 29 de setembro de 2009

A verdade sobre o "gás mortal" de Zelaya





Crise em Honduras

Zelayistas tentam engrossar manifestação

27 de setembro de 2009


Por Thaís Oyama,
enviada especial de VEJA a Tegucigalpa

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Zelayistas tentam engrossar manifestação

O líder dos Zelayistas, Rafael Alegria, chegou ao local e negocia com o chefe da polícia a retirada da tropa de choque. O “comitê de disciplina” zelayista chama os estudantes que estão dentro da universidade para que saiam e se juntem aos manifestantes na rua. Por enquanto, não houve adesões.

Protesto em universidade

A Praça Miraflores, em frente à universidade Francisco Morazán, concentra cerca de 300 pessoas. Há alguns minutos um carro da polícia tentou passar. Cerca de 50 manifestantes deitaram-se no asfalto para impedir que a polícia se aproximasse do local. O carro da polícia recuou. A tropa de choque chegou à universidade e está a 200 metros dos manifestantes. Os policiais usam máscaras antigás. Do nada, surgiram camelôs vendendo toalhas e lenços antigás pelo preço de 20 lempiras (moeda local) - o equivalente a 1,88 reais.

Foco de tensão no Instituto Nacional Agrário
28 de setembro de 2009

Um dos principais focos de tensão na manhã desta segunda-feira é o Instituto Nacional Agrário (INA). Desde o dia 28 de junho ele está ocupado por sindicalistas e apoiadores de Manuel Zelaya. O decreto de ontem, que deverá ser votado hoje pelo Congresso, prevê a "desocupação imediata das instalações públicas". Agora pela manhã a reportagem de VEJA visitou o local e pôde observar não mais do que 30 pessoas reunidas, mas que se diziam dispostas a "resistir até a morte".

Honduras amanhece sob estado de exceção
28 de setembro de 2009

A exortação para que a população hondurenha se organizasse para "praticar atos de desobediência civil", feita anteontem da embaixada do Brasil pelo presidente deposto, Manuel Zelaya, serviu de pretexto para que o governo de Roberto Micheletti endurecesse. O presidente interino de Honduras baixou decreto que proíbe as manifestações públicas, suspende a liberdade de imprensa, autoriza prisões sem ordem judicial e permite o fechamento imediato de veículos de comunicação que "incitarem a insurgência" ou "atentarem contra a ordem pública". O decreto foi veiculado ontem às 20h (23h em Brasília), em cadeia nacional de rádio e televisão. Hoje, dia 28, a destituição de Zelaya completa três meses. Manifestações em favor do presidente deposto estavam previstas para ocorrer em toda a capital, Tegucigalpa. Agora, estão proibidas por decreto. As próximas horas dirão a quem os hondurenhos irão obedecer.

Stress no Big Brother zelaysta
28 de setembro de 2009

Os hóspedes provisórios da embaixada brasileira começam a dar sinais de cansaço. A rotina de dormir sobre papelões, enfrentar uma hora de fila para tomar banho gelado, almoçar e jantar sopa instantânea (isso no caso da ratatouille, já que o Big Brother zelayista não aboliu a sociedade de classes e ao presidente deposto, bem como à sua família, são reservados outros quitutes) está aumentando a irascibilidade dos presentes. As discussões no andar de baixo da embaixada têm sido frequentes e, por vezes, acaloradas.

Mas a inquietação não se limita ao setor dos anônimos. Também no seio da família Zelaya ela vem crescendo. Uma neta do presidente deposto está para nascer em Tegucigalpa, entre terça e quarta-feira. A impossibilidade de acompanhar a chegada do bebê tem afligido sobretudo sua mulher Xiomara, que ontem de manhã recebeu a visita e o consolo de um religioso próximo à família.

Zelaya, fique à vontade: a casa é mesmo sua
27 de setembro de 2009

Nenhuma surpresa: a enfática reação do Brasil diante do fato consumado de que Zelaya está usando a embaixada como bunker para exortar os hondurenhos à insurreição resumiu-se a um acanhado pedido oficial para que ele "abstenha-se de fazer conclamações e que não ultrapasse os limites já firmados".

A progressiva desenvoltura com que o hondurenho vem se comportando e a proporcional condescendência com que vem sendo tratado pelo governo brasileiro permitiram que, ontem, o presidente deposto distribuísse comunicado a jornalistas instando a população de Honduras a "organizar-se para promover atos de desobediência civil contra a ditadura" - coisa que ele sabe muito bem no que pode dar.

A tensão em Tegucigalpa é crescente. A presença de soldados, e agora das tropas de choque, diante da embaixada foi reforçada ontem e hoje. Amanhã, dia 28, completam-se três meses da deposição de Zelaya e grandes manifestações de rua estão sendo esperadas.

O ministro Celso Amorim soube do episódio do comunicado de Zelaya aos hondurenhos assim que chegou ao Brasil, vindo da Venezuela, na noite de ontem. Nem se deu ao trabalho de transmitir ele mesmo ao presidente deposto a resoluta e inapelável mensagem do governo brasileiro. Passou a tarefa para o único diplomata presente na embaixada, o ministro-conselheiro Lineu Pupo de Paula - que, aliás, já havia dito o mesmo ao hondurenho no dia anterior. Zelaya deve estar tremendo de medo.


26 de setembro de 2009

De onde quer que tenha partido o tal "gás tóxico" de que falou Manuel Zelaya, ele não teve outro efeito que não o de servir para que o presidente deposto exercesse seu marketing histriônico mais uma vez.

Bandeira brasileira hasteada na sacada da embaixada (AP)Um cheiro forte de gás foi de fato sentido na manhã de sexta-feira na embaixada brasileira e alguém terá de dar uma explicação sobre isso. Mas, segundo relatos insuspeitos de quem está lá dentro, ele:

- não provocou mais do que um ressecamento passageiro na garganta e um ardor nas narinas

- ninguém passou mal, vomitou sangue ou urinou sangue por causa disso, como alardeou Zelaya, que hoje chegou a comparar a substância às "duchas de gás nazistas"

- os médicos da Cruz Vermelha não foram impedidos de entrar para examinar os supostos "feridos"

- os 63 partidários do presidente deposto que se encontram na embaixada estão todos muito bem, obrigado

Tão bem que hoje, depois do almoço, resolveram se juntar para, aproveitando a recém permitida proximidade da imprensa, espalhar cartazes na varanda com frases conclamando a resistência. Só desistiram depois de tomar uma bronca do novo encarregado de (tentar) manter o que resta da autoridade brasileira na embaixada, o ministro-conselheiro Lineu Pupo de Paula.

Um pouco mais tarde, foi a vez do próprio Zelaya mostrar que, na qualidade de "hóspede", já ultrapassou todos os limites da desenvoltura: em comunicado distribuído aos jornalistas que estão dormindo na embaixada, exortou os hondurenhos a "organizar-se em cada aldeia, bairro, povoado, município, para promover atos de desobediência civil contra a ditaduras". Zelaya não tem mais qualquer dúvida de que a embaixada brasileira é seu bunker particular. Registre-se que ontem mesmo o presidente Lula ligou para o hondurenho para pedir-lhe um pouco de moderação e compostura. Agora, terá de engolir a seco mais essa afronta.








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