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sábado, 25 de abril de 2009

Crime do professor: mochila teria sumido


Sócio do pai encontrado morto com o filho diz que uma mochila, que poderia conter dólares, desapareceu do apartamento onde ocorreram as mortes
Marcelo Zorzanelli
Cristiano Novais/ Futura Press
TRAGÉDIA
Renato Ventura é visto em reprodução de imagem divulgada por aluno da universidade São Judas, onde o advogado lecionava

Uma misteriosa mochila é mencionada num segundo bilhete deixado pelo advogado e professor Renato Ventura Ribeiro, encontrado morto ao lado do filho no último dia 22. Essa mochila poderia conter dólares, fruto da venda de dois carros – um Mercedes-Benz importado e um Fiat Palio nacional – negociados por Ribeiro dias antes de morrer. A mochila é um mistério a mais em um crime que ainda intriga a polícia de São Paulo.

Segundo disse a ÉPOCA Fábio Luiz Serdan, sócio de Ventura numa firma de advocacia, o bilhete era endereçado à faxineira Márcia Souza, que encontrou os corpos. Serdan afirma que o bilhete continha ordens a Márcia, que trabalhava há muito tempo com Ventura. No texto, ele dizia a quem ela deveria entregar as chaves do apartamento, de quem receberia o próximo salário – e falava em entregar uma mochila a alguém. Serdan afirma que algo valioso, provavelmente dinheiro, estava dentro da mochila. Mas a mochila ainda não chegou ao destino final. "A mochila sumiu", disse Serdan. O bilhete à faxineira foi a única mensagem deixada pelo advogado, além de uma carta endereçada aos amigos.

Na entrevista a ÉPOCA, Serdan se emocionou ao lembrar do sócio e chegou a chorar. Disse achar plausível que Ventura planejou o filicídio acompanhado de suicídio. "Ele estava obcecado, e achava que se o filho não pudesse ficar com ele, não seria mais feliz".

No dia 22 de abril, ao entrar no apartamento do patrão, a faxineira Márcia encontrou mortos, deitados sobre a cama, Ventura e o filho de 5 anos. Os dois tinham ferimentos de bala na cabeça. Na mão de Ventura, havia um revolver calibre 38. Dias antes, ele havia perdido na Justiça uma ação que movia para obter a guarda da criança, fruto de um relacionamento com uma namorada. A polícia acredita na versão de homicídio seguido de suicídio. No lixo e no computador de Ventura foi encontrada uma carta em que ele dizia: "a decisão foi fruto de cuidadosa reflexão e poderação (sic). Infelizmente, de todas as alternativas, foi a que me restou. É a menos pior. E pode ser resumida como a maior demonstração de amor de um pai pelo filho". Ventura também afirmava que a mãe tentava afastar o filho do pai.

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