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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

BB deve fechar 30 agências, entre próprias e da Nossa Caixa


Segundo vice-presidente, Instituição espera que compra do banco estadual seja aprovada até março de 2009

Chiara Quintão, da Agência Estado


SÃO PAULO - O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira, 20, em coletiva para detalhar a operação de aquisição da Nossa Caixa, que terá que fechar cerca de 30 agências, entre próprias e do banco estadual. Segundo o vice-presidente do BB, Aldo Mendes, essas agências precisarão ser fechadas em locais que, por razões econômicas, não caberiam duas - uma do BB e outra da Nossa Caixa. "A sobreposição é muito menor do que pensávamos no início", afirmou.


O executivo informou que o BB, que era o terceiro em número de agências localizadas no Estado de São Paulo, com 772, passa agora a ocupar a primeira posição, com 1.324 agências. Itaú Unibanco possui 1.240, Santander Real tem 1.204 e Bradesco, 1.168. Segundo Mendes, o número de agências da Nossa Caixa foi um dos principais indicadores estratégicos da aquisição.

Mendes destacou que enquanto o crescimento dos bancos privados ocorreu de São Paulo para o Brasil, no BB o movimento acontece no sentido inverso. Ele citou ainda as compras do Banco de Santa Catarina (Besc), do Banco do Piauí e lembrou que já foram anunciados estudos para aquisição do Banco de Brasília.

Ao falar da consolidação do sistema financeiro nacional, Mendes citou que em 1995 cerca de 55% dos ativos bancários eram detidos pelos dez maiores bancos, e em junho de 2008 esse porcentual era de 75%. Segundo ele, há um movimento de consolidação das instituições em busca de escala e eficiência.

Aprovação

O BB espera que a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo aprove, por meio de lei, a compra da Nossa Caixa até o final do ano, segundo o vice-presidente do BB, Aldo Mendes. "Ao mesmo tempo vamos assinar os documentos finais do contrato de compra e venda", disse. Por enquanto as instituições assinaram apenas o memorando de entendimento vinculante.

Até março de 2009, além da Assembléia, o Banco Central, também deverá aprovar a operação. A expectativa é de que em março do ano que vem a Nossa Caixa se torne uma subsidiária integral do BB e que depois de 12 meses a instituição deverá ser totalmente integrada. "No início teremos uma cadeira no conselho de administração e no conselho de gestão", contou Mendes.

Após a liquidação financeira, estimada para março, será publicado o edital da oferta pública de aquisição. A OPA deverá ocorrer 30 dias depois da publicação do edital. O executivo do BB lembrou que os minoritários receberão o mesmo preço pago ao governo de São Paulo pelo controle da Nossa Caixa.

Fundos de investimento

Segundo Mendes, o Banco do Brasil deverá retomar a liderança de administração de fundos de investimento. Com a Nossa Caixa, os recursos de terceiros administrados pelo BB passam de R$ 244,2 bilhões para R$ 271,5 bilhões, com crescimento de 11%. Os ativos totais dos dois bancos somados chegam a R$ 512,4 bilhões. A carteira de crédito aumenta 6%, para R$ 213,7 bilhões, enquanto os depósitos totais crescem 15%, para R$ 264 bilhões.

O executivo destacou que a Nossa Caixa é um banco "extremamente líquido", com a relação crédito sobre depósito de menor custo de 38%. No BB, essa relação é de 157%. Juntos, os dois bancos terão uma relação crédito sobre esse tipo de depósito de 135%. Na prática isso significa que o Banco terá condições de captar com taxas ainda menores em relação aos concorrentes. "Isso dá condições de assegurar depósitos mais competitivos."

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