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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Projeto artístico envia e-mails por chips em lesmas

Lesma equipada com chip de RFID
Chips de computador foram implantados nas três lesmas
Três lesmas tiveram chips eletrônicos implantados em seus corpos para que possam transportar e-mails escritos por pessoas que visitam um site.

O projeto de "arte lenta", intitulado Real Snail Mail, foi desenvolvido por alunos da Universidade de Bournemouth, na Grã-Bretanha, e será apresentado na conferência Siggraph, em Los Angeles, nos Estados Unidos, em agosto.

Na era cibernética, as lesmas Muriel, Austin e Cecil se tornaram "carteiros eletrônicos".

Ao invés de comunicação instantânea, as mensagens dos visitantes viajarão a uma velocidade média de 50 metros por hora, podendo levar dias, semanas ou até meses para chegar ao destinatário.

"Uma coisa que a tecnologia nos promete é velocidade, aceleração, sempre mais e em menos tempo", diz Paul Smith, um artista envolvido no projeto.

"Culturalmente, somos obcecados com o imediato", acrescenta. "Tempo não é para ser vivido, mas para ser preenchido até o ponto de explosão."

Cápsula

Os autores do projeto esperam que a iniciativa estimule as pessoas a diminuir o passo e contemplar a tecnologia e a obra.

Cada lesma foi equipada com uma cápsula minúscula que contém um chip de RFID, sigla em inglês para Identificação por Rádio Frequência. O chip permite que objetos se comuniquem a distâncias curtas.

Os usuários do serviço mandam suas mensagens pelo Real Snail Mail Website e elas são enviadas à velocidade da luz para um leitor eletrônico colocado dentro de um tanque.

Uma vez registrados pelo leitor de mensagens, os e-mails ficam aguardando um carteiro lesma.

À medida que se arrastam lentamente pelo tanque, as três lesmas ocasionalmente entram na faixa de alcance de um leitor eletrônico, que envia a mensagem ao chip RFID.

As mensagens são então fisicamente transportadas pelas lesmas em seus passeios pelo tanque até que uma delas passe perto de um segundo mecanismo leitor.

A partir daí, a mensagem é encaminhada pela rede seguindo a rota convencional.

"Pode ser muito frustrante para algumas pessoas", afirma a artista Vicky Isley, que também participa do projeto, à BBC. "(O trabalho) está revertendo completamente o sistema normal", acrescenta.

Lesma poderosa

Até agora, as três lesmas já conseguiram enviar 14 mensagens. E dez delas foram entregues por Austin, que faz uma média de uma entrega a cada 1,96 dia.

"Austin é uma lesma poderosa, está se saindo muito bem", disse Isley. "Ela é grande e é sempre a primeira a alcançar a comida."

A lesma Muriel, por outro lado, não conseguiu fazer nenhuma entrega.

O projeto vai ser uma das atrações da conferência de computação gráfica Siggraph em Los Angeles, entre 11 e 15 de agosto.

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