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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Aids: governo federal vai distribuir 400 máquinas de preservativos em escolas públicas


Publicada em 26/06/2008 às 15h38m

O Globo Online; Agência Saúde

Um modelo da máquina de distribuir preservativos - Divulgação/Ministério da Saúde

RIO - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou, nesta quinta-feira, que o governo federal vai produzir e distribuir 400 máquinas de preservativos para as escolas públicas que participam do programa de prevenção do ministério. (Você concorda com a distribuição dos preservativos nas escolas públicas?)

- Um dos grandes desafios do combate à Aids é o acesso à educação sexual nas escolas e o incentivo ao uso de camisinhas - disse Temporão durante o 7º Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, em Florianópolis (SC).

O Centro Federal de Ensino Tecnológico (Cefet) de Santa Catarina venceu o "Prêmio de Inovação Tecnológica em Prevenção das DST/Aids" em 2007 e o projeto de máquina desenvolvido lá, uma dispensadora de preservativos, será implantado nas escolas. O custo unitário da produção é de R$ 400, em média, 40% mais baixo que o valor de uma máquina no mercado internacional.

" Os alunos terão uma matrícula e receberão da escola uma senha para terem acesso aos preservativos "

- A máquina vai funcionar como se fosse o caixa automático de um banco, mas não terá nenhuma espécie de capital envolvido. Os alunos terão uma matrícula e receberão da escola uma senha para terem acesso aos preservativos. A quantidade dependerá da escola e da região em que a máquina estará instalada - explica o professor do Cefet de Santa Catarina Mário Lúcio Roloff, coordenador do projeto.

O número de escolas beneficiadas neste início do programa e o cronograma de distribuição das máquinas ainda será definido pelo ministério.

Na população em geral, para cada grupo de 16 homens com Aids, há 10 mulheres com a doença. Entre os jovens, de 13 a 19 anos, ocorre o inverso: são 16 meninas com Aids e 10 meninos com a doença. Pesquisas do Ministério da Saúde revelam que, na primeira relação sexual, mais de 30% das meninas afirmaram que não usaram camisinha porque confiaram nos parceiros. Entre os meninos, apenas 7% tiveram o mesmo comportamento.

- Por isso, temos que trabalhar com essa garotada, discutindo com adolescentes e jovens a questão do acesso aos direitos sexuais e reprodutivos e a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis - disse Temporão.

Desde 2003, o Ministério da Saúde já distribui camisinhas para 10 mil escolas em todo o país. Como o projeto das máquinas de preservativos ainda é piloto, não está definido se ele será ampliado com a construção de mais máquinas.

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