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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

#SUS Idoso morre depois de esperar 4 dias por vaga na UTI, no Sul de MG



13/11/2011 16h48 - Atualizado em 13/11/2011 19h46

Vítima tinha 62 anos e aguardava vaga na Santa Casa de Campanha.
Leito só foi conseguido neste domingo em um hospital em Passos.

Do G1 MG, com informações da EPTV
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Idoso estava internado na Santa Casa de Campanha. (Foto: Reprodução EPTV)Idoso estava internado na Santa Casa de Campanha.
(Foto: Reprodução EPTV)
Um idoso de 62 anos morreu na madrugada deste domingo (13) na Santa Casa de Campanha, na Região Sul de Minas Gerais, depois de ficar esperando quatro dias por uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pelo Sistema SUS Fácil. Ele havia sido internado no domingo (6) e desde quarta-feira (9) o hospital tentava com o sistema uma vaga de UTI em algum hospital da região.
A família da vítima disse que o hospital fez todo o possível para conseguir a internação, mas segundo o médico responsável, a causa da morte foi uma doença rara conhecida como Síndrome de Guillain Barré. A enfermidade atinge o sistema nervoso e paralisa os membros, o pescoço e os músculos.
Segundo o coordenador do SUS Fácil, Cláudio Lima Alves, o sistema recebeu o pedido de internação às 16h30 de sexta-feira (11) e, desde então, eles tentavam uma vaga nas UTIs de 154 cidades da região e na Central de Leitos de Belo Horizonte. O SUS Fácil só conseguiu uma vaga neste domingo, no Hospital São José, em Passos, também no Sul do estado.

Eletricista espera há quase 10 dias por vaga no Hospital de Queimaduras

Homem recebeu descarga da rede de alta tensão durante o trabalho.
Sem tratamento adequado, há o risco de ter de amputar os braços.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

Um homem está internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) com os braços queimados há quase dez dias. Ele sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus. Os ferimentos são tão graves que ele pode ter de amputar os braços.
O eletricista Luís Antônio Francischini, de 46 anos, precisa com urgência de tratamento especializado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Queimaduras de Goiânia, mas não há vaga para internação.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde disse que conta com apenas duas vagas em UTI para internação pelo SUS no Hospital de Queimaduras de Goiânia. Alegou ainda que casos de queimaduras que exigem leito de UTI não são frequentes. Ainda segundo a assessoria, a central de vagas do município tenta negociar com o hospital uma nova vaga para esse paciente.

A família está transtornada com a demora em conseguir tratamento adequado. De acordo com Vanessa Francischini, filha de Luís, os ferimentos são graves e o tratamento recebido no Hugo não é o adequado.
“Um cirurgião falou que ele precisa de uma cirurgia urgente, que era para ele estar na UTI fazendo cirurgia. Ninguém resolve nada, falam que não tem vaga”, relata a jovem.
Segundo a família, Luís Antônio trabalhava como eletricista há 12 anos em uma companhia elétrica da cidade de Tangará da Serra, em Mato Grosso. Ele teria recebido uma descarga elétrica de 34 mil volts da rede de alta tensão, quando prestava atendimento no sistema público de iluminação.
O acidente aconteceu no dia 24 de outubro. Como a cidade não tinha hospital especializado em queimaduras, a irmã do eletricista decidiu levá-lo para a capital goiana na expectativa de conseguir uma vaga no hospital que é referência no estado. Ela não contava com o problema da falta de vagas.
“Já solicitaram essa vaga também e estamos só esperando. Já foram lá de novo, mas não tem a vaga. Todo dia é isso. Não tem vaga. Está esperando sair um paciente e não sai”, conta a irmã de Luís, Lúcia de Fátima Francischini.
A família já entrou com um pedido no Ministério Público de Goiás, solicitando a vaga no Hospital de Queimaduras. A irmã do paciente diz não ter condições de pagar o tratamento particular, que segundo ela, custaria em média R$ 80 mil.
“A gente pede ajuda, encarecidamente. Pelo amor de Deus, quem estiver nos ouvindo, que possa ajudar com essa vaga, que saia urgente lá para ele”, desespera-se.
“A gente não sabe mais o que fazer”, diz Vanessa, chorando.





Famílias reclamam de atendimento em hospital da Grande Vitória

Muitos pacientes estão internados nos corredores e faltam vagas na UTI.
Sesa disse que todos são atendidos, mas não há previsão de transferência.

Do G1 ES

Pacientes nos corredores e falta de vagas na UTI. Esta é a situação com a qual muitas pessoas se deparam ao chegar ao Hospital São Lucas, em Vitória. O sistema de saúde público da Grande Vitória tem deixado muitos pacientes e familiares revoltados, por conta das condições de internação e atendimento prestados pelas unidades de saúde. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), informou que todos os pacientes estão sendo atendidos e medicados, e que a transferência para outras unidades está sendo providenciada. Mas ainda não há prveisão de quando.
A mãe da enfermeira Ana Paula Klein, que tem 60 anos, está há três dias internada no corredor do hospital. De acordo com a filha, ela sofre de problema nas artérias e pode ter um dos dedos do pé amputados. "No momento ela está medicada, mas ainda sente muita dor", disse.
A enfermeira procurou a Justiça, que determinou que a mãe dela seja internada imediatamente em uma UTI. O Estado pode ser multado em R$ 3.000 por dia, caso a ordem não seja cumprida. "A sensação é de impunidade, de revolta, de angustia. Eu só espero um retorno da Secretaria Estadual de Saúde", afirmou.

O comerciante Wantuil de Oliveira também se indignou com o atendimento do hospital. O irmão dele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e precisava de atendimento imediato e especializado, mas também acabou sendo internado no corredor. "Só depois de muito tempo ele foi transferido para a enfermaria", explicou o irmão.
Outro paciente, Alessandro Correa, de 34 anos, também está a espera de uma vaga na UTI. Segundo a mãe, ele sofreu uma aneurisma e precisa de uma vaga urgente, mas não consegue. "Não sei mais o que fazer", disse a mãe, emocionada.



Paciente com leptospirose no DF tem piora por falta de UTI, diz família

Filhas recorreram à Justiça para conseguir vaga; estado do homem é grave.
Secretaria afirma que paciente recebeu todos os cuidados necessários.

Do G1 DF

A família de um homem de 52 anos que está internado em estado grave com leptospirose no Distrito Federal reclama da demora no atendimento da rede pública de saúde. As filhas do paciente dizem que a vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) só foi conseguida depois de determinação judicial, em hospital particular com convênio com o SUS. Elas afirmam ainda que a ambulância do Samu para transporte do paciente não chegou.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou que o paciente recebeu todos os cuidados necessários, desde sua admissão no Hospital Regional de Sobradinho.
"Devido à gravidade do quadro, sendo o paciente classificado com o risco vermelho e diagnóstico de leptospirose, o paciente foi removido pela ambulância do HRS - acompanhado por médico - para uma Unidade de Terapia Intensiva/UTI de um hospital da rede conveniada", diz a nota.
As filhas do paciente contam que ele começou a passar mal no dia 17. Na quinta-feira (20), foi levado para o Hospital de Sobradinho. “Ele mora numa área que tem um córrego. No domingo ele passou por uma área descalço, por uma enxurrada de água da chuva. O médico falou que foi exatamente isso aí que causou a doença”, diz Viviane Oliveira, filha do paciente.
No dia seguinte à internação, o quadro se agravou e foi recomendada a internação do paciente em uma UTI.  Sem vaga na rede pública, foi preciso uma liminar da Justiça para conseguir prioridade na transferência.
“Os médicos do Hospital de Sobradinho foram bem atenciosos, correram atrás dessa UTI para ele, mas, infelizmente, a gente só conseguiu às 23h. Ele ficou 12 horas sofrendo muito. Hoje o quadro dele está grave, com falência múltipla dos órgãos”, conta Viviane Oliveira.
A remoção do paciente teria sido dificultada pela falta de ambulância, afirma Rosena Pimentel, outra filha do paciente. “Tentaram de todas as formas. Contaram o Samu e não chegou nunca. A gente correu atrás, foi aí que descobriram uma ambulância do hospital e colocaram ele, mesmo não sendo UTI móvel.”
A leptospirose é uma doença infecciosa que pode ser contraída pelo contato com a água da chuva contaminada pela urina do rato. Lugares que têm saneamento básico deficiente ou muito lixo facilitam o contágio após as chuvas.





Salários baixos e condições de trabalho precárias de médicos comprometem saúde pública no DF, diz sindicato

09/11/2011 - 15h05
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Apesar de estarem no topo da tabela de remuneração da categoria no país, médicos do Distrito Federal que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) consideram os salários baixos e reclamam das condições precárias de trabalho. Para o presidente do Sindicato dos Médicos de Brasília, Marcos Gutemberg Fialho da Costa, o atual quadro se deve a uma situação estrutural.
“São péssimas condições de trabalho, sem cadeira ou mesa ergonômica, com sala insalubre e sem ventilação. Pacientes ficam no chão e o médico tem que medicar. Você não tem segurança, nem mesmo física – há uma demanda enorme de pacientes que ficam aguardando por horas e, quando entram, às vezes, ocorre até agressão”, completou.
Em entrevista à Agência Brasil, ele confirmou a situação registrada pela equipe de reportagem em hospitais regionais de cidades como Gama, Santa Maria e Taguatinga, onde, devido ao número insuficiente de profissionais, os médicos não conseguem atender pacientes nos pronto-socorros. “Temos anos de falta de reposição de colegas que se aposentaram. A coisa chegou ao gargalo”, disse.
Dados da Secretaria de Saúde indicam que 5.110 médicos trabalham na rede pública do DF. O déficit atual, calculado pelo sindicato, passa de mil profissionais. O salário-base, com jornada de 20 horas semanais, é R$ 4.143,57.
Para Costa, é preciso realizar concursos públicos que ofereçam condições atraentes aos candidatos, para que médicos aprovados em processos seletivos não desistam do cargo. “Os médicos que hoje permanecem são os que estão há algum tempo no sistema e que realmente gostam de fazer medicina pública. Esses continuam. Mas os que entram com uma perspectiva de situação mais favorável na iniciativa privada não vão ficar.”
A coordenadora da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), Celeste Aída Silveira, explicou que o atual currículo do curso engloba disciplinas como práticas da saúde e saúde e sociedade, que incluem atividades práticas em centros de saúde já no primeiro semestre. A ideia, segundo ela, é antecipar o contato dos alunos com a realidade da rede pública de saúde no DF.
“Isso serve até para eles sentirem e não ficarem tão temerosos de entrar nessa linha. Assim, eles já sabem que as condições não são ideais, que há restrições de ambiente de trabalho, de disponibilidade de exames e de medicamentos. Tenho observado que essa nova orientação tem melhorado a tendência dos estudantes [de trabalhar no setor público]”, contou.
A maioria dos alunos, de acordo com dados da própria faculdade, busca, ao iniciar a vida profissional, conciliar o trabalho na rede pública e no setor privado.
É o caso de Artur Souza Rosa, 20 anos, aluno do 3º semestre de medicina na UnB. Ele pretende trabalhar no SUS, mas sonha mesmo em abrir uma clínica particular e tentar dividir o tempo entre o atendimento no setor público e no privado. “A maior dificuldade e o que acaba desestimulando profissionais da área é a falta de material, de leitos, de espaço e de tantas outras coisas [nos hospitais públicos]. Deveríamos, aqui em Brasília, ser referência para o resto do país, mas estamos longe disso.”
O aluno do 5º semestre Rodrigo Sousa Bresani, 25 anos, contou que escolheu a profissão pelo impacto social e pelo estímulo de parentes que são médicos. A avaliação do estudante é que a rede pública de saúde no DF não funciona e tem muito a melhorar. “O sucateamento, a falta de medicamentos e os salários baixos da rede pública com certeza desestimulam os alunos que escolhem o curso pensando no retorno financeiro. O sistema público precisa de estabilidade, apoio e dedicação.”
Em entrevista à Agência Brasil, o secretário adjunto de Saúde, Elias Fernando Miziara, lembrou que os médicos do SUS, no DF, recebem gratificações por trabalhos prestados em centros de saúde e em emergências e que dificilmente a remuneração se resume ao salário-base indicado pelo sindicato. “Temos um setor privado que está remunerando melhor, mas entendemos que é uma questão de tempo para esse mercado se esgotar”, disse.
Miziara reconheceu a precariedade das condições de trabalho a que são submetidos os profissionais de saúde de rede pública. “De fato, existem problemas. Pegamos essa rede absolutamente depauperada [afetada por redução de recursos financeiros]. Não é só a questão de móveis, mas de equipamentos e medicamentos com falta generalizada.”




Da Redação
A falta de equipamentos faz os pacientes do SUS esperarem mais de cem dias para fazer uma radioterapia. A situação é mais crítica nas regiões Norte e Nordeste. O dado integra relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), que realizou uma auditoria na política nacional de atenção oncológica.
"Temos vazios de atendimento também no Centro-Oeste e em regiões do Sul e do Sudeste", afirma o secretário nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães.

Intervalo - O relatório do Tribunal de Contas aponta ainda que, em média, o paciente leva mais de 70 dias entre a detecção do tumor e o início da quimioterapia e somente 35,6% conseguem o tratamento até 30 dias após o diagnóstico, indicação de urgência apropriada para o tratamento.

Atarde Online

Diagnóstico de linfoma chega tarde no SUS

Por AE
São Paulo, (AE) - Uma pesquisa em São Paulo com pacientes que sofrem de câncer no sistema linfático (linfoma) revela que apenas 18,4% daqueles que se tratam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) conseguem receber um diagnóstico da doença em seu estágio inicial. Nos hospitais
particulares, essa porcentagem mais que dobra: 39% das pessoas chegam cedo aos centros especializados, o que aumenta a chance de cura.

Para os especialistas, a diferença tem a ver com a demora enfrentada na rede pública na hora de marcar consultas e passar pelos exames necessários para identificar a doença.

Os dados são de um estudo coordenado pelo diretor da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), Carlos Chiattone, apresentado hoje no congresso Hemo-2011. “Esse é um linfoma altamente curável, chega a 80% com tratamentos tradicionais. Receber pacientes em estágio avançado é inaceitável. Não é questão de recurso financeiro, mas de gestão do sistema”, avalia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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