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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ministério da Saúde apura desvio de verba em Borba



De acordo com a secretária municipal de Saúde, Adriana Moreira, a UBS Dom Adriado Veigle funciona em um barco e cobre uma área de 44 quilômetros quadrados. “Tudo com o respaldo do Ministério da Saúde”.
[ i ]  A acusação é de que a Unidade Básica de Saúde (UBS) Dom Adriano Veigle recebe do governo federal R$ 60 mil por mês, mas está inoperante.
Manaus - O Ministério da Saúde, a pedido da Câmara Municipal de Borba, investiga uma denúncia de má aplicação de recursos públicos em um posto de saúde do município (localizado a 150 quilômetros de Manaus). A acusação é de que a Unidade Básica de Saúde (UBS) Dom Adriano Veigle recebe do governo federal R$ 60 mil por mês, mas está inoperante. A Câmara ainda apura o despejo de resíduos hospitalares no ‘lixão’ do município. A Secretaria Municipal de Saúde nega as irregularidades.
De acordo com o vereador José Pedro Graça (PPS), a UBS abriga funcionários ‘fantasmas’, entre eles a ex-diretora da unidade, a médica Luciana Herculano Cavalcante, - mulher do prefeito de Borba, Antônio José Muniz Cavalcante (PMDB), conhecido como ‘Careca Holanda’. “O CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) diz que lá tem 18 funcionários, mas ninguém trabalha”, afirma Graça.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Adriana Moreira, a UBS Dom Adriado Veigle funciona em um barco e cobre uma área de 44 quilômetros quadrados. “Tudo com o respaldo do Ministério da Saúde”.
A assessoria de comunicação do Ministério da Saúde se limitou a dizer que uma equipe já esteve no município para uma auditoria. Da visita, será produzido um relatório sobre a situação do município. Depois, a Prefeitura terá 30 dias para se defender do que for apontado.
Lixo hospitalar
O vereador ainda denuncia que o lixo hospitalar do município é descartado junto com resíduos comuns. Ele apresenta fotos onde seringas usadas, bolsas de sangue e materiais quimico-cirúrgicos do programa de combate a doenças sexualmente transmissíveis (DST/aids) foram encontradas no ‘lixão’ da cidade. Graça afirma que Borba não tem incinerador, “ao contrário do que a prefeitura diz”.
A secretária de Saúde, mais uma vez, nega a acusação. Segundo Adriana Moreira, todo o resíduo hospitalar é destruído antes de ser descartado.
CPI
José Pedro Graça conta que a Câmara chegou a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da saúde no município. Entretanto, diz ele, o desembargador Cláudio Rossi emitiu decisão favorável ao prefeito, suspendendo a CPI. “Temos todos os documentos, mas estamos de mãos atadas”. Graça diz que a instauração da CPI traz assinatura de quatro dos nove vereadores de Borba.


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