Na madrugada de sábado para domingo, dois manifestantes morreram em confrontos com a polícia, um no Cairo e outro na cidade de Alexandria. Além disso, 750 pessoas ficaram feridas nos protestos na capital do país e em outras cidades.
Os protestos acontecem a apenas oito dias das primeiras eleições legislativas desde a queda do regime de Mubarak.
Neste domingo, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, enquanto os ativistas levantavam barricadas perto da praça Tahrir.
Nos hospitais improvisados nas mesquitas próximas, alguns manifestantes recebiam tratamento por intoxicação ou pelo impacto de balas de borracha.
Na praça, manifestantes gritavam frases hostis aos militares e pediam a queda do marechal Hussein Tantawi, que comanda o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que governa o país desde a queda de Mubarak em fevereiro.
As primeiras eleições legislativas da era pós-Mubarak estão programadas para 28 de novembro.
Os incidentes voltaram a reativar os temores de que as legislatvias podem ser adiadas por vários meses.
O general Mohsen al-Fangari, integrante do CSFA, garantiu que as eleições acontecerão de acordo com o previsto e afirmou que o governo tem condições de garantir a segurança do processo.
Várias personalidades políticas e intelectuais, incluindo o ex-diretor da Agência internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei, publicaram um documento no qual pedem um prazo adicional para as eleições, como parte de uma revisão do calendário político do país.
Os signatários do documento propõem que primeiro o país tenha uma Assembleia Constituinte, depois eleições presidenciais e por último legislativas.
Os militares anunciaram que a eleição presidencial acontecerá em uma data que ainda será determinada, ao fim do processo político, e que apenas entregarão o poder aos civis após a escolha de um novo chefe de Estado.
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