ESCÂNDALO NO PIAUÍ: Governador concorda com apuração de desvio de R$ 50 milhões no governo do PT

10/10/11, 23:37

O governador Wilson Martins (PSB) disse nesta segunda-feira (10) que o papel do Ministério Público Federal é fiscalizar e investigar, ao comentar o suposto desvio de R$ 50 milhões identificado em auditorias realizadas pelo MPF, pela CGE (Controladoria Geral do Estado), pela PGE (Procuradoria Geral do Estado) e pelo Denasus (Departamento Nacional de Auditorias do Sistema Único de Saúde) na gestão anterior. As obras e serviços investigadas movimentaram mais de R$ 200 milhões. Wilson Martins disse que tomou conhecimento das investigações pela imprensa. Mas o Governo foi notificado para prestar informações através da Procuradoria Geral do Estado e Controladoria Geral do Estado, sobre obras inacabadas, obras paralisadas, compra de medicamentos e aquisição de equipamentos. Segundo o governador, os procuradores realmente devem apurar as denúncias, mas também devem considerar que não se pode condenar ninguém sem provas. "O Ministério Público está fazendo o seu papel. Mas todos têm direito de defesa e do contraditório", observou. Os procuradores Kelston Lages e Carlos Wagner Guimarães conduzem os processos. Kelston Lages atua nas obras inacabadas, como o porto de Luís Correia, que passou por vistoria recente, e o programa de estradas que tem recursos de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Carlos Wagner apura o esquema que envolve a compra de medicamentos e equipamentos na Saúde. CASO FERNANDA - O governador Wilson Martins, interpelado sobre as investigações no caso Fernanda Lages, disse que quem cometeu um crime deve ser punido e as investigações estão fluindo. "O Governo do Estado vai ajudar e dar suporte no que for possível para a elucidação do crime", garantiu. Ele demonstrou preocupação com o impasse entre o Ministério Público e a Polícia Civil, dizendo que as duas instituições já se reuniram para acabar com as polêmicas. "O Estado quer que os responsáveis sejam apontados e punidos, como em qualquer outro caso", frisou Wilson Martins.

Fonte: JL/DP

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