Novo estudo tenta explicar a ação de produtos que contêm bactérias boas para a saúde
Um novo estudo feito por cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, tentou responder qual é o verdadeiro papel das bactérias probióticas. A pesquisa foi publicada esta semana no jornal científico Science Translational Medicine. O principal autor, Jeffrey I. Gondon, testou um determinado tipo de iogurte em gêmeos e ratos por quatro meses.
O principal resultado do estudo aponta que o uso do iogurte não mudou o funcionamento intestinal, mas alterou o processamento dos carboidratos nos participantes do estudo. Segundo Gondon, talvez essa seja a explicação de como os probióticos ajudam a regularizar o intestino, mas o especialista diz que são necessários mais estudos para confirmar a hipótese. Segundo a assessoria de imprensa da Danone, empresa que apoiou e forneceu o iogurte para os testes, o estudo não é conclusivo, mas é uma ferramenta para que a empresa comprove os efeitos positivos dos iogurtes probióticos.
As promessas de benefícios atribuídas aos iogurtes probióticos são inúmeras. Eles poderiam ser usados para tratar infecções da bexiga, males psiquiátricos, câncer de colon, doenças cardiovasculares, reações alérgicas, sintomas de gripe, para controlar o choro de bebês com cólicas e melhorar a atenção. O benefício dos probióticos mais aceito pelos cientistas é a manutenção do equilíbrio da flora intestinal. Como o consumidor pode saber se está comprando um produto que promete mas não cumpre?
O órgão regulador no Brasil é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),. A agência proíbe que as embalagens anunciem promessas além de “contribui para o equilíbrio da flora intestinal”. Em 2009, a agenência proibiu a propaganda do Actimel, que anunciava aumentar a defesa natural do organismo.
Na Europa, a Autoridade Européia de Segurança Alimentar fiscaliza de perto as reivindicações dos consumidores. A entidade pesquisa entre outras coisas se um probiótico é capaz de ajudar em doenças cardiovasculares. O grupo tem 2.700 processos em andamento e promete uma lista de alegações de saúde que tire as dúvidas dos consumidores.
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