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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Brasileiro cria bengala eletrônica de baixo custo para deficientes visuais


Estudante inventou protótipo para trabalho de conclusão de curso.
Dois sensores vibram quando há obstáculos acima ou abaixo da cintura.

Laura Brentano Do G1, em São Paulo


Carlos Solon Guimarães criou o protótipo da bengala eletrônica para seu trabalho de conclusão de curso (Foto: Divulgação)Guimarães criou o protótipo da bengala para seu
trabalho de conclusão de curso (Foto: Divulgação)

O estudante universitário Carlos Solon Guimarães criou um protótipo de bengala eletrônica de baixo custo com dois sensores que avisa o deficiente visual quando há algum obstáculo a um metro de distância. Cada um dos sensores – o mesmo usado em celulares – é programado para vibrar quando há um objeto acima ou abaixo da cintura.

“Quando ambos balançam quer dizer que o obstáculo é grande”, explica Guimarães, que criou o protótipo para o seu trabalho de conclusão no curso de Ciência da Computação da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), no Rio Grande do Sul.

Nos Estados Unidos, já existe uma versão de bengala eletrônica vendida por US$ 1,4 mil. No Brasil, outro estudante criou um aparelho parecido, mas que conta apenas com um sensor e sai por R$ 500. “Só a parte eletrônica do meu protótipo, com componentes comprados no Brasil, custa R$ 225, sem contar a bengala”, diz Guimarães, que uso apenas softwares e hardwares de código aberto, ou seja, que qualquer pessoa pode usar e alterar sem pagar nada.

Infográfico da bengala eletrônica (Foto: Arte/G1)

“A bengala foi feita com equipamentos de baixo custo. Isso não quer dizer que ele usou lixo eletrônico. Ele apenas aproveitou tecnologias abertas para fazer a bengala”, explica o professor Carlos Oberdan Rolim, corientador do aluno.

A ideia de Guimarães surgiu por meio de projetos da universidade que buscam alternativas para deficientes visuais. “Ele viu a possibilidade de desenvolver um projeto para que os deficientes não precisem mais ficar cutucando o solo para saber onde estão”, completa o professor.

Como a formatura de Guimarães está marcada para dezembro, ele ainda pretende melhorar o protótipo e estuda como a bengala será colocada no mercado. “Ainda não sei se será uma bengala fixa ao sensor ou adaptada. Espero conseguir investidores e vendê-la por, no máximo, R$ 300”, diz o estudante.

“O trabalho ainda não foi concluído, mas está bem adiantado. A ideia é ter uma bengala realmente formada. O protótipo é feito com canos PVC, por exemplo. Também pensamos em, no futuro, criar um kit para que o deficiente conecte os sensores a sua bengala”, explica o professor Rolim.

Protótipo conta com dois sensores e um microcontrolador que envia as vibrações (Foto: Divulgação)Protótipo conta com dois sensores e um microcontrolador que envia as vibrações (Foto: Divulgação)







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