Amanhã as tesouras e agulhas de "Ti ti ti" vão costurar as cenas pela última vez. Mas sem clima de enterro. A novela das sete chega ao fim em estado de euforia com o sucesso de audiência (a trama teve 36 pontos de pico no Ibope, foi a mais buscada na internet e a mais comentada nas redes sociais). E os atores estão mais do que satisfeitos.
— Marcela foi para mim um amadurecimento de alma mais complexo! Recebi o sucesso dela de braços abertos, o ator trabalha para o povo — diz Isis Valverde, que verá sua mocinha, muito querida pelos telespectadores, terminar feliz com Edgar (Caio Castro) e deixar Renato (Guilherme Winter) no capítulo derradeiro.
Sucesso com a criançada pelos trejeitos do estilista almofadinha Jacques Leclair, Alexandre Borges divide os louros do trabalho com o companheiro de cena Murilo Benício, que interpretou Ariclenes e Victor Valentim.
— Cresci muito como ator e como homem nesta novela. Foi um personagem de superação. Vim de peito aberto fazer parte desta equipe e me tornei um grande admirador do Murilo — diz com emoção Alexandre, que termina a história bem-sucedido nos negócios ao lado de Ari e Jaqueline (Claudia Raia).
Além de não punir as vilãs da trama, Luisa (Guilhermina Guinle), Clotilde (Juliana Alves) e Stéfany (Sophie Charlote), a autora Maria Adelaide Amaral ousou ao mudar os rumos de personagens originais de "Ti ti ti" (1985) e "Plumas e paetês" (1980) de Cassiano Gabus Mendes. Mais um motivo de comemoração nos bastidores.
— Acho ótimo que Maria Adelaide mude os finais. É uma surpresa para a gente (os atores) e para o público — opina Dira Paes, a Marta, que acaba ao lado de Ari amanhã.
E a exuberante personagem de Claudia fecha o último capítulo ovacionada pelo público no palco, ao reviver os tempos de rock’n roll com a banda Boletim de Ocorrência. Nada mal para quem sofreu por falta de amor e carinho na novela.
Pontos altos da novela
- Claudia Raia arrebentou como Jaqueline. A perua roubou muitas cenas com suas tiradas.
- O texto afiadíssimo, com muitas citações ao mundo pop e a outras novelas, foi um ponto alto.
- Ver Luiz Gustavo, o primeiro Ariclenes, contracenando com Murilo Benício valeu a pena.
- Guilhermina Guinle convenceu como vilã.
- Marcela (Isis Valverde) e seus dois pretendentes conquistaram o público. O desfecho romântico provocou curiosidade.
- Maria Helena Chira, a Camila, foi uma grata revelação.
Pontos baixos da trama
- Uma atriz da tarimba de Christiane Torloni poderia ter sido melhor aproveitada na trama.
- O desempenho de Juliana Paiva deixou a desejar e o par Val e Luti (Humberto Carrão) se desfez nesta versão.
- A caracterização de Thaisa (Fernanda Souza) não favoreceu a atriz.
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