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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Pessuti cava aposentadoria milionária e mendiga emprego para Dilma

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011



Assim como o futebol, o ex-governador Orlando Pessuti é uma caixinha (ou caixão) de surpresas. Só que todas as surpresas são negativas. Pessuti entrou no governo do Estado em 1º de abril último cercado de boas expectativas mas deixou o governo em meio a densas nuvens de suspeitas de esquemas nebulosos, negociatas e desconfianças de toda ordem.

Quem imaginou que fora do governo Pessuti ira sossegar o facho, outra surpresa negativa. Mal deixou o governo requereu uma aposentadoria vitalícia e integral de ex-governador que deve lhe render quase R$ 25 mil por mês pelo resto da vida.

Para receber uma aposentadoria miserável um trabalhador brasileiro comum precisa trabalhar, e contribuir com a Previdência, por 420 meses, ou 35 anos. Pessuti vai garantir uma pensão nababesca depois de apenas 9 meses no governo.

Não contente com isso, Pessuti, que havia prometido se apresentar para trabalhar na Emater (onde é funcionário de carreira) no primeiro útil de 2011, mudou de idéia e pediu uma licença prêmio na empresa (onde logo deve cavar uma nova aposentadoria).

Mas a sede de poder e do desfrute de bocas ricas de Pessuti parece tão insaciável quanto aquela que revela quando freqüenta uma churrascaria de espeto corrido. Além de garantir a aposentadoria de ex-governador e assegurar o salário da Emater sem trabalhar, Pessuti passou a mendigar um cargo no governo federal para a presidente Dilma Rousseff. O cargo não precisa ser importante, mas o salário tem que ser bom.

Sobre a precoce aposentadoria, Pessuti confirmou o pedido em entrevista ao jornal Gazeta do Povo. “Já solicitei à minha assessoria e acredito que o pedido já deve ter dado entrada”, diz Pessuti com a desfaçatez dos cínicos o pedido de aposentadoria como ex-governador.

“Não é um privilégio nem uma imoralidade. É um benefício que tem previsão legal e que foi aprovado na Constituinte”, afirmou, contestando o ponto de vista da Ordem dos Advogados do Brasil.

Para a OAB, essa aposentadoria de marajá concedida aos ex-governadores, mesmo àqueles, como Pessuti, que não foram eleitos e exerceram o cargo por poucos meses, é imoralidade absurda num país pobre em que boa parte da população vive de salário mínimo e levaria quatro anos de trabalho duro para ganhar o que Pessuti vai embolsar sem fazer força todos os meses.

Numa tentativa canhestra de justificar esse privilégio absurdo Pessuti alega que dedicou 28 anos de sua vida à causa pública, em cinco mandatos de deputado estadual, dois de vice-governador e nove meses como governador. “E não foi apenas neste último ano que exerci a governadoria. Tive 31 interinidades durante os dois mandatos”, afirma.

A um desavisado pode parecer que o ex-governador passou um período de quase 30 anos mourejando desinteressadamente pela causa pública. Nada poderia ser mais falso nem mais diferente da realidade.

Pessuti se esquece de dizer que os seus mandatos de deputado foram regiamente remunerados, sem falar nas mordomias obscenas que adoçam a vida de um parlamentar brasileiro.

Os cinco mandatos, aliás, renderam a Pessuti outra aposentadoria imoral, a de deputado, já que os parlamentares desfrutam de um sistema de previdência próprio bancado em boa parte pelo contribuinte que lhes garante ganhos muito acima daquilo que os mortais comuns podem sequer sonhar.

Por que os funcionários públicos recebem aposentadoria integral e os funcionários privados não?

Por que muitos concursos públicos de cargos proeminentes, como Juiz Federal e Oficial de Justiça, precisam de diploma de curso superior e para ser Presidente ou Deputado não precisa sequer saber ler e escrever direito?


Por que faltam policiais e não faltam guardas de trânsito?

LAST

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