Prisioneira da ditadura militar por três anos, a ex-torturada Dilma Rousseff divulgou nesta segunda (25) uma carta às Forças Armadas.
No texto, a pupila de Lula assume compromissos caros aos militares. Anota, por exemplo que, eleita, vai manter o serviço militar obrigatório.
Promete manter também o regime previdenciário diferenciado dos militares. Cena com um tônico nos contracheques da tropa.
Deve-se a iniciativa aos ruídos vindos dos quartéis. Não havia propriamente uma crise. Mas o queixume era audível.
Os militares queixavam-se, por exemplo, do silêncio de Dilma em relação à contribuição das Forças Armadas nas obras do PAC.
Convidada a expor suas ideias no Clube Militar, Dilma não deu as caras. O rival José Serra fez questão de comparecer.
A carta preparada pela assessoria de Dilma esmera-se nos afagos. Anota que as Forças "estão entre as instituições com maior índice de confiança" no país.
Promete reestruturar a indústria bélica nacional e a reaparelhar Exército, Marinha e Aeronáutica.
No arremate, o texto emprega linguagem de caserna: "Se eleita presidente, como Comandante Suprema das Forças Armadas de meu país...”
“...Haverei de contar com o espírito de corpo que distingue homens e mulheres da caserna...”
“...Sentinelas em alerta, importantes mantenedores dos valores da nossa unidade nacional".
Depois de beijar a cruz, Dilma levou os lábios às armas. Para alguém com seu passado guerrilheiro, não é pouca coisa.
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