www.chinaview.cn 2009-12-11 09:35:15 |
BRASILIA, Dec. 10 (Xinhua) -- Brazilian Federal District Governor Jose Roberto Arruda announced Thursday his departure from the Democrats Party (DEM) to avoid possible expulsion due to a corruption scandal that has shaken his government.
The decision was announced one day before a scheduled DEM meeting on his expulsion. Partyless, the governor cannot stand for re-election in September 2010.
The scandal came to light on Nov. 27 when an investigation code-named "Pandora's Box" carried out by the Federal Police revealed video footage in which Arruda appeared to be paying brides to legislators and allies.
The footage was recorded by his former secretary Durval Barbosa.
Announcing his departure from his party, Arruda said political opponents manipulated video images to take him out of the election, in which he claimed to be the favorite candidate.
Three orders of impeachment were presented to the Federal District Legislative Chamber because the governor expressed no intention to resign.
On Wednesday, a large protest calling for Arruda's resignation was repressed at local government headquarters.
The Federal District is set apart for the Brazilian capital Brasilia. Located in a region called Central Plateau, the Federal District is divided into 19 administrative regions.
Domingo, Outubro 22, 2006
O rei está nu: o que fazer?
por Julio Mahfus
Ao contrário do presidente Lula – que institucionalizou na presente campanha um artifício, antes muito usado contra ele, qual seja, o do terrorismo político, dizendo que o Geraldo iria privatizar o Brasil – vejo com extrema preocupação a lentidão do Judiciário em apurar os crimes em série praticados por atores bastante próximos ao presidente. E não se trata aqui de terrorismo ou guerrilha oposicionista. Devemos aprender a conviver com o contraditório. Este artigo vai na esteira do publicado pelo colega e cientista político Paulo Moura.
Não podemos tergiversar sobre o assunto. Corremos, sim, um risco muito grande de desordem institucional, principalmente em face do apelo mítico de Lula. Disso não podemos duvidar. Podemos questionar. Podemos ser contrários. Mas como disse o governador Aécio, o atual presidente, muito mais que um apelo midiático, construiu ao seu entorno uma aura mítica. Junte-se a isso a necessidade que o Poder Judiciário tem de aplicar a lei. É certo que, em situações normais, o presidente, seja quem for, deveria ter a sua candidatura impugnada. Será que a população entenderá tal decisão? E os mercados, como reagirão?
Além disso, devemos atentar para outros fatores. Está a oposição preocupada em disputar com o PT um espaço programático? Possui a oposição brasileira um ideário liberal capaz de propor alternativas de desenvolvimento econômico? Qual a sua política em relação às camadas pobres da população? Por estas e outras razões, não se pediu o impedimento do presidente. Inventaram o termo sangramento, ou seja, deixar o PT e seu presidente combalidos para a eleição. Esqueceram-se, no entanto, que os programas sociais continuariam e a farra demagógica também. Ao que parece, e a muito tenho sustentado isso, falta ao Brasil um projeto conservador autêntico. A direita no Brasil é fisiológica, e não ideológica. Basta ver o PP ocupando ministérios e cargos em comissão por todo o Brasil.
Apear o presidente, com base legal, em face de crime eleitoral pode levar o Brasil a uma crise sem precedentes se não for apresentado um projeto alternativo ao atual. Pode, inclusive, haver um levante popular. De outra banda, percebe-se que a sua eleição e um posterior julgamento contemplativo aos crimes praticados enseja na perpetuação da impunidade. Como iremos cobrar de nossos filhos o cumprimento de regras? Como diminuiremos a criminalidade? Como convenceremos um pai de família a trabalhar um mês inteiro por R$ 350, quando temos milhões de reais transitando pelo Brasil em malas e cuecas? O que fazer? Entendo que não podemos contar com esta hipótese.
Este é o grande desafio. A eleição pode ser considerada um grande júri popular. Se der um veredicto positivo, dificulta em muito o trabalho da Justiça brasileira. Portanto, mais do que nunca a oposição precisa de um projeto alternativo contundente. Mas como iremos conviver em harmonia social, se paira terrível dúvida sobre a conduta do atual presidente? Como justificar que tanta gente em seu entorno cometeu crimes e ele nada sabia? Como disse o dramaturgo, o rei está nu. Cabe a nós cobri-lo ou julgá-lo moralmente, votando em outro candidato. A decisão, antes de tudo, está em nossas mãos. Como disse o Geraldo, o governo pode terminar antes de começar. Escrevi e assino embaixo.
Analistas Anarquistas
Ralph J. Hofmann
Nesta altura dos acontecimentos, quem sabe o Lulinha não prova que estamos errados. Quem sabe demonstra que seu Gamecorp oferece pelo menos um retorno em lucro à sua acionista Telemar, condizente com, digamos, o custo do dinheiro do BNDES aplicado na Telemar mais um lucro razoável?
Afinal, se o grupo de amigos que fundou a Gamecorp é tão genial, que justifique o orgulho do Sr. Lula nesses jovens empreendedores, supõe-se que os mesmos, ou ao menos o Sinhozinho Lulinha que é um bacharel tenha condições de mostrar os documentos que convenceram a Telemar a fazer uma aplicação, seja uma análise de custo-benefício (estratégico), lucros e perdas (contábil) ou uma comprovação contábil dos benefícios já auferidos pela investidora.
Ou quem sabe o BNDES, acionista da Telemar, cobra dessa última informações dessa natureza. Ou então um laudo do analista que decidiu não ser este investimento mais um tiro n'água.
Além disto, não seria descabido agregar o laudo do analista do BNDES que julgou adequado este investimento. Afinal, que eu me lembre das minhas lides, nenhuma empresa privada faz nada com financiamento do BNDES sem apresentar informações detalhadas do projeto, sem ser chamado inúmeras vezes para dar esclarecimentos e sem receber uma lista de medidas que os analistas do mesmo julgam necessárias.
Ou estarei falando abobrinhas. Atualmente não se usam analistas. Apenas anarquistas.
O Crime Comprovado
Clovis Rossi, Folha
A propósito, Gilberto Carvalho, o secretário particular do presidente, também aponta o dedo, indiretamente, para Lorenzetti. Descobertos os telefonemas que trocou com o acusado, Carvalho afirmou: "Disseram que o Lorenzetti estava no rolo". Quem "disseram", cara pálida? Só pode ter sido gente da campanha, do governo ou do PT.
O chefe do "rolo", Lorenzetti, era, à época, analista de risco e mídia da campanha Lula. O candidato, como o próprio Lula admitiu, na sabatina da Folha, responde pelos ilícitos cometidos pela sua campanha. De todo modo, pela primeira vez a eleição de um presidente estará "sub judice".
Secretário de Lula ligou para Lorenzetti ao saber de prisões
Folha de SP
Conversa ocorreu antes de vir a público a ligação do churrasqueiro do presidente com dossiê. "Disseram que o Lorenzetti estava no rolo. Então, liguei pra ele", afirmou Gilberto Carvalho, se referindo às prisões de emissários do PT. A quebra do sigilo telefônico do petista Jorge Lorenzetti, personagem central do dossiegate, revela que ele trocou telefonemas com Gilberto Carvalho, secretário particular de Lula, no dia em que o esquema veio à tona.As ligações telefônicas entre os dois ocorreram num momento em que o nome de Lorenzetti, amigo do presidente Lula, ainda não estava vinculado ao caso, o que veio a acontecer somente três dias depois. Lorenzetti e Carvalho conversaram pelo menos duas vezes em 15 de setembro, dia em que veio a público a tentativa de compra de um dossiê contra políticos tucanos por petistas. Deu-se pouco depois das 10h da manhã do dia 15 de setembro o primeiro contato telefônico entre Lorenzetti e Carvalho. Quem ligou foi o secretário de Lula. Pouco antes das 19h do mesmo dia, foi a vez de Lorenzetti telefonar.
Sábado, Outubro 21, 2006
Lula é o PT
"Em 23 de março de 2004, um dia antes de Freud Godoy depositar 150 000 reais na conta de sua mulher, foram sacados 150 000 reais da conta da SMPB, de Marcos Valério, no Banco Rural. Tudo em moeda sonante. Tudo de origem desconhecida. O saque no Banco Rural foi feito pelo policial aposentado Áureo Marcato"
O procurador-geral da República denunciou quarenta mensaleiros. O mais perto que ele chegou de Lula foi o 4º andar do Palácio do Planalto, ocupado por José Dirceu e seu bando. Agora ele terá de descer um lance de escadas e entrar diretamente no gabinete presidencial. Acompanhe-me, por favor. Cuidado com o degrau. Esta é a sala que pertencia a Freud Godoy, gorila particular de Lula. E aquela é a porta do escritório do presidente. Cerca de dez passos. Toc-toc-toc. Tem alguém aí? Lula saiu? A gente volta mais tarde.
Na última terça-feira, Garganta Profunda me passou os dados de um documento bancário de Freud Godoy, encaminhado pelo Coaf à Polícia Federal. Em 24 de março de 2004, ele depositou 150 000 reais na conta da empresa de sua mulher, Caso Sistemas de Segurança. Importante: 150 000 reais em moeda sonante. No documento bancário, Freud Godoy declarou que o dinheiro era fruto de "serviços prestados a clientes". Isso contradiz tudo o que ele alegou até agora. Num primeiro momento, disse que sacou os 150 000 reais para comprar equipamentos. Depois, informou que pediu um empréstimo a um amigo. Mentira. Não foi saque nem empréstimo: foi um depósito. O fato é que ninguém sabe de onde saiu tanto dinheiro e por que foi parar na conta do gorila particular de Lula.
Como Robert Redford em Todos os Homens do Presidente, arregacei as mangas da camisa e fui procurar respostas na capital federal. Pedi à CPI dos Correios para fazer o cruzamento dos dados do valerioduto com o depósito de Freud Godoy. Encontrei uma espantosa coincidência. Em 23 de março de 2004, um dia antes de Freud Godoy depositar 150 000 reais na conta de sua mulher, foram sacados 150 000 reais da conta da SMPB, de Marcos Valério, no Banco Rural. Tudo em moeda sonante. Tudo de origem desconhecida. O saque no Banco Rural foi feito pelo policial aposentado Áureo Marcato. Que voltou ao banco dois dias depois e sacou mais 150 000 reais. Onde foram parar?
Na época do depósito, Freud Godoy era assessor direto de Lula. Mas fazia um bico para o PT, montando o esquema de segurança de Delúbio Soares, que transportava malas de dinheiro sujo de um lado para o outro. Freud Godoy alugou para ele um carro blindado, comprou duas motocicletas para seus batedores e contratou uma escolta de seis policiais militares. Os 150.000 reais depositados na conta de sua mulher podem ter sido o pagamento pelo serviço. Os policiais contratados para escoltar o tesoureiro do PT contaram a VEJA que Freud Godoy, entre outras coisas, era encarregado de organizar os encontros secretos entre Lula e Delúbio Soares. Pode-se imaginar o que eles discutiam.
Lula está praticamente reeleito. Os brasileiros o perdoaram. Mas a bandidagem da qual ele se cercou continuará a rondá-lo para sempre. É assim que será recordado. Por mais que tente se esconder, Lula é o PT. Lula é Delúbio Soares. Lula é Marcos Valério. Lula é o golpismo do mensalão e do dossiê Vedoin. Abra a porta, Lula. Toc-toc-toc.
Coluna Radar, Veja
José Sergio Gabrielli está articulando como nunca para permanecer na presidência da Petrobras. Se não conseguir seu objetivo, Gabrielli já tem um plano B: ser secretário da Fazenda do futuro governador baiano, Jaques Wagner.
Vai renovar
Tudo se encaminha para que a Petrobras, ao contrário do que se esperava, não faça licitação e prorrogue até dezembro de 2008 o contrato que tem com três agências de publicidade – a de Duda Mendonça, a Quê/Next e a F/Nazca. O contrato vence no início de dezembro e prevê gastos de 189 milhões de reais por ano.
Piada cucaracha
O ex-presidente do governo espanhol Felipe González chamou de “piada”, o gasoduto do Sul que Lula quer fazer com Argentina e Venezuela por US$23 bilhões. “Não vai sair e ninguém se atreve a dizer”, disse ele à agência Efe.
Lula estaria por trás de dossiê, insinua Alckmin
“Já estamos no 36° dia e não se explica a origem do dinheiro, R$ 1,75 milhão. Provavelmente, originários da corrupção envolvendo o presidente da República”, disparou Alckmin, que fez campanha em Santa Catarina neste sábado (21.10).
"É claro que todos eles (assessores e petistas envolvidos no escândalo do dossiê Vedoin) sabem a origem do dinheiro. É que talvez seja pior falar a verdade do que esconder. É óbvio que todos sabem e estão debochando do povo", afirmou o tucano.
Alckmin comentou ainda os novos nomes do escândalo sob investigação da Polícia Federal. "O secretário particular do Lula (Gilberto Carvalho) já ligou antes (de Lorenzetti ser envolvido) para saber. Estão escondendo a verdade. É mentira, omissão e conivência", sentenciou.
Ele também acredita que o fato de o ex-ministro José Dirceu ter telefonado para Lorenzetti em meio às investigações revela que o petista ainda participa ativamente do governo Lula. "É óbvio. Quem mandava no governo Lula? O primeiro-ministro era ele."
Sexta-feira, Outubro 20, 2006
Lula acha que o PT cometeu “crime perfeito”.
Se o dinheiro não estava "contabilizado no PT", não era do PT: e o Caixa 2?"
A Polícia Federal aceitou fazer o papel ingênuo admitindo que o PT não usa Caixa 2 para suas operações, quando o PT tem tradição de Caixa 2.
Um álibi cínico – o dinheiro que os petistas levavam para comprar o dossiê fajuto contra Alckmin e que atendia a um plano do comitê de Lula – não havia sido "contabilizado pela tesouraria do PT" é a nova alegação do Presidente para celebrar os "companheiros" que cometeram o "crime perfeito" e ter garantida a impunidade.
Pelo raciocínio exposto ontem na CPI dos sanguessugas, embora esteja comprovado que os petistas estavam em missão do PT e que o dinheiro não lhes pertencia e lhes fora entregue para executar um plano de petistas autorizados, se o dinheiro "não passou" fisicamente pela tesouraria do PT os R$1,7 milhão apreendidos "não pode ser considerados do PT".
O Presidente do PT, Ricardo Berzoni, estava informado sobre o plano para explorar o dossiê contra Alckmin.
Trata-se da mais oportunista e audaciosa manobra de acobertamento de um crime eleitoral e revela a intenção de reduzir a compra do dossiê a um crime comum, de reles chantagistas... eventualmente membros do PT. Um caso exemplar de crime perfeito, sem culpados.
Ministro Márcio Thomaz Bastos atua na sua especialidade de advogado criminal
Ato falho do Ministro da Justiça indica a orientação que passou à Policia Federal sobre o dossiêgate. Ao declarar que "o importante é não fazer disso uma moeda eleitoral", Márcio Thomaz Bastos deixou claro, num jogo de palavras, o esforço do Governo para que o caso do dossiêgate não tenha seu desfecho revelado, e que prevaleça, principalmente, a versão de que apenas "há indícios". Disse textualmente: "O importante é fazer disso o que é, um indício da prova, um indício que tem de ser articulado a todos os indícios para se fazer uma convicção que vai ser levada ao Poder Judiciário".
Considerado um dos maiores especialistas brasileiros em Direito Penal, Márcio Thomaz Bastos desde o Caso Palocci foi rebaixado de Ministro da Justiça a advogado criminal do Governo, indicando advogados aos petistas incriminados e alimentando suspeitas de que os orienta como se fossem seus clientes e ele não fosse ao mesmo tempo responsável hierárquico pela Polícia Federal.
Assumindo o interesse do Governo de evitar que o crime eleitoral do dossiêgate produza efeitos negativos contra quem cometeu o crime e deve pagar por eles, o Ministro da Justiça faz o jogo que interessa a Lula.
Alckmin compara PCC às Farc e diz que houve “beneficiários” políticos nos ataques
O candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira ( 20.10) que os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) este ano no Estado de São Paulo tiveram natureza político-eleitoral. Em entrevista à rádio CBN, o ex-governador de São Paulo disse ser óbvio que há "beneficiários" destas ações.
"Claro que tinha o lado político-eleitoral. Isso aí não foi por acaso. Claro que era uma guerra de opinião pública, jogar a opinião pública contra o governo em período eleitoral. Tem lógica bandido seqüestrar jornalista para pôr uma fita na televisão? Claro que tem beneficiários disso", afirmou Alckmin, em referência aos ataques da facção criminosa.
Questionado se, com a declaração, estava acusando algum partido político de participação nos ataques, Alckmin despistou. "[Natureza] partidária, não; Eleitoral. Claro que tem beneficiários disso", disse.
Farc
Geraldo Alckmin também comparou o PCC às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "As Farc começaram na política e migraram para o crime. No Brasil é o contrário: o crime está migrando para a política", comparou. E concluiu: "É só a população olhar e vai ver a quantidade de ações criminosas, aliás não-esclarecidas, na política brasileira".
O candidato negou que tenha menosprezado o PCC quando foi governador de São Paulo. "Eu não tenho medo de cara feia. Crime organizado se enfrenta. Aqui não tem omissão. Nós enfrentamos essas organizações criminosas", afirmou. "O Estado foi duro, pegou os líderes do PCC e colocou em penitenciárias de segurança máxima, em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Não tem ninguém do crime organizado fora da cadeia. Está todo mundo preso. Claro que testam o governo, aprontam, fazendo terrorismo, mas fomos firmes", garantiu.
UM PITBULL NO PLANALTO
Diego Casagrande, de Porto Alegre
O ministro Tarso Genro, que foi da Educação, depois presidiu o PT e agora é das Relações Institucionais, vai ser lembrado como o grande pitbull do governo federal. É ele quem tem sido escalado para distribuir, a torto e a direito, caneladas, socos e pontapés verbais nos adversários. Anteontem, por exemplo, disse que Alckmin tinha um "lado Pinochet" quando afirmava que mesmo eleito, o governo Lula poderia não começar. E diga-se de passagem, Tarso entende de totalitarismo. É fã do genocida Lênin e autor do livro "Lênin, coração e mente".
A última é que o ministro Tarso Genro está processando Demétrio Magnoli, um dos mais competentes articulistas da imprensa brasileira. Reinaldo Azevedo relatou o triste fato em seu blog. Tudo por conta de um artigo de jornal escrito em 1995. Magnoli foi intimado pela Justiça a se explicar sobre seu texto contrário ao sistema de cotas raciais criado por Tarso. E lá pelas tantas classificou ele, Tarso, então ministro da Educação, de "ministro da Classificação Racial". Grande coisa.
Ora, um processo judicial como este desrespeita o direito de expressão, a liberdade de criticar os homens detentores de cargos públicos, enfim, desrespeita a democracia. Aqui mesmo, no Rio Grande do Sul, Tarso Genro já processou jornalistas, prática que agora leva para Brasília. Aliás, muitos colegas já foram processados (ver mais em www.vanguardadoatraso.com.br) e condenados por estas bandas simplesmente porque ousaram divergir do petismo e dos petistas.
Uma lástima que esse tipo de intimidação grosseira e medíocre continue sendo utilizada por petistas "ilustres". A divergência é a mais bela virtude da democracia.
A intolerância de Tarso Genro, o ministro pitbull do governo federal, ainda vai dar muito o que falar. Parafraseando ele próprio, pode-se dizer que a cada dia Tarso mostra o seu lado Stálin, aquele bigodudo que detestava democracia.
Polícia Federal investiga ligação de Dirceu com dossiê
A Polícia Federal confirmou que está investigando um suposto elo entre o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e Jorge Lorenzetti, ex-assessor da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-ministro nega relação com o caso e informa que a notícia faz parte de uma "onda de boataria".
"De minha parte, repilo a onda de boatos que tem tomado conta do país, aguardo com serenidade as investigações e reafirmo que não temo nada porque não devo nada", diz Dirceu em nota postada em seu blog.
Na quinta-feira (19.10), a Polícia Federal informou que as investigações sobre o dossiê apontavam para um novo personagem. Essa pessoa, segundo o superintendente da Polícia Federal no Mato Grosso, Daniel Lorenz, seria "muito conhecida", e seu nome seria mantido em sigilo.
Nesta sexta-feira (20.10), entretanto, fontes da PF informaram que o nome desse "novo personagem" seria o de Dirceu. A assessoria de imprensa da PF informou que a instituição não se manifestará sobre o assunto porque o inquérito corre em segredo de Justiça.
Dirceu e Lorenzetti teriam trocado duas ligações em data próxima à prisão de Gedimar Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha, filiado ao PT do Mato Grosso, detidos num hotel em São Paulo com R$ 1,7 milhão que seria usado na compra do dossiê.
Ex-diretor do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), Lorenzetti é apontado como um dos petistas que teriam tratado da compra do dossiê com Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia das sanguessugas.
As pressões da campanha de Lula contra a imprensa
Blog do Paulo Moreira Leite
Num único dia, a coligação de Lula abriu três ações no TSE contra a imprensa. Duas contra a revista Veja, uma contra a Folha de S.Paulo. Dias atrás, a coligação conseguiu retirar um comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN. Recurso publicitário já usado pela revista de umas semanas para cá, um outdoor sobre uma edição de Veja com Geraldo Alckmin na capa, também foi retirado. (Na semana anterior, o outdoor mostrava um elefante de cabeça para baixo, ilustração da capa daquela edição.)
Falando com franqueza: a coligação faz isso porque tem receio de novas descobertas sobre a Operação Tabajara. Pode ser triste, deprimente, mas é verdade. O governo não teme opiniões nem discordâncias. Tem medo de revelações que possam atrapalhar a reeleição de Lula. Por isso a coligação pressiona a imprensa.
Li as reportagens, conferi as alegações dos advogados, conversei com muitos envolvidos. A coligação acusa a revista e o jornal de muitas coisas. Mas não consegue apontar um único erro factual. Não dá testemunhas nem indícios para demonstrar que os eventos apontados por Veja não ocorreram da forma descrita pela revista. Como observará um leitor atento, a reportagem publicada pela Folha consiste, na verdade, numa continuação das notícias publicadas por Veja.
As pesquisas mostram que Lula tem uma vantagem imensa sobre Alckmin. Mesmo assim a coligação do PT e aliados continua dando sinais de nervosismo.
Quadrilha petista do dossiê não pára de conspirar
Os nomes estão saindo a conta gotas. Se você não percebeu do que se trata, tenha a certeza do seguinte: isto é técnica destinada a mitigar o impacto da revelação final sobre a grande trama urdida pelo PT e pelo governo Lula para comprar o dossiê dos sanguessugas e desmoralizar Alckmin e Serra. Agora já se sabe que além do bicheiro Turcão, do Rio, que seria o dono de US$ 5 mil dos US$ 250 mil de dinheiro sujo usado pela coordenação da campanha eleitoral de Lula, outros personagens igualmente estranhos começaram a surgir. Estão neste caso os ex-donos da Danone, que venderam no ano passado a sua participação na empresa para os controladores franceses, por R$ 400 milhões. Pai e filho costumam liberar dinheiro para o PT há muito tempo, enquanto o PT não consegue trazer do exterior o dinheiro sujo que possui em contas de paraísos fiscais. É gente de Zé Dirceu. Além disto, já se sabe que Jorge Lorenzetti, o homem da inteligência da campanha de Lula, seu assador preferido, ex-diretor do Besc nomeado por Lula, tutor da sua atrapalhada filha Lurian, recebeu US$ 150 mil de um doleiro de Florianópolis.
Ócio feliz
Bob jeff
Ontem, para o debate do SBT, o presidente Lula carregou para São Paulo nada menos que seis ministros, além de um bando de aspones. Nada menos que quatro vans foram postas à disposição da imensa comitiva, além dos carros que levavam o próprio Lula e sua segurança. Pelo jeito, anda faltando o que fazer no Brasil perfeito que o Lula gosta de alardear. E a gandaia vai continuar desse jeito pelo menos até o final da próxima semana.
PT, imprensa e vocação totalitária
Reinaldo Azevedo
O PT decidiu recorrer à Justiça, como vocês devem ter lido, pedindo direito de resposta à Veja por conta da matéria de capa da edição desta semana, que denuncia uma operação para apagar as pegadas de Freud Godoy no episódio do dossiê e, assim, afastar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva as suspeitas. Lula e o PT já têm no papo duas revistas semanais, um portal, duas emissoras de TV, alguns jornais, blogs e uma renca de colunistas. A independência de uns poucos veículos lhes é absolutamente insuportável. Recorrer à Justiça é direito que assiste todo mundo no Estado de Direito. A questão está nos motivos. Depois da reportagem de Veja, que traz o relato de quadro delegados da PF que sustentam que Freud Godoy e José Carlos Espinoza foram visitar Gedimar Passos na cadeia, já se sabe, e aí admitido pelos participantes:
- Que Freud e Epinoza se reuniram com o tesoureiro no PT — e pode ter sido no dia daquela visita a Gedimar;
- Que Freud se reuniu anteontem com Rogério Aurélio Pimentel, outro assessor pessoal de Lula;
- Que, na acareação com Freud, Gedimar manteve a acusação, mudando a versão só posteriormente;
Lula e o PT dispõem de amplo direito de defesa. Falam o tempo todo, e os veículos de comunicação jamais deixaram de registrar seus ponto de vista, defesas e ataques. Uma, por assim dizer, "revista" chegou a editar o depoimento de um delegado, extraindo dele as partes que não interessavam, para denunciar um suposto complô da Rede Globo contra Lula. Trata-se de uma farsa grotesca.
Vejam só: Lula nem ganhou a (re)eleição, e já estão em curso manobras para intimidar a imprensa. Vê-se por que essa gente estava tão interessada em criar o tal Conselho Federal de Jornalismo, proposta que, anotem aí, vai ressurgir das cinzas se Lula ganhar mesmo o segundo mandato. A liberdade de informação e de opinião é a kryptonita do Super-PT e do Super-Lula. As versões do partido só prosperam num ambiente em que a imprensa ou é comprada ou é vendida. E, no entanto, por ora, Lula tem 20 pontos de vantagem nos votos válidos contra o tucano Geraldo Alckmin.
A meta talvez seja alcançar os 99% que costumava ter Saddam Hussein. Do 1% que resistia ele mandava arrancar a língua.
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Quinta-feira, Outubro 19, 2006
Dossiêgate: 35 dias de abafa da origem do dinheiro
Plano petista é negar informações aos eleitores e considerar Lula absolvido
O Governo e o Comitê da Reeleição tramam a última fraude da atual campanha eleitoral e que consiste em dois movimentos.
PRIMEIRO: conseguem que a Polícia Federal retenha os resultados das investigações e evitam que a opinião pública seja informada de que era do PT o dinheiro (obtido de fontes ilícitas) para a compra do dossiê fajuto contra Alckmin.
SEGUNDO: negando à opinião pública a verdade sobre o crime eleitoral cometido pelo PT e com uma extraordinária máquina de propaganda azeitada com recursos do Governo, Lula seria considerado absolvido pelo voto popular e a Justiça compelida a arquivar as manobras sujas que, se reveladas, poderiam alterar o resultado das eleições.
Para "esfriar" as discussões sobre a manobra espúria – onde se vê a articulação maliciosa de Márcio Thomaz Bastos, Ministro da Justiça, que funciona não como Ministro e chefe da Polícia Federal, mas como advogado criminal de Lula – ministro Tarso Genro lançou um movimento contra a discussão de temas éticos, sob o brado. "Basta de discussões sobre ética". Ou seja, não se fala mais no assunto e o crime eleitoral do dossiêgate será esquecido.
Petrobras paga a Duda
Correio Braziliense
Só no primeiro semestre deste ano, a Petrobras gastou R$ 134 milhões em publicidade, 39% deles (ou R$ 52,3 milhões) pagos à agência Duda & Associados, do ex-marqueteiro presidencial Duda Mendonça. A informação foi divulgada ontem pelo líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman (SP), que para fazê-lo precisou travar e vencer um duelo jurídico com o governo. Isso porque, em resposta ao requerimento de informações, o Ministério das Minas e Energia enviou os dados com classificação de "reservado". Goldman foi a Justiça e conseguiu abri-los.
Duda Mendonça vem evitando badalação desde seus depoimentos à CPI dos Correios. No primeiro deles, ocorrido em agosto do ano passado, admitiu ter recebido US$ 10 milhões num paraíso fiscal como pagamento pelos serviços prestados na campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Como é proibido a partidos políticos receber ou utilizar moeda estrangeira, a informação na época gerou até discussões sobre o impeachment de Lula. A oposição, contudo, não levou o assunto adiante.
Depois, descobriu-se que Duda mentira à CPI. Ele tinha uma segunda conta bancária nos Estados Unidos, da qual teria tentado sacar recursos depois que seus bens foram bloqueados pela Justiça brasileira. Foi impedido de fazê-lo pelo governo norte-americano. E, chamado novamente ao Congresso, recusou-se a responder a qualquer pergunta dos parlamentares.
Sobre a gastança da Petrobras em propaganda no primeiro semestre, Goldman afirmou não tratar-se propriamente de ilegalidade. "Mas é imoral", comentou. "Como gastar uma quantia elevadíssima dessas numa empresa que não tem concorrentes no mercado?", questionou. Ele apresentou uma tabela com todos os gastos publicitários do governo. Da administração direta, a maior conta é a do Ministério da Saúde, com R$ 52 milhões, ou seja, um terço da quantia desembolsada pela estatal.
Hipocrisia
Otavio Frias Filho,
diretor de redação da Folha de S. Paulo
Um ditado antigo diz que a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude. O mesmo se pode dizer das campanhas eleitorais.
A cada eleição a sociedade aprende, torna-se mais atenta e menos vulnerável à mera demagogia. No plebiscito de 2005 sobre armas, por exemplo, todos saímos do processo mais esclarecidos do que antes.
Ocorre que as campanhas também evoluem. Não é que os truques para engambelar o eleitorado desapareçam; eles apenas se tornam mais sutis, menos ostensivos. Gostemos ou não, amadurecimento político é isso: sofisticação da hipocrisia eleitoral para ganhar um eleitor escaldado por enganos anteriores.
Paulo Francis costumava dizer que só um político, Hitler, cumpriu exatamente o que prometeu. Políticos "normais", para conseguir se eleger, são obrigados a disfarçar o que pensam, fazer concessões, tentar agradar a gregos e troianos. Assim se formam as maiorias.
Veja o caso do Bolsa Família. O programa tem um valor humanitário inquestionável. Mas, do ponto de vista político, o presidente que o extinguir cairá no dia seguinte. Seu interesse será aumentar o programa, que se revelou um instrumento seguro para vencer qualquer eleição.
Em algum momento no futuro remoto, talvez, surgirá no debate político a necessidade de fazer uma "reforma" no Bolsa Família. Então, como hoje, "reforma" será um eufemismo para cortar gastos e reduzir rombos crescentes no Orçamento. Mas nos próximos anos o programa só fará crescer, qualquer que seja o presidente.
Corte de gastos, aliás, é o que terá de ser feito já no próximo governo. Lula e Alckmin sabem disso muito bem. O primeiro, no entanto, nega que vá cortar, ao passo que o segundo contorna o tema espinhoso dizendo que a redução de gastos virá tão somente de uma melhora na gestão dos recursos públicos.
***
O que parece mais grave no escândalo chamado de dossiêgate não é o fato em si. O grave é a desfaçatez que o submundo petista exibiu numa operação tão obviamente arriscada. As razões desse modo de agir são evidentes.
O governo sobreviveu ao escândalo do mensalão, que veio à luz em meados do ano passado. Se Lula tivesse colocado um ponto final nas práticas ilícitas destinadas a favorecê-lo e à sua turma, não teria havido dossiêgate.
O próprio evento do dossiêgate mostra que, internamente, tudo foi considerado um acidente de trabalho. O recado não foi "parem com isso", mas foi "vamos em frente". Não fosse assim, não teria havido dossiêgate.
Estabilidade de preços, transferências de renda, o governo Lula pode ter todos os méritos que lhe são atribuídos. Mas a opinião pública não poderá alegar ignorância quando ficar patente que estamos reelegendo um governo corrupto que fez de práticas mafiosas seu modo de manter-se no poder.
Datafolha, eu não acredito
por Diego Casagrande
Não acredito nessa última pesquisa do Datafolha. Boa parte do Brasil pensante está com a pulga atrás da orelha com o Datafolha. Difícil crer que Lula (PT) tenha 60% dos votos válidos contra 40% de Alckmin (PSDB), em plena ebulição do escândalo – mais um - do dossiê. Aliás, eu não acredito mesmo, nem sob tortura. Se a cada nova denúncia, se quanto maior a lama envolvendo PT e governo, mais o homem cresce, então o negócio é roubar um cofre de banco com maçarico em horário nobre. O candidato vai a 90%. Posso estar errado? Posso. Posso estar certo acreditado numa leve – ou nem tão leve assim – conspiração? Também, é claro. Faz parte do Homo Politicus Brasileirus a compra de dossiês fajutos pagando milhões em dinheiro vivo. Então, há mais coisa para ser comprada. Mas voltando ao fato, minha descrença se deve ao seguinte: não há nada novo e relevante em favor de Lula na campanha eleitoral deste 2° turno que justifique uma explosão de crescimento de Lula e um desabar de Alckmin. Nem mesmo a cantilena de analistas de última hora que dizem ter o tucano despencado após o debate da Band, onde foi "agressivo demais". Bobagem. Alckmin só cresceu na reta final do 1° turno quando passou a ser altivo, explorou o dossiê e deixou de lado o bom mocismo que só interessa aos farsantes, mentirosos e criminosos da campanha do PT e de Lula.
Então vejamos.
Nesta última pesquisa, o Datafolha aponta que, considerando apenas os votos válidos, Alckmin teria 53% contra 47% de Lula na região Sul. Eu quero me deter na região Sul, que conheço bem e onde respiro o clima da eleição. Para tanto, vamos relembrar os votos válidos do 1° turno. Na média dos três estados da região Sul no 1° turno, Alckmin atingiu 55,12% dos votos válidos, enquanto Lula teve 34,73%. Pelo Datafolha, Alckmin, que vinha em franca trajetória ascendente, não só não cresce nada como perde votos. E Lula, que fez uma votação pífia para um presidente da República, não só não perde nada como cresce quase 13 pontos percentuais. Ah é, é??? Devem estar de brincadeira.
Como explicar então que o jornal Correio do Povo tenha publicado na edição do dia 12 de outubro passado pesquisa de seu instituto apontando a ampliação das intenções de voto em Alckmin no estado, que atingia 65,1% dos votos válidos contra 34,9% de Lula? Como explicar então que a pesquisa do Instituto Methodus/Revista Voto caminhe na mesma direção neste 2° turno, apontando crescimento de Alckmin para 61,8% e Lula com 38,2%? São resultados muito díspares do Datafolha. A não ser que em uma semana apenas, sem nada de novo e só com os escândalos que depõem contra Lula, tenha ocorrido migração em massa de eleitores de Alckmin para o presidente, o que, convenhamos, não existe no sul do país. Aqui é um dos locais onde a indignação com a roubalheira petista é latente em quase todo o chão que se pisa.
O que? Eu devo estar maluco. Talvez ficando maluco. Ou quem sabe ainda me restem alguns neurônios para perceber que estes números do Datafolha são a maior forçada de barra que já vi em toda a minha vida.
Eu nasci no Rio Grande do Sul, vivo há 34 anos aqui, converso diariamente com pessoas de todas as classes sociais, tenho viajado pelo Rio Grande do Sul e pelos estados vizinhos e tenho todos os motivos do mundo para afirmar que o Datafolha não está retratando a realidade do meu estado. Por tabela, afirmo o mesmo em relação à região Sul. E mais. Se tamanha distorção da realidade acontece por aqui, não é apenas possível, é muito provável que todo o levantamento do poderoso Datafolha esteja contaminado.
Nestes dias de tempos muito estranhos, possivelmente teremos Ibope e outros institutos apontando a mesma tendência de crescimento de Lula e queda de Alckmin. Às vésperas da eleição eles voltam para o lugar e a vantagem diminuirá drasticamente, mas não sem consolidar a desmobilização das oposições e o sentimento de que não há nada a fazer. E então não haverá o que fazer.
Lula está na frente? É provável, mas não tem o que dizem ter. Mas se está na dianteira é muito mais pelas falhas e frouxidão da campanha de Alckmin que pelas virtudes de um governo corrupto e ineficiente. Aliás, Lula só se manteve porque não cruzou com oposicionistas à altura do grave momento histórico brasileiro. Pena que só apareceram alguns covardes, outros milionários brincando de fazer política no Congresso e uns tantos com o rabo preso. Foram esses que representaram a sociedade brasileira honesta na era Lula. É por essas e outras que o Datafolha pode se dar ao luxo de projetar o que quiser.
O país será o que eles quiserem. Ou melhor, o país já é.
PROTEÇÃO AO ELEITOR
Editorial do Estadão
Se é verdade o que dizia o mago das comunicações de Adolf Hitler, Joseph Paul Goebbels (1897-1945), para quem a repetição sistemática de uma mentira acaba tornando-a uma "verdade" pública, sem dúvida as condições tecnológicas disponíveis à propaganda de massa, nos dias de hoje, elevam aquela "fórmula" a nível exponencial. Certamente nunca, como nos tempos atuais, houve condições de influenciar tamanho número de pessoas – pela via da comunicação eletrônica de massa – com determinadas mensagens, visando a um objetivo preciso de conquista ou preservação do poder. O que não existe, em contrapartida, por mais que se tenham criado mecanismos legislativos de proteção ao consumidor, é algo semelhante para a proteção do eleitor – uma espécie de Código de Defesa do Eleitor – capaz de inibir a desfaçatez com que, em campanhas eleitorais, vão sendo despejados para a consciência dos cidadãos-eleitores a grande avalancha de dados falsos, de fatos distorcidos e de mentiras, propriamente ditas.
Depois de alardear a criação de 40 universidades em 3 anos, quando na verdade criou, até agora, 2 cursos superiores, o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva vem dizendo que nos 8 anos do presidente Fernando Henrique Cardoso o Brasil só gerou a insignificância de 1 milhão de empregos, enquanto os 4 anos do governo Lula geraram nada menos do que 7 milhões de empregos. Não se vira contestação a tais dados estapafúrdios – nem por parte da oposição nem pelos analistas da mídia – até que o competente professor da FEA-USP José Pastore, em artigo publicado na página 2 do caderno Economia & Negócios deste jornal, na terça-feira, revelasse ao público dados bem diferentes da realidade brasileira recente. Disse ele, a propósito: "Não sei de onde saíram esses números. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), organismo de alta reputação técnico-científica, acaba de publicar um extraordinário estudo onde se lê que os empregos criados no período de 1992 a 2004 – que engloba uma grande parte do mandato do governo anterior – somaram 17,5 milhões de postos de trabalho."
Pastore se interroga sobre a razão de tamanha discrepância – entre o que diz a candidatura Lula e a realidade – observando: "A resposta a essa questão é incômoda, porque admite duas alternativas: falta de informações adequadas sobre o que ocorre no mercado de trabalho ou uso indevido de dados técnicos. A taxa de desemprego continuou alta no mandato do presidente Lula. Em janeiro de 2003, quando assumiu, o desemprego era de 11,2%. Hoje é de 10,5%, ou seja, diferença de apenas 0,7%". E o economista faz um misto de análise e desabafo, nestes termos: "É claro que em tempos de eleição o que domina é o vale-tudo nos programas de rádio e televisão, mesmo porque os votos são conquistados mais pelo caminho da emoção do que pela razão. Mas há que se render um mínimo de respeito às estatísticas. Não se pode iludir o eleitor com manipulação de dados o tempo todo e em todos os veículos de comunicação". Neste contexto é que o professor sugere um Código de Defesa do Eleitor.
Mas as distorções e todo o ilusionismo desenvolvidos em torno dos dados não são o único aspecto do que talvez seja o maior estelionato eleitoral, de múltiplas faces, que se pratica neste país. Os pacotes de bondades – fiscais, financeiras, salariais etc. – ofertados para os mais diversos setores da sociedade, a ampliação desmesurada e em tempo recorde (pré-eleitoral) de recursos destinados a programas sociais de cunho gritantemente assistencialista, a liberação de verbas substanciais em função de acordos com recentes ex-adversários no processo de incentivo à "virada de casaca", capaz de levar à compra até de governadores de Estado, enfim, as diversas formas com que é colocada a máquina administrativa do Estado e seus operadores – a começar por todos os ministros –, em concentração de esforços full time, a serviço da captação de votos, tudo isso explica a ampliação da vantagem. Não é à toa que o candidato Lula vem repetindo todos os dias que seus adversários não sabem comprar... Nessa atividade ninguém lhe leva a palma. É claro que beneficiários desse processo "benemerente" – que o acabam retribuindo com votos – não são apenas os desinformados dos grotões. Vastos setores se deixam cooptar por ele. Com tal poder aquisitivo e mais sua coragem de intrujar, o presidente-candidato volta a ser imbatível.
Cartão Corporativo: muitos gastos e pouca transparência
O cartão corporativo foi implementado pelo decreto n° 3.892 de agosto de 2001, para facilitar os pagamentos de rotina das autoridades. Ele realmente descomplicou a vida dos servidores públicos, mas tornou muito mais complexa a prestação de contas do dinheiro utilizado por eles. Em 2006, segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), já foram gastos pela União R$ 34,4 milhões. Grande parte desse montante, no entanto, está sob a rubrica de "informações protegidas por sigilo".
Os cartões de crédito do governo servem para que servidores possam fazer pagamentos ou saques sem precisar de uma autorização prévia da União. Isso substitui o modelo de "suprimentos de fundos", em que eram enviadas ordens bancárias para pagar as despesas. Mas até essas ordens bancárias serem emitidas, os servidores tinham, muitas vezes, que fazer uma "caixinha" para pagar as contas.
Com passe livre para sacar dinheiro ou fazer pagamentos, os gastos feitos por meio do cartão começaram a chamar atenção.Os números do gabinete presidencial são uns dos que mais se destacam. A Presidência da República já destinou neste ano R$ 4,4 milhões aos cartões corporativos. A Secretaria de Administração da Presidência da República, que antigamente era denominada como o Gabinete da Presidência, utilizou R$ 5,6 milhões para o mesmo fim. Somando essas duas unidades orçamentárias (UO) relacionadas à presidência, o total empregado com o cartão corporativo chega a R$ 10 milhões.
Dos R$ 10 milhões, cerca de 50% foram saques em dinheiro vivo. Na Presidência da República, R$ 4,3 milhões do total de R$ 4,4 milhões foram em saques. Na Secretaria de Administração da Presidência, os saques chegaram a R$ 667,9 mil. Desse montante, apenas R$ 417, 4 mil estão identificados no Siafi. O resto encontra-se sobre a rubrica de "informações protegidas por sigilo, nos termos da legislação para garantia da segurança da sociedade e do Estado".
Esses são os dois grandes problemas que dificultam a prestação de contas dos cartões corporativos, os saques em dinheiro e as informações protegidas sobre sigilo. Há algum tempo, os saques não eram nem identificados no Siafi. Após recomendação feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a operação passou a ser identificada nominalmente, mas ainda não é mostrado o destino da verba. Existem casos de retiradas de até R$ 9,5 mil num único dia. Como aconteceu em 31 de agosto de 2005, com um saque nesse valor feito por José Roberto Passa, um dos ecônomos, denominação dos servidores do Planalto que utilizam o cartão, que servem à Presidência.
A quantidade vultosa de gastos secretos também atrapalha a prestação de contas. Alguns dos gastos sigilosos, como os feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), são justificáveis. Mas existe uma série de outros gastos que não deveria estar sob sigilo. Os números são tão grandes que o TCU abriu, no ano passado, investigações para apurar o fim desse dinheiro. As investigações ainda estão em curso.
A discussão pela transparência dos gastos públicos, no qual o site Contas Abertas (CA) tem grande participação, está começando a ganhar espaço. Não só nas investigações feitas pelo TCU, mas a própria sociedade está começando a pedir maior divulgação. O assunto se tornou tão importante, que foi um dos temas do último debate presidencial ( 08.10). O CA espera que, independente do candidato vencedor, a luta pela transparência siga adiante.
Alckmin diz ter errado ao entrar no debate sobre privatização
O candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, admitiu nesta quinta-feira ( 18.10), durante a sabatina realizada pelo jornal Folha de S.Paulo, que errou ao "embarcar" no debate sobre privatização. O tucano justificou dizendo que a decisão foi tomada em função de mentiras propaladas pelo adversário, o presidente-candidato Lula.
"Eu acho até que nós erramos no seguinte sentido: eu fiquei indignado com a mentira. Acabamos embarcando neste debate, não pelo mérito, mas pela mentira reiterada". Alckmin também defendeu as privatizações que foram realizadas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "O que foi feito é correto."
Logo após, o ex-governador respondeu que não pretende privatizar estatais como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios e Petrobras. "É óbvio que não passa na cabeça de ninguém (privatizar estatais), e isso não está no meu programa", reforçou.
"Mentirobras"
Geraldo Alckmin conversou rapidamente com jornalistas na saída da sabatina. Ali ele evitou admitir que sua campanha errou ao ser pautado pelo discurso dos petistas. Disse apenas que optou pelo debate por causa da mentira reiterada da campanha petista. "Foi montado no Palácio do Planalto a Mentirobras", afirmou.
Somos irmãos
Devo lhes dizer com toda a sinceridade que, quando penso no Brasil, penso em um irmão maior, em um povo alegre e dinâmico que, como o boliviano, quer "viver bem", quer acabar com a pobreza e quer ser dono de seu futuro.
Quando, no dia 1º de maio, decretamos a nacionalização de nossos hidrocarbonetos, o fizemos para recuperar um recurso natural que foi inconstitucionalmente privatizado pelos governos neoliberais. Para a Bolívia, não existe futuro sem a recuperação do controle sobre todos os nossos recursos naturais e as empresas estatais privatizadas. Não queremos fazê-lo de maneira negativa, atropelando ou ofendendo. Por isso, propusemos a renegociação de novos contratos com todas as empresas estrangeiras, para que os ganhos sejam distribuídos de maneira mais justa e eqüitativa.
Não queremos abusar de ninguém, não queremos nos aproveitar de ninguém... só o que nós queremos é um trato justo, para que não sobrem migalhas em nosso país e para que possamos começar a construir um amanhã diferente.
Se cheguei à Presidência de meu país, foi graças à luta de muitos anos de meu povo pela nacionalização de nossos recursos naturais. Por isso, a primeira coisa que fiz no governo foi satisfazer esse anseio, atender a esse clamor. Sei que alguns poderosos se sentiram surpreendidos, contrariados e incomodados. Sinto muito, mas já era de começar a chover para todos.
A nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia não tem porque provocar incertezas no Brasil. Mesmo nos momentos mais difíceis de nossa história, nós mantivemos nossas exportações de gás ao Brasil, e vamos continuar fazendo o mesmo. As modificações que estamos negociando não têm porque afetar o consumidor brasileiro, já que são extremamente pequenas, levando em conta que a receita da Petrobras em 2005 foi 24 vezes maior que todas as exportações mundiais da Bolívia no mesmo ano.
Em meus oito meses de governo, aprendi que os grandes ricos e os novos conquistadores não dão a cara a tapas para enfrentar o povo. Não! O que fazem é provocar disputas entre pobres, para nos enfraquecer, para nos desunir, para nos distanciar uns dos outros. Por isso, me entristece muito quando procuram distanciar e provocar um confronto entre os povos irmãos da Bolívia e do Brasil.
Eles, os que sempre estiveram em cima, sabem que em nossa união está a força, que, juntos, somos invencíveis. Por isso a insídia, por isso a mentira, por isso a calúnia. Por isso essa retórica que procura nos converter em seres egoístas que pensamos apenas em nós mesmos, em nosso bem-estar individual, nos esquecendo de que compartilhamos um mesmo continente, um mesmo planeta.
A sorte do Brasil é a sorte da Bolívia, da Argentina, do Uruguai, do Paraguai e de todos os países da região. Em nossos tempos, já não podemos pensar unicamente em termos de país. Juntos, precisamos nos apoiar, precisamos colaborar, precisamos nos compreender uns aos outros.
Entre povos irmãos, precisamos compartilhar, e não competir, precisamos nos complementar e fortalecer nossa unidade sul-americana. Essa é nossa agenda para a próxima reunião da Comunidade Sul-Americana de Nações que terá lugar em Cochabamba, Bolívia. –
EVO MORALES AYMA é o presidente da Bolívia.
Folha de São Paulo - Opinião
*. Devidamente encomendado, esse discurso do cocaleiro é muito lindo e está vindo em boa hora, um pouco antes do 2º. Debate. Assim o Apedeuta poderá argumentar que os bolivianos são nosso “irmãos” e devemos ajudar essa gente pobre da Bolívia, e que o presidente boliviano não humilhou o Brasil, etc,. No que pode resultar a união do traficante boliviano com meliante brasileiro???
Será possível que ninguém se toca?
Estamos vivendo um momento histórico delicadíssimo. As conquistas da redemocratização estão ameaçadas pelo projeto petista de poder. A agenda óbvia para melhorar o Brasil é um consenso entre grandes cientistas sociais. Vários prêmios Nobel concordam com nossos pontos essenciais de reforma política e administrativa, que fariam o País decolar. Mas, os despreparados sindicalistas e ex-comunas ignorantes têm um programa que nos levará a um retrocesso político trágico. Em pouco tempo, podemos ter volta da inflação, caos político, ruptura institucional - tudo na contramão das necessidades de modernização do País. Eles prometem medidas que nos jogarão de volta aos anos 50 ou para trás, pelo viés burro de um ’socialismo’ degradado num populismo estatizante: o lulismo. Enquanto isso, os cidadãos que comeram e estudaram, intelectuais e artistas cultos, os que bebem nos bares e lêem jornal ficam quietos. O Brasil está sendo empurrado para o buraco e ninguém se toca?
O que vai acontecer com esse populismo-voluntarista-estatizante é obvio, previsível, é ‘be-a-bá’ em ciência política. ‘Sempre foi assim…’ - se consolam.
Mas, não. ‘Nunca antes’, um partido montou um esquema secreto de ‘desapropriação’ do Estado, para fundar um ‘outro Estado’. O ladrão tradicional roubava em causa própria e se escondia pelos cantos. Os ladrões desse governo roubam de testa erguida, como em uma ‘ação revolucionária’. Fingem de democratas para apodrecer a democracia por dentro.
Lula topa tudo para ser reeleito. Ele usa os bons resultados da economia do governo FHC para fingir que governou. Com cínico descaro, ousa dizer que ‘estabilizou’ a economia, quando o PT tudo fez para acabar com o Real, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra tudo que agora apregoa como atos seus.
Se eleito, as chamadas ‘forças populares’, que ocupam os 30 mil postos no Estado aparelhado, vão permanecer nas ‘boquinhas’, através de providências burocráticas de legitimação.
As Agências Reguladoras serão assassinadas. Os sinais estão claros, com várias delas abandonadas e com notícias de que o PMDB já quer diretorias.
O Banco Central perderá qualquer possibilidade de autonomia, como já rosnam os membros do ‘Comitê Central’ do lulismo. A era Meirelles-Palocci será queimada, velho desejo de Dirceu e camaradas.
Qualquer privatização essencial, como a do IRB por exemplo, será esquecida.
A reforma da Previdência ‘não é necessária’ - dizem eles -, pois os ‘neoliberais exageram muito sobre sua crise’, não havendo nenhum ‘rombo’ no orçamento.
A Lei de Responsabilidade Fiscal será aos poucos desmoralizada por medidas atenuantes.
Os gastos públicos aumentarão pois, como afirmam, ‘as despesas de custeio não diminuirão para não prejudicar o funcionamento da máquina pública’. Nossa maior doença - o Estado canceroso - será ignorada.
Voltará a obsessão do ‘Controle’ sobre a mídia e a cultura, como aconteceu no início do primeiro tempo. Haverá, claro, a obstinada tentativa de desmanchar os escândalos do chamado ‘mensalão’, desde os dólares na cueca até a morte de Celso Daniel e Toninho do PT, como já insinuam, dizendo que são ‘meias-verdades e mentiras, sobre supostos crimes sem comprovação…’.
Leis ‘chatas’ serão ignoradas, como Lula já faz com a lei que proíbe reforma agrária em terras invadidas ilegalmente, ‘esquecendo-a’ de propósito. Quanto ao MST, o governo quer mantê-los unidos e fiéis, como uma espécie de ‘guarda pretoriana’, a vanguarda revolucionária dos ‘aiatolás petistas’, caso a crise política se agrave. Não duvidem, eles serão os peões de Lula.
Outro dia, no debate, quando o Alckmin contestou Lula ao vivo, ouviu-se um ‘ohhhh!….’ escandalizado entre eleitores, como se o Alckmin tivesse cometido um sacrilégio. Alckmin apenas atacou a intocabilidade do operário ‘puro’ e tratou-o como um cidadão como nós, ignorando a aura de ‘ungido de Deus’ de Lula, que os fanáticos intelectuais lhe pespegaram. Reagiram como diante de uma heresia, como se Alckmin tivesse negado a virgindade de Nossa Senhora ao lhe perguntar: ‘De onde veio o dinheiro?’
Agora, sem argumentos diante dos escândalos inegáveis, os lulistas só agem pela Fé. Lula sempre se disse ‘igual’ a nós ou ao ‘povo’, mas sempre do alto de uma ’superioridade’ , como se ele estivesse ‘fora da política’, como se a origem pobre e a ignorância lhe concedessem uma sabedoria maior. Agressão é o silêncio cínico que ele mantém, desmoralizando as instituições pela defesa obstinada da mentira. Mas, os militantes imaginários que se acham ‘amantes do povo’ pensam que Lula não precisa dizer a verdade; basta parecer. Alguns até reconhecem os crimes, mas ‘mesmo assim’, votarão nele. Muitos têm medo de serem chamados de reacionários ou caretas. Há também os ‘latifundiários intelectuais’: acadêmicos e pensadores se agarram em seus feudos e não ousam mudá-lo. Uns são benjaminianos, outros marxistas, outros hegelianos, gurus que justificam seus salários e status acadêmico e, por isso, não podem ‘esquecer um pouco o que escreveram’ para agir. Mudar é trair, para ortodoxos. Ninguém tem peito de admitir a evidência inevitável de que só um ‘choque de capitalismo’ destruiria nossa paralisia estatal, burocrática e patrimonialista, pois o mito da ‘revolução sagrada’ é muito forte entre nós. Se há uma coisa que une esquerda e direita é o ódio à democracia (Bobbio).
Os intelectuais dissimulados votarão em Lula de novo e dizem que ’sempre foi assim’ porque, no duro, eles acham que o lulo-dirceuzismo estava certo sim, e que o PT e sua quadrilha fizeram bem em assaltar o Estado para um ‘fim revolucionário’.
Vou guardar este artigo como um registro em cartório. Não é uma profecia; é o óbvio, banal, previsível. Um dia, tirá-lo-ei do bolso e sofrerei a torta vingança de declarar: ‘Agora não adianta chorar sobre o chopinho derramado… Eu não disse?…’
Arnaldo Jabor
Conheça o Aero-Lula
Lula diz que terá que pagar, se houve crime eleitoral com dossiê
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, caso seja comprovado que o dinheiro para compra do dossiê contra tucanos saiu da sua campanha, ele estará sujeito à punição da Justiça eleitoral.
As declarações foram feitas durante sabatina realizada pelo jornal Folha de S.Paulo na quarta-feira em Brasília e publicada na edição desta quinta-feira.
"Bom, se se comprovar, se se cometeu um crime eleitoral, eu e qualquer outro cidadão comum neste país temos que pagar pelo crime que cometemos", disse Lula, acrescentando, no entanto, que duvida que o dinheiro tenha origem no caixa de campanha.
"Eu duvido, duvido que seja da minha campanha. Se tem uma coisa que esse maldito dossiê fez foi atrapalhar que eu ganhasse a eleição em primeiro turno. Alguém deu um tiro de canhão no pé", afirmou.
O Apedeuta resolveu vestir a carapuça, agora, alguém acredita que ele seja capaz desse desprendimento?
Quarta-feira, Outubro 18, 2006
TCU promete para esta quarta relatório sobre cartões do governo
O Tribunal de Contas da União (TCU) deve concluir até a próxima quarta-feira o relatório parcial sobre a prestação de contas dos cartões corporativos do Palácio do Planalto. Hoje, parlamentares da oposição reuniram-se com o presidente do tribunal, Ubiratan Aguiar, para buscar informações sobre a investigação do órgão sobre as despesas do governo com os cartões.
O líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), afirmou que o TCU teria identificado a utilização de notas frias para justificar despesas com os cartões corporativos. "Várias notas frias foram compradas para calçar as despesas com o cartão de crédito do presidente", afirmou.
A oposição também questionou o TCU sobre a investigação em curso para apurar o desvio de R$ 11 milhões da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo para a confecção de cartilhas que para exaltariam ações da presidência. O problema é que não se sabe onde esse material foi parar. O governo alega que remeteu uma parte para diretórios regionais do PT fazerem a distribuição nos estados. A versão, porém, não foi endossada por todos os petistas.
Os parlamentares deixaram o encontro sem informações sobre os gastos pessoais do presidente e de seus familiares com os cartões corporativos. Um decreto proibiu a divulgação dos dados, sob a alegação de tratam-se de informações de segurança nacional, que devem ser mantidas sob sigilo.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que acompanhou a comitiva ao TCU, disse que vai recorrer à Advocacia do Senado para derrubar o decreto. "Um técnico do Senado estava analisando os dados dos cartões e quando chegou próximo ao presidente da República o decreto foi editado. O governo montou uma operação para proteger esses documentos, mas vamos tentar remover estes obstáculos", disse.
O MITO LULA
Ipojuca Pontes
Lula da Silva, o ex-operário relâmpago que pôs nação de joelhos, foi transformado em mito para parcela significativa do povo brasileiro. Não é difícil explicar a construção do mito: durante o período do governo militar de 1964, Lula surgia com a retórica primária e o biótipo talhado (barbudo, sem dedo, tenaz etc.) para levantar a bandeira das esquerdas sufocadas pelas manhas do General Golbery do Couto e Silva, a eminência parda do regime autoritário instalado em 1964. Em torno de Lula, para apoiá-lo e até mesmo santificá-lo, reuniram-se todas ou quase todas as facções esquerdistas da época, da luta armada ao esquerdismo gramsciano, tendo como principal suporte os intelectuais marxistas da USP – a bilionária Universidade de São Paulo –, todos estatizantes e coletivistas, e, com mais empenho, a igreja apóstata da Teologia da Libertação, de natureza revolucionária e anticristã, integrada por gente fanática do tipo Leonardo Boff e Frei Betto.
De lá pra cá, escorado na proteção da mídia, o mito Lula cresceu em força e substância, movido pela "militância selvagem", chegando ao poder, afinal, em 2002. Para a formação do mito – sabe-se – prevalece muito mais o que se inventa e divulga em torno dos fatos e acontecimentos que o cercam, do que a própria realidade que ele representa, ou seja: a consolidação do mito se apóia mais na imaginação coletiva do que na realidade dos fatos, sobretudo quando ele, o mito, conduzido por um irracional processo de compensação, passa a ser, como no verso de Fernando Pessoa, "o nada que é tudo".
A mitologia que envolve Lula tem fundamentação marxista, posto que esta enxerga na classe operária a redenção da humanidade, a única com capacidade para abrir as portas do paraíso terrestre. O próprio Marx, em dezenas de livros e encontros da Internacional (o Foro de São Paulo da época), tratou de dar forma e construir a fantasia, lógico, sem nenhuma correspondência com a realidade. Não que a figura do operário não mereça respeito e tenha méritos. Tem, sim. Mas, não para governar e conduzir o mundo acima dos interesses da própria classe. Ademais, como qualquer ser humano, o operário só pensa nas delícias do "conforto burguês" e nas comodidades da sociedade burguesa - o que é mais do que legítimo, mas nada revolucionário (os malandrinos messiânicos sabem disso, daí o mundo de promessas).
Assim considerado, e visto que há trinta anos não trabalha e vive (à bordalesa) como símbolo de uma mentira fortemente enraizada, pode-se afirmar, sem temor, que Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato-presidente, está hoje muito mais para o caudilho populista do que propriamente para o líder operário. Neste particular, Lula não deve ser comparado, por exemplo, ao operário alemão Weitling, mas, sim, à figura de Juan Domingo Perón, o controverso ditador argentino de meados do século passado. De fato, os pontos de contato entre Lula e Perón, mito argentino, são incontáveis.
O primeiro deles: os dois mitos, no auge do processo de degradação política, moral e institucional dos seus respectivos governos, acusados de corrupção e incontáveis práticas criminosas, simplesmente sobreviveram à realidade das acusações e dos fatos negativos que os envolviam (e envolvem). Na Argentina, para se eternizar no poder, Perón partiu para programas de assistencialismo deslavado, com Evita Perón distribuindo dinheiro e "conselhos" a milhares de mulheres desamparadas, que formavam longas filas nos corredores da Casa Rosada. Outra semelhança: amparado no forte sindicalismo da CGT, inteiramente contaminado, Perón articulou o plano diabólico (e corrupto) da "casa pré-fabricada", que remexeu com os anseios dos trabalhadores argentinos e possibilitou o rápido enriquecimento de Juan Duarte (irmão de Evita) e Domingo Mercante, asseclas ativos do "esquema".
A coisa chegou a tal ponto, na consolidação de um quadro de completo apodrecimento do tecido ético da nação, que os militantes do peronismo proclamavam, insanos, nas ruas de Buenos Aires: "Ladrón o no ladrón, nosostros queremos Perón!". No Brasil atual, o fenômeno se repete de igual modo e por isso, em recente edição, a revista britânica "The Economist" tenha classificado Lula como uma "Evita de barbas".
Com efeito, o ex-operário relâmpago Lula da Silva abusa da paciência da nação. Sob o seu (des)governo, o crime virou acontecimento de rotina e os escândalos se sucedem em proporções nunca dantes imaginada: de Waldomiro Diniz ao Mensalão, das estranhas dádivas de Paulo Okamotto aos sanguessugas, da ação nefasta de Palloci contra o caseiro Francenildo ao Land Rover do ex-Secretário-Geral do PT Silvinho Pereira, dos "vampiros" da saúde às pródigas doações a Lulinha, da ação lesiva do Banco Popular aos assassinatos dos prefeitos Celso Daniel e Toninho do PT, do indiciamento de José Dirceu ao recente dossiêgate, passando pelos milhões de dólares do falso padre Olivério Medina, integrante das Farc, e os milhões de dólares nas caixas de rum para as eleições presidenciais, enviados por Fidel Castro, para não falar nas dezenas de outros casos escabrosos já esquecidos pela má memória do povo - o País simplesmente se avacalhou.
De minha parte, acho que o mito Lula, que já está sendo revisto, não vai durar muito, pois se trata de um falso mito. Um belo dia, sem dar respostas claras à população, a parcela do povo que o aceita cansará de sua cara barbuda e de sua retórica rasteira e o repudiará – em que pese o óbolo do Bolsa-Família, que o Estado arruinado simplesmente não terá condições de manter.
Alckmin acusa PT de “privatizar Estado” com aparelhamento
Único convidado a comparecer no debate desta quarta-feira (18.10) promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) criticou os desvios éticos do PT e a política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ele acusou a administração petista de "privatizar" o Estado ao aparelhar as empresas públicas.
"Dessa mistura indevida, temos como conseqüência a ineficiência e a corrupção. Precisamos recuperar o Estado como um prestador de serviços", defendeu. Na avaliação do candidato, há uma promiscuidade entre o público e o privado, entre o partido e o governo.
Alckmin afirmou ainda que houve um verdadeiro descalabro de natureza ética. "Os fatos não foram isolados nem pontuais. Foram continuados", disse ele, acrescentando que o governo não aprendeu com esses episódios. "Os fins nunca justificam os meios", concluiu.
Economia
Alckmin abriu a sabatina com um longo discurso enfatizando a necessidade de crescimento econômico. Ele ainda criticou a política fiscal do atual governo e disse que a política monetária é muito dura, fazendo com que o país gastasse, em 2005, R$ 156 bilhões com juros. "É o maior programa de concentração de renda que existe", afirmou.
O crescimento da economia brasileira, por sua vez, está "patinando" enquanto o mundo avança puxado pela China e pelos Estados Unidos. Segundo o tucano, o país tem uma "política fiscal fraca", que faz com que a carga tributária fique em constante trajetória de alta e que, se nada for feito, poderá superar, nos próximos anos, 40% do PIB.
"O mundo cresce com uma taxa de investimento e no Brasil ela [a taxa de investimento] cai. Está embicando", afirmou.
2010
Geraldo Alckmin antecipou que, se Lula for reeleito, o clima de disputa para 2010 começará no dia seguinte à posse. "Se o presidente Lula for reeleito, (o governo) acaba antes de começar. No dia seguinte, começa a discutir 2010. Vamos pensar no futuro. Por que perder quatro anos? Nosso tempo é da mudança, da velocidade", afirmou, ao comentar sobre o processo de reeleição.
Ausência de Lula
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, criticou a ausência do presidente Lula no debate marcado para esta quarta na entidade. "Estranhamos e lamentamos a decisão do presidente Lula, que foi um amigo desta casa, que lhe deu guarida e abrigo quando ele foi perseguido", lamentou Busato.
Em carta lida por Busato, Lula alegou ter outros compromissos de campanha, já pré-agendados, que não permitiriam sua participação. Busato disse, ao abrir o evento, que a instituição não tem candidato e nem partido.
PF investiga se bicheiro Turcão deu dinheiro para comitê de Lula comprar dossiê
Correio Braziliense
A Polícia Federal investiga no Rio de Janeiro pessoas ligadas a Antônio Petrus Kalil para tentar desvendar a origem do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê contra integrantes do PSDB. Conhecido como Turcão, Kalil é apontado pela polícia como um dos mais atuantes empresários do jogo do bicho naquela cidade. Passados 32 dias da apreensão do dinheiro em poder dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos num hotel
Os investigadores do caso encontraram indícios de que parte dos recursos arrecadados pelo grupo petista, antes de chegar às mãos de Valdebran e Gedimar, transitou pelas bancas do jogo do bicho atribuídas a Kalil. De acordo com um dos policiais, o suposto bicheiro movimenta grandes quantias na capital carioca. E suas bancas atuariam como uma espécie de câmara de compensação, abastecendo outras bancas do jogo do bicho. Para levantar as provas que sustentem a hipótese, foram realizadas ontem no Rio buscas e apreensões em endereços comerciais de pessoas ligadas a ele.
As suspeitas sobre dinheiro do jogo do bicho foram levantadas pela polícia a partir da forma como a parte dos recursos em reais foi encontrado: cédulas velhas, amassados e de valores pequenos R$ 5 e R$ 10. Duas tiras de papel encontradas chamaram a atenção dos investigadores. Elas trazem anotações de valores e fazem referência a duas localidades no Rio: Caxias e Campo Grande. Ao lado de cada nome, havia ainda um número que a polícia acreditava se referir a bancos (118 e 119, respectivamente). Após realizar uma pesquisa na rede bancária, a PF constatou que não existem tais números. Com isso, ganhou força entre os policiais a tese de que o dinheiro tenha origem no jogo do bicho.
Escândalo
Em Cuiabá, cidade onde estão centralizadas as investigações do escândalo do dossiê, o superintendente regional da Polícia Federal, Daniel Lorenz de Azevedo, admitiu a hipótese de que parte do dinheiro seja proveniente do jogo do bicho. "Estamos conseguindo comprovar uma tese", afirmou o policial. Lorenz confirmou a realização de diligências para tentar levantar as provas que possam confirmar as suspeitas. Integrantes da CPI das Sanguessugas que tiveram na capital matogrossense na semana passada para se informar sobre o andamento da apuração também confirmaram essa possibilidade, depois de conversar com o delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito.
O rastreamento do dinheiro apreendido com Valdebran Padilha e Gedimar Passos obrigou a polícia a levantar milhares de operações financeiras realizadas nos 30 dias que antecederam a prisão dos dois petistas. Não se descarta que uma parcela tenha transitado pela rede bancária, já que informações encontradas no pacote do dinheiro indicam que saques em pelo menos três instituições bancárias: Bradesco, Safra e BankBoston. A PF também investiga operações no Banco do Brasil.
Em relação aos dólares (US$ 248,8 mil), o universo de pesquisa supera um total de 200 mil operações realizadas a partir de um lote de US$ 29 milhões que entraram legalmente no país por intermédio do banco Sofisa, de São Paulo. Os policiais identificaram US$ 110 mil em série, mas, por falta de controle no país das numeração de cédulas distribuídas entre instituições bancárias, casas de câmbio e agências de turismo, ainda não foi possível chegar aos compradores finais.
O dinheiro foi distribuído pela instituição em pelo menos quatro praças: Rio, São Paulo, Curitiba e Santa Catarina. A Polícia Federal está realizando uma operação pente-fino em 30 casas de câmbio e de turismo localizadas nessas cidades.
Profetas do passado
Rodrigo Constantino
Preciso contratar um petista como administrador de portfolio! Qualquer um serve. Afinal, os petistas devem ser excelentes gestores de recursos. Não estou me calcando apenas na estupenda performance de Lulinha, o filho do presidente Lula que ficou milionário da noite para o dia, através da compra pela Telemar de sua empresa de jogos, a Gamecorp. Também não estou focando somente na brilhante performance do patrimônio do próprio Lula durante seu mandato, levando o "pai dos pobres" a ficar praticamente milionário. Tampouco penso no churrasqueiro que levanta milhões para a compra de dossiês. Não é nada disso! Tenho em mente o rebanho todo de petistas, que repete em uníssono que a Companhia Vale do Rio Doce foi vendida a preço de banana, praticamente entregue de graça pelo governo. Eles é que me despertam tanto interesse pela contratação de algum petista, qualquer um, para gestão de recursos. Explico.
O único "argumento" que a turma retrógrada, que ainda acha que o Estado deve ser empresário, utiliza, é que a CVRD vale uns R$ 100 bilhões hoje, enquanto foi vendida por US$ 3,34 bilhões em 1997. Como diria Jack, o estripador, vamos por partes: em primeiro lugar, o governo vendeu 42% do capital votante por este valor para a CSN, o que avaliava a empresa toda em mais de R$ 12 bilhões, com um ágio de quase US$ 600 milhões em relação ao preço mínimo; em segundo lugar, tratava-se de um leilão, que incluía a participação de várias empresas estrangeiras, como Anglo American, Nippon Steel, Kawasaki, Kobe, Mitsubishi, Alcoa etc. Ou seja, qualquer empresa poderia ter participado, e pago mais para levar um ativo que, segundo os petistas "especialistas", estava de graça. Por que não fizeram? Alguma conspiração mundial?
Fora isso, a Vale tinha ações negociadas na bolsa de valores, com milhares de investidores do mundo todo comprando e vendendo diariamente, determinando o valor de mercado da empresa. Durante o primeiro semestre de 1997, esse valor oscilou em torno de R$ 10 bilhões. Em outras palavras, qualquer um, até mesmo um petista, poderia ter comprado ações da Vale por um preço abaixo daquele pago pela CSN. Fica a questão: se tal valor estava "de graça", por que diabos os petistas não estão todos milionários hoje? Será que petistas, logo eles, não gostam de dinheiro? Um investimento nesta época nas ações da Vale teriam multiplicado o capital por cerca de 20 vezes! Qualquer petista que levantasse algo como R$ 50 mil poderia estar hoje milionário! Com o benefício da retrospectiva, fica bem fácil acertar. Mas se de fato, na ocasião, os petistas sabiam do futuro da Vale, e que ela valeria mais de R$ 100 bilhões em 2006, precisam explicar porque não estão todos ricos, mesmo sem "mensalão", cargos de confiança bem remunerados para camaradas ou "solidariedade" de empresas como a Telemar.
Os petistas ignoram que o lucro da Vale estatal oscilava em torno dos R$ 500 milhões por ano. Hoje, esse lucro passa dos R$ 10 bilhões! Só de imposto de renda, a Vale pagou mais de R$ 2 bilhões em 2005. Será que essa diferença de performance não explica também a diferença no valor de mercado da empresa hoje e nos tempos de estatal? Entre os motivos desse exponencial aumento do lucro está o cenário global, com a China comprando minério de ferro adoidado, puxando o preço em mais de 70% para cima em um único ano! Será que os "clarividentes" petistas já sabiam disso também, lá em 1997? Além disso, a performance deve-se muito à gestão privada, infinitamente mais eficiente que a estatal. Os ganhos de produtividade são evidentes, o foco no retorno sobre capital investido é total, a remuneração de acordo com a meritocracia é um forte incentivo, enfim, a transformação da empresa de estatal para privada é boa parte da explicação desse enorme aumento em seu valor de mercado. Os petistas fingem não ver nada disso, e repetem apenas que o "patrimônio nacional" (sic) foi entregue para capitalistas exploradores.
Em resumo, o presidente Lula trouxe ao "debate" o tema da privatização, como se vender estatais paquidérmicas, verdadeiros cabides de emprego para colegas, fosse atestado de pacto com o diabo. Claro, Lula pretende fazer terrorismo de Alckmin frente aos nacionalistas xenófobos, que realmente acreditam que o petróleo é deles (se ele é nosso, eu quero minha parte!). Quer conquistar a esquerda jurássica, que apoiava Heloísa Helena. E seus seguidores fiéis, autômatos, partem logo para a repetição de chavões sem reflexão alguma. Nesse contexto é que escutamos estultices como as que condenam privatizações que tanto fizeram para melhorar o país. São quase 100 milhões de celulares hoje! Antes, uma linha fixa analógica custava uma fortuna e demorava meses para ser instalada. Imagina ter ainda Usiminas, CSN, Embraer, Telebrás, Embratel, Vale, Banespa, Banerj, as ferrovias, tudo estatal, usadas como veículos políticos pelo PT, que aparelhou o Estado de forma assustadora! Muitos cargos para distribuir entre camaradas, muito dinheiro para usar com "mensalão" e compra de dossiês. O sonho dos petistas, dos parasitas. O pesadelo dos consumidores e pagadores de impostos.
Mas de volta ao começo, quero contratar um petista como gestor de portfolio! Todos os dias, milhares de investidores, totalmente focados nisso, digladiam-se para obter boas oportunidades de investimentos. Não existe almoço grátis. Os riscos são reais, qualquer aposta pode fracassar, o futuro é incerto. Mas isso é a realidade dos mortais comuns. Não dos petistas! Esses sim, sabem o futuro! Lá em 1997, quando a Vale foi privatizada através de um leilão aberto com a presença de várias multinacionais, os petistas já tinham convicção de que o preço era irrisório, uma verdadeira pechincha. Resta entender porque os profetas do passado não estão ricos. Ao menos não pelas vias legais...
http://rodrigoconstantino.blogspot.com
Pergunta
Reinaldo Azevedo
Lula, que ama tanto a Petrobras, deveria explicar por que permitiu que Evo Morales a roubasse do Brasil. Já que ele, Evo e Chávez são amigos, é lícito supor, como diriam os lulistas, que tudo foi feito de comum acordo, seguindo as diretrizes do Foro de São Paulo, aquele grupo de partidos de esquerda fundado pelo agora presidente brasileiro, que tem os narcotraficantes das Farc como sócios. Lula que desminta. Se puder.
Terça-feira, Outubro 17, 2006
A crise do escândalo do dossiê fica dramática
Polibio Braga
A reportagem produzida pela revista Veja desta semana sobre o escândalo do dossiê, está assustando o PT e Lula. A reportagem é muito consistente e demonstra indícios claros de que Freud Godoy, homem de confiança de Lula (ele tinha gabinete no mesmo andar de Lula no Planalto) visitou na cadeia o ex-integrante da coordenação da campanha de Lula, Gedimar Passos, no dia 18, três dias depois que este comunicou á Polícia Federal que a ordem para a compra de um dossiê acusando Alckmin e Serra partira justamente de Freud Godoy.
A conta de Godoy e das suas empresas revelam movimentações incompatíveis com sua renda. Ele teria recebido uma grossa bolada de dinheiro do investidor Naji Nahas, dias antes do crime.
Veja conta em sua edição desta semana que obteve de três delegados a informação da visita de Freud Godoy a Gedimar, dia 18 (outro crime inaceitável). Aliás, além de Freud, estiveram com Gedimar dois personagens ainda não identificados e mais o segurança de Lula do seu escritório em São Paulo, José Carlos Espinoza. A visita destinou-se a pressionar Gedimar para mudar a versão de que Fredu é o culpado por tudo, atingindo diretamente Lula.
A revista também revelou que o Chefe do Núcleo da Carceragem da PF de São Paulo, Jorge Luiz Herculano, chegou a se negar a retirar Gedimar da prisão e levá-lo para o encontro, realizado no gabinete do próprio diretor executivo da PF, Severino Alexandre
Ficou claro que existe uma colossal manipulação orquestrada pelo ministro da Justiça, que tem contado com a cumplicidade das revistas Istoé e Carta Capital.
A Polícia Federal e seu chefe, o ministro Thomaz Bastos, perderam totalmente as condições legais, políticas e morais para continuar cuidando do caso.
Não é por outra razão que a mídia impressa e a oposição (o Congresso e as ONGs estão calados e coniventes com o crime político) mostram-se tão ouriçados, porque os crimes políticos se sucedem, ameaçam a sociedade e as instituições democráticas, comprovando que chegou a hora de acabar com a impunidade do Planalto.
Lula mentiu ao Globo ou à TV Cultura ?
A quem ele mentiu?? Escolha
Pode ser na entrevista ao jornal O Globo na semana passada, onde falou que jamais perguntara sobre a origem do dinheiro aos aloprados do PT envolvidos na compra à Máfia dos Sanguessugas de um dossiê contra políticos do PSDB.
Ou pode ser na entrevista de ontem ao programa Roda Viva da TV Cultura onde disse que chamou Ricardo Berzoini, então presidente do PT, para uma conversa. E que lhe perguntou sobre a origem do dinheiro. Berzoini respondeu que não sabia.
O fato é: Lula mentiu mais uma vez.
Nos Estados Unidos Bill Clinton quase teve seu mandato cassado apenas por negar o seu caso com a estagiária Mônica Lewinski, imaginem se tivesse mentido como nosso Apedeuta.
A cumplicidade e a tolerância que o eleitor tem para com o Lula e seus bandidos é um sinal de uma sociedade podre em seus alicerces básicos: Lei, ordem e verdade.
Muito se fala em herança maldita, mas acreditem, a herança que o PT deixará para toda uma geração, será a pior possível.
Santa Marisa Letícia
Bob Jeff
A primeira-dama, Marisa Letícia, terá de ser canonizada. É a única pessoa que priva da intimidade do presidente Lula que não o traiu. Vamos fazer um movimento nacional pela canonização da primeira-dama.
As matrioshkas do lulismo
Editorial do Estadão
Ao acrescentar a outras a baixaria do terrorismo, atribuindo ao tucano Geraldo Alckmin a intenção de cortar gastos sociais - a começar do Bolsa-Família - e de privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os Correios, se eleito, o presidente Lula conseguiu inequivocamente encurralar o adversário. Tanto que, em busca do apoio do PDT, Alckmin se comprometeu em carta ao partido a manter essas empresas "sob controle estatal". Assim como praticamente não passa dia sem que defenda a entronização em lei do programa de transferência de renda que constitui o maior trunfo lulista. De fato, a análise dos dados do primeiro turno demonstra para além de qualquer dúvida a estreita correlação entre benefícios distribuídos e votos recebidos, sobretudo nas regiões onde o número de eleitores cujas famílias recebem a ajuda federal é predominante.
A jogada malandra do candidato petista funciona porque a esmagadora maioria dos que o querem no Planalto por mais quatro anos tem escassa capacidade de discernir seja o problema-chave das contas públicas - a inviabilidade da política fiscal do governo, que se mantém à base de doses cavalares de impostos -, seja os malefícios do estatismo na economia, comprovados pelo êxito total das empresas privatizadas. No entanto, uma coisa são as limitações culturais do eleitorado, mais da metade do qual ou não completou, ou não foi além do 1º grau. Outra coisa, a capitulação da candidatura oposicionista diante do discurso do medo: falta aos tucanos a ousadia de ir além dos desmentidos sobre os alegados riscos a que estariam expostas, na gestão a que aspiram, as jóias da coroa estatal brasileira. Prestariam eles um serviço ao País se não endossassem implicitamente a patranha lulista sobre as excelsas virtudes da economia estatizada e o caráter invariavelmente perverso da desestatização.
Poderiam dizer, olho no olho do eleitor, que novas privatizações não estão na agenda de um hipotético governo da coalizão PSDB-PFL - mas nem por isso privatizar é anátema. Ao argumento ad terrorem de Lula, de que não teria privatizado o sistema Telebrás e a Vale do Rio Doce, nada mais fácil do que contrapor os números do êxito estrondoso da venda dessas estatais, do qual são prova viva, no primeiro caso, dezenas de milhões de donos de celulares e de usuários de telefonia fixa e, no segundo, milhões de acionistas. Com isso, repondo-se a questão nos devidos termos, estaria aplainado o caminho para desmascarar as mentiras presidenciais. Mentiras, sim, no plural, cada uma contendo outra, à maneira das matrioshkas, as bonequinhas russas que guardam dentro de si réplicas menores. A acusação de que Alckmin retomaria as privatizações iniciadas sob Itamar Franco e amplificadas sob Fernando Henrique é a mentira primeira, mas não a mais importante.
Esta se revela no choque entre a anacrônica retórica do lulismo - que coloca em cena, diante de uma platéia bestificada, o maniqueísmo ideológico de que, para o povo, o estatal é bom e o privado é mau - e as suas próprias políticas. Como lembrou ontem neste jornal o articulista Carlos Alberto Sardenberg, foi o governo Lula, e nenhum outro, que concebeu e tratou de viabilizar - negociando com a oposição, vem a propósito acrescentar - o esquema das Parcerias Público-Privadas (PPPs), "uma espécie de privatização disfarçada ou envergonhada". O sistema oferece incentivos para atrair os investidores ao setor estatal por excelência, o de serviços na área de infra-estrutura, em marcha batida para a desmodernização por falta de investimentos (pelo efeito combinado da baixa qualidade do gasto público com a debilitação estrutural da capacidade investidora do Estado nacional).
Além de camuflar despudoradamente o seu lado privatista, o presidente ainda aplica um conto-do-vigário nos seus muitos eleitores desinformados, induzindo-os a crer não só no estatismo como fonte opulenta de progresso econômico e social, mas também na rima de privatização com corrupção. Eis uma formulação fraudulenta, apenas coerente, de resto, com a mendacidade da campanha da reeleição. Bem pensadas as coisas, esperar o quê de quem tantas já produziu, no gênero? O que desconsola é a ausência de reação do outro lado. Os tucanos perdem a ocasião de falar da corrupção e politicagem tradicionalmente disseminadas no universo das estatais, e de desafiar o lulismo a responder por que, no poder, não se pôs a investigar as privatizações de Fernando Henrique.
Lula se enrosca na língua
Clóvis Rossi, na Folha de S. Paulo
Os noticiários on-line atribuem a seguinte frase ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o programa "Roda Viva", que foi ao ar ontem mesmo, a propósito do afastamento de Ricardo Berzoini da coordenação de sua campanha:
"Chamei o presidente do partido lá em casa e falei: eu quero saber quem fez essa burrice para não usar a palavra que estou pensando agora. Você, como presidente do partido, tem obrigação de dar uma resposta à sociedade. Ele não deu [a resposta], eu o afastei da coordenação da campanha".
Quer dizer então que o presidente de um partido tem obrigação de saber quem fez "essa burrice" (mais que "burrice", tem toda a pinta de ser crime eleitoral) e o presidente da República (também presidente de honra do partido) não tem a obrigação de saber de nada?
Lula usou à exaustão o argumento de que nem em família o pai, se está na sala, pode saber o que se passa na cozinha (ou qualquer outra dependência). Aí, de duas uma: ou o argumento vale também para Berzoini ou, se não vale, não serve para proteger Lula.
É óbvio, mas se torna obrigatório dizer: o presidente da República tem à mão instrumentos muito mais potentes do que o presidente de um partido (qualquer partido) para averiguar quem fez "essa burrice" (e os demais crimes de que o PT é acusado, a ponto de sua cúpula ter sido chamada de "organização criminosa" pelo procurador-geral da República).
No entanto, o presidente sistematicamente nega à sociedade as informações que acha que Berzoini tinha obrigação de dar. Diz que foi traído (no episódio do mensalão), mas não diz por quem.
Joga a culpa por todo o escândalo do dossiê em cima de Berzoini e dos "aloprados", como se ele próprio fosse inimputável. Lula nem precisa de opositores para se enroscar na língua.
Ideli tem razão: o PT tem seis dedos, não quatro
Reinaldo Azevedo
Há um adesivo circulando por aí com quatro dedos dentro de um círculo cortados por um faixa na diagonal, indicando "proibido". Trata-se de uma metonímia: a parte simbolizando o todo. "Chega de Lula" é a mensagem. O PT decidiu fazer escarcéu. A senadora Ideli Salvati (PT-SC) fez um discurso irado no Senado. Acusa a campanha de Alckmin de ser responsável pelo dito-cujo. Diz que o PT vai recorrer ao TSE. É o PT no seu melhor estilo: exercendo o poder da vítima.
Ideli tem razão numa coisa: não é a falta de dedo que torna Lula inapto para a Presidência da República. Se fosse maneta ou perneta, sua moralidade não seria diferente. Sugiro a Alckmin que proíba os desenhos onde ele aparece com um nariz descomunal. Trata-se de uma óbvia discriminação contra os narigudos.
Essa gente não consegue conviver é com a liberdade de expressão, isto sim. Esse adesivo é antigo. Circula bem antes de Alckmin ser definido como candidato. O PSDB não teria humor para fazer a brincadeira — e talvez a considerasse politicamente incorreta. Mas Ideli tem razão: é uma injustiça histórica representar Lula com apenas quatro dedos: o correto seria representá-lo com, no mínimo, seis...
Segunda-feira, Outubro 16, 2006
Os estafetas do reino
Augusto Nunes, no Jornal do Brasil
O serviço dos estafetas do reino, dirigido pelo ministro Tarso Genro, capricha na difusão da mensagem malandra: debates na TV se prestam a discussões sobre planos de governo, não a denúncias. Traduzida para língua de gente, a mensagem quer dizer que Lula quer mais espaço para gabolices ou promessas inviáveis - e nenhum minuto para incursões pela roubalheira.
O Grande Pastor não está interessado em debater projetos sérios - até por falta de. O que deseja é pendurar-se na discurseira, e sem interrupções incômodas.
''Posso ter errado de não ter dado entrevista'', claudicou Lula na rádio Bandeirantes. ''Só que poucos presidentes fizeram a quantidade de discurso que eu fazia''. O boxeador convalescia das pancadas sofridas horas antes. Mas não estava grogue. No dia seguinte, repetiu o recado.
Na abertura da conversa com jornalistas de O Globo, pediu ''uma entrevista menos ideológica e mais programática''. Preferia, claro, declamar maluquices, liberado de contestações. Por exemplo: ''O Brasil vai crescer mais de 5% ao ano, sem novas reformas, sem cortar gastos, sem privatizações, sem diminuir o tamanho da máquina estatal''. Desses milagres Lula gosta de falar. Detesta é entrar no terreno pantanoso da Ética.
Para contorná-lo, os estafetas de Tarso difundem mentiras sobre o adversário, simulam armazenar acusações inexistentes e embaralham dados do Ibope e do Datafolha. Alckmin venceu o debate na Bandeirantes, certo? Mas perdeu pontos no Ibope e no Datafolha, certo? Portanto, o eleitorado não gostou da tática, usada pelo ex-governador, que levou Lula às cordas - e à ante-sala do nocaute.
Se sucumbir à falácia, Alckmin merecerá a mais contundente das derrotas. O ex-governador tem o dever de apresentar projetos e diretrizes que o diferenciem de Lula. Mas sem abandonar as perguntas e cobranças atravessadas nas gargantas do Brasil que pensa. De onde veio o dinheiro do dossiê da vigarice? Por que o presidente não divulga os números da gastança com os cartões de crédito usados por perdulários de estimação e pela Primeira-Família?
É muito assunto para pouco debate. Como registrou Arnaldo Jabor, já se viu o essencial no interminável cortejo dos patifes. ''Tudo foi decifrado, a verdade foi descoberta, todos os crimes estão desvendados, os culpados são conhecidos, tudo está decifrado, mas o governo nega e Lula ignora''.
Caso Dossiê: Polícia faz apreensão em casa de câmbio de SP
Estadão
A Polícia Federal realizou na última sexta-feira operação de busca e apreensão autorizada pela Justiça Federal do Mato Grosso em uma das casas de câmbio paulistas que receberam parte do lote de US$ 15 milhões do qual saíram os US$ 248 mil apreendidos no Hotel Íbis,
A diligência foi resultado da análise da quebra do sigilo bancário das operações de câmbio feitas pelas instituições autorizadas a operar no mercado de compra e venda de dólares. A PF examina ainda ligações telefônicas dos envolvidos na trama, em especial as de Hamilton Lacerda, ex-assessor de Aloizio Mercadante (PT-SP) e apontado como o "homem da mala". Segundo a polícia, Lacerda levou a Gedimar Passos, preso com parte do dinheiro, o R$ 1,75 milhão que pagaria o dossiê.
A busca não teve resultados relevantes, mas a PF fará mais diligências. Segundo uma autoridade que acompanha as investigações, a polícia está levantando antecedentes de todas as 24 casas que receberam dólares do lote de US$ 15 milhões. Já se sabe que várias estão sob investigação da própria PF, do Ministério Público Federal e do Banco Central, por conta da suspeita de prática de irregularidades, como inscrever ações de compra e venda de dólar em nome de laranjas e fantasmas. Não está descartada a hipótese de que tal prática tenha ocorrido no caso do dossiê.
A análise realizada até o momento também conduz para a suspeita de que parte desses dólares foi comprada
Amanhã, Curado recebe extenso relatório da Diretoria de Inteligência da PF contendo resultado do cruzamento dos dados obtidos a partir da quebra do sigilo telefônico dos envolvidos com nomes identificados na quebra de sigilo bancário.
Os caminhos até Freud
Correio Braziliense
O segurança Freud Godoy terá contra si, nos próximos dias, um pedido de quebra dos sigilos fiscal e bancário feito pelo Ministério Público Federal. Ele não compõe o núcleo de petistas chamados de "aloprados" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alguns pegos em flagrante, outros por estes delatados, no escândalo do dossiê. Mas as suspeitas sobre as finanças do ex-assessor especial da Presidência não param de pipocar, o que acabou por chamar a atenção dos investigadores. Dentre os envolvidos no episódio, Freud é o mais próximo de Lula e aquele que mais oferece risco aos planos do petista de se reeleger, caso reste comprovada alguma participação do segurança.
Nos últimos dias, Freud entrou no que especialistas em crises chamam de espiral negativa. Tudo começou quando a PF fez vazar a notícia que nada encontrara contra ele e que, em vista disso, estaria fora do rol de suspeitos. Na semana passada, porém, o Correio revelou a existência de uma empresa – a Caso Comércio e Serviços Ltda – cujo 95% do capital está nas mãos do segurança. Até então, só era conhecida a Caso Serviços de Segurança, registrada em nome da mulher de Freud, Simone Messenger. As duas firmas atuam complementando-se, uma (a de Simone) cuida da parte operacional, a outra (a de Freud), da financeira e empresarial.
Mais que isso, também em reportagem do Correio, veio à tona a informação de que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) encontrou uma operação atípica vinculada ao CPF 136.070.188-55. O contribuinte registrado com esse número realizou um depósito em dinheiro vivo de R$ 150 mil na conta da Caso Serviços de Segurança, no dia 24 de março passado. O dono do documento é Freud e a operação causa estranheza porque na época em que ocorreu ele tinha como única fonte de renda declarada o cargo de assessor especial da Presidência, com proventos de R$ 6.650,00.
Coaf
As suspeitas em relação a um dos mais antigos colaboradores do presidente Lula seguiram ladeira abaixo com a divulgação, pelo jornal O Estado de S.Paulo, de que o especulador Naji Nahas teria vendido ações de sua carteira e usado parte do dinheiro (R$ 396 mil) para abastecer a conta bancária de Freud. A operação foi concluída, segundo o jornal, no dia 5 de setembro, ou seja, nove dias antes de a PF prender os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos com R$ 1,7 milhão.
Até aqui, o Coaf ainda não notificou nem a Polícia Federal nem o Ministério Público sobre a transferência. Mas é de domínio público a desenvoltura com que Nahas tem transitado nos corredores do poder desde a posse do presidente Lula. Compôs a comitiva presidencial na viagem ao Oriente Médio e o ajudou a receber o príncipe Bandar, da Arábia Saudita, em fevereiro de 2004, no Itamaraty.
Nesta semana, a revista Veja deu seqüência à saraivada. Na reportagem de capa, noticiou a existência de um encontro ocorrido na noite de 18 de setembro, num escritório da superintendência da PF
Reação
A notícia da revista gerou uma furiosa nota oficial da PF, desmentindo-a. Nela, a reportagem é classificada de "leviana" e "fantasiosa", baseada em relatos "imprecisos" e "inverídicos". O advogado de Freud, o criminalista Augusto Botelho, ex-estagiário no antigo escritório de advocacia do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, evoca o calendário para também desmentir a história. "O encontro não pode ter acontecido no dia 18, depois do expediente", diz. Gedimar foi transferido de São Paulo para Cuiabá às 20h30min daquele dia.
Botelho também disse ao Correio não se opor à quebra do sigilo bancário de seu cliente. "Pelo contrário, quando saiu a notícia do Naji Nahas, eu mandei por fax ao presidente da CPI (o deputado Antônio Carlos Biscaia) cópia do extrato bancário das contas de Freud e da Caso
Os Verdadeiros Privatistas !!!
Por Jorge Serrão
O Governo Lula da Silva, que acusa seus adversários de serem privatistas, se prepara para entregar 331 áreas com riquezas minerais ao capital privado transnacional (os controladores ingleses da economia mundial). As jazidas foram descobertas desde os anos 70 e são de níquel, carvão, zinco, diamante, ouro, cobre, turfa e terras raras (matéria-prima para a indústria eletroeletrônica). O Serviço Geológico do Brasil (ex-Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) prepara, para 2007, uma licitação de seus direitos minerários.
O preço mínimo de cada área será divulgado apenas junto com os editais da licitação, prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2007. O processo de licitação está sendo elaborado há cinco meses pelo governo. Mas a CPRM vem organizando informações sobre essas áreas (localização, estimativas de reservas medidas e inferidas) desde 2003, de acordo com o presidente do órgão, Agamenon Dantas. A denúncia é do jornal Valor Econômico. Atualmente, o Brasil já perde US$ 700 milhões por dia, com o subfaturamento de minérios. O negócio de compra e venda de minerais brasileiros é controlado pela London Metal Exchange (LME) da City de Londres.
A venda será dividida em blocos, por região e por minério. As áreas a serem vendidas estão há quase 40 anos em poder do Ministério de Minas e Energia. Das 331 áreas, 258 já têm documentação pronta. Quatro delas ficam dentro de reservas indígenas
Vão entregar nosso sub-solo e ainda acusam o Alckmin de privatista.
Afirmo mais uma vez, quem vota no PT , para mim é cúmplice de todas essas armações, maracutaias, roubalheiras jamais vista na história do Brasil.
Freud em apuros: o planalto treme!
Correio Brasiliense
O Correio revelou a existência de uma empresa — a Caso Comércio e Serviços Ltda — cujo 95% do capital está nas mãos do segurança. Até então, só era conhecida a Caso Serviços de Segurança, registrada em nome da mulher de Freud, Simone Messenger. As duas firmas atuam complementando-se, uma (a de Simone) cuida da parte operacional, a outra (a de Freud), da financeira e empresarial.
Mais que isso, também em reportagem do Correio, veio á tona a informação de que o Coaf encontrou uma operação atípica vinculada ao CPF 136.070.188-55. O contribuinte registrado com esse número realizou um depósito em dinheiro vivo de R$ 150 mil na conta da Caso Serviços de Segurança, no dia 24 de março passado. O dono do documento é Freud e a operação causa estranheza porque na época em que ocorreu ele tinha como única fonte de renda declarada o cargo de assessor especial da Presidência, com proventos de R$ 6.650,00.
Sem fiscalização, estatais e fundos distribuem dinheiro a municípios
Estado de SP
Em Sergipe e na Bahia, a petrobrás patrocinava até festas de s. João, fazia pracinhas e pavimentações específicas, atropelando os governadores!
Método de financiamento de projetos sociais é pouco transparente e pode ter uso eleitoral, alertam especialistas. O governo estabeleceu um canal direto com os municípios para o repasse de recursos destinados a projetos sociais, com base em verbas de empresas estatais e fundos públicos. A liberação do dinheiro segue critérios do Executivo, sem o controle do Congresso. A avaliação de especialistas é de que esse procedimento é pouco transparente e pode criar brechas para barganhas partidárias e eleitorais.
Lembram-se das cartilhas? Revista Veja
"Na semana passada, VEJA teve acesso às 32 páginas do relatório técnico do TCU sobre o assunto e descobriu que o caso é bem complicado. Para os auditores do tribunal, há a hipótese de que os 2 milhões de encartes e revistas não tenham sido sequer produzidos e que o dinheiro pago pela Secom às gráficas serviu, na verdade, para remunerar serviços eleitorais feitos por elas ao próprio PT. A versão de que as cartilhas foram entregues ao PT seria, portanto, apenas uma desculpa para encobrir o crime de desvio de dinheiro público. Ao todo, dos 25 pontos fornecidos pela Secom para tentar comprovar a existência do material gráfico e a sua conseqüente distribuição, dezenove foram rechaçados pelos técnicos do tribunal. Os outros seis são compostos apenas de dados acessórios. A mixórdia de versões da Secom é grande. De acordo com a secretaria, 1.000 exemplares foram entregues diretamente ao escritório da Presidência da República
Domingo, Outubro 15, 2006
A Estrelinha Cabisbaixa
Glauco Fonseca, no Glog
É melancólica a contradição entre o que diz o candidato Lula e o que, de fato, está acontecendo. "A culpa não é do PT, mas sim de alguns companheiros que cometeram erros", disse o presidente.
Também é triste a titulação de "companheiro" que o candidato à reeleição insiste em atribuir a tais pessoas. Não cai bem aos ouvidos ficar chamando de companheiros ministros desligados por falhas graves e erros éticos indefensáveis. A menção de companheiro a alguém como Palocci sugere que perdura uma relação supramoral, que não deveria acometer homens públicos, como presidentes da República, por exemplo.
Outro caso é o "nosso" Delúbio". Mesmo depois de centenas de mentiras, de histórias mal contadas, de mandos e desmandos com dinheiro público ou de origem (sempre) duvidosa, o presidente ainda insistiu em manter o pronome possessivo demonstrando, novamente, um carinho clemente, um perdão afetivo, quase que debochando da necessidade de um recato ético inerente ao poder concedido pelo voto.
Não bastasse o "companheiro" e o "nosso", ainda tem o "Zé". O Zé em questão é apenas o chefe da quadrilha, denunciada pelo procurador-geral da República, mais conhecido nas gazetas policiais por José Dirceu, ex-ministro da república. O tal "Zé" deveria ser, no mínimo, uma pessoa com a qual um presidente da República jamais mantivesse contato após vexatória coleção de fatos tão vergonhosos. Mas o "Zé" não só é amigo do presidente da República, como o representa em missões internacionais e em outras interlocuções. O José Dirceu mais conhecido por nós como ordenador do mensalão é o "Zé" de Lula, o amigo do peito.
Diz-me com quem andas...
É por isso que a luz da estrelinha do PT se apaga. O partido, que os trabalhadores pensavam que fosse deles, tem se apresentado ultimamente como mero instrumento na mão de Lula, de "companheiros", de "nossos" e de "Zés". O militante do Partido dos Trabalhadores ainda não se deu conta de que não está com vergonha de sua sigla, mas sim de seus líderes, os verdadeiros donos do PT.
A confusão que obscurece a estrelinha e a faz pequena em impressos, adesivos, cartazes e sites foi criada pelos verdadeiros proprietários, "companheiros" Berzoini, Luizinho, João Paulo, Mentor, "nossos" Delúbio, Silvinho e Okamotto e, finalmente, "Zés" Dirceu e Genoino.
Num raciocínio paralelo, já dá pra entender o desuso da sofrida estrelinha. Ela não é mais usada porque pessoas decentes não querem ser relacionadas com "companheiros", "nossos" e "Zés". Simples assim. Militantes aguerridos como sempre foram os petistas, diferentemente de seu presidente, não querem ser vistos com "companheiros", "nossos" e "Zés". Está claro.
Portanto, quando você ver um militante com uma bandeira do PT numa esquina, um adesivo num carro, um banner na sacada, não faça como o presidente do Brasil. Respeite o Partido dos Trabalhadores.
http://glaucoglog.blogspot.com
Lula critica elite e quer “partilhar o pão”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste domingo (15.10) a "parcela da elite brasileira" que, segundo ele, seria contrária aos programas sociais do governo e às ações oficiais voltadas para "índios, negros e pobres". O candidato à reeleição ainda disse que seu objetivo é apenas "partilhar o pão" e que "acabou o tempo em que o Brasil era governado apenas para um terço da população".
"Tem sempre gente achando que, do jeito que está, está bom, que se a gente for dar para todos vai tirar um pouco deles", disse Lula a cerca de 50 educadores convidados por sua campanha para o café da manhã num hotel em Brasília.
"Ninguém quer tirar nada de ninguém", prosseguiu. "O que nós queremos é partilhar corretamente o pão de cada dia e o resultado do trabalho de cada dia."
Lula alegou estar inspirado pelo filme "Mauá" ao fazer a afirmação. A obra narra a vida do empresário Irineu Evangelista de Souza, que viveu no século XIX. Pioneiro do capitalismo no Brasil, o Barão de Mauá enfrentou resistências a seus empreendimentos na sociedade escravagista do Segundo Império.
"Vi ontem o filme e ele mostra o que é uma parcela da elite conservadora desse país, que não quer permitir que o país avance", comentou o candidato. "Acabou o tempo em que o Brasil era governado apenas para um terço da população."
"Eu sei que tem gente que não gosta que a gente olhe para os índios, para os negros, para os pobres, porque não havia cultura política nesse país", acrescentou, aplaudido pelos convidados da campanha.
*. Eu fico pensando, como é possível alguém em seu estado normal de consciência acreditar nas bobagens que Lula fala.
PF já admite que pode não elucidar o dossiêgate
Josias de Souza
O inquérito do dossiêgate faz aniversário de um mês neste domingo (15.10). Em reserva, a Polícia Federal e a cúpula do Ministério da Justiça admitem que ainda não dispõem de nenhuma pista capaz de conduzir à elucidação do principal mistério do caso: a origem do dinheiro que seria usado por petistas para comprar o dossiê contra políticos tucanos. Pior: reconhece-se que a dúvida pode não ser elucidada.
O delegado Diógenes Curado, que preside o inquérito, é o primeiro a admitir, em privado, que convive com a incômoda hipótese de ter de concluir o inquérito sem responder à indagação central: de onde veio o dinheiro? Nesta semana, Curado enviará ao juiz Jefferson Schneider, da 2ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, ofício pedindo a prorrogação do inquérito por mais 30 dias.
As aflições do delegado Curado foram tonificadas em reunião que ele manteve, na terça-feira, com o colega Luiz Flávio Zampronha, de Brasília. Destacado pela PF para cuidar do levantamento das informações bancárias sob investigação no caso do dossiê, Zampronha fora a Cuiabá para entregar a Curado os disquetes com os dados que logrou recolher.
O relato feito por Zampronha na reunião foi desalentador. Ele disse, em essência, que a parte financeira da investigação será árdua, demorada e de resultados incertos. Envolve o cruzamento de mais de 200 mil saques acima de R$ 10 mil em três bancos: Safra, Boston e Bradesco. Além de uma pesquisa em transações realizadas por mais de 30 casas de câmbio. "Estamos procurando agulha num palheiro", resumiu ao blog um dos investigadores do caso.
Em conversa que manteve com um amigo na última sexta-feira, o ministro Márcio Thomas Bastos (Justiça) disse que a PF depende agora "de um golpe de sorte ou de uma confissão." Nos depoimentos que prestaram, os petistas "aloprados" do dossiê não demonstraram disposição de contar coisa nenhuma. Resta à polícia a sorte de dar de cara com alguma agulha perdida no depósito de palha.
Estão em curso, por ora, duas frentes de investigação: a tomada de novos depoimentos e o rastreamento do dinheiro apreendido no dia 15 de setembro –1,7 milhão, R$ 1,116 milhão em notas de real e US$ 248,8 mil em cédulas de dólar. É no rastreamento do dinheiro que a PF gasta mais tempo e energia.
Supõe-se que o grosso dos reais tenha saído do Safra, Boston e Bradesco porque havia no lote de cédulas apreendidas maços envoltos em cintas com a logomarca desses bancos. O dinheiro pode ter saído, porém, de outras casas bancárias. A troca de dinheiro entre bancos é operação comum no mercado financeiro. De resto, os dados manuseados pela PF referem-se a operações bancárias realizadas no mês que antecedeu a apreensão do dinheiro. Nada impede que os saques tenham ocorrido antes e o dinheiro guardado em algum cofre privado.
Quanto aos dólares, a PF descobriu que parte deles –US$ 110 mil—compunham um lote de US$ 15 milhões que entrou veio dos EUA para um banco chamado Sofisa, de São Paulo. O problema é que, ao passar o dinheiro adiante, o Sofisa não anotou nas operações de câmbio o número de notas das cédulas. O que obriga a PF a perambular a esmo entre casas de câmbio e doleiros. Uma perambulação que pode resultar inócua se os dólares do dossiê tiverem sido adquiridos por meio de um comprador "laranja", hipótese nada desprezível.
Num gesto que denota as dificuldades em que se vê metida, a PF já quebrou o sigilo das contas telefônicas de mais de 750 pessoas físicas e jurídicas. Não se sabe que critérios levaram a uma seleção tão vasta. Os nomes dos donos das contas são mantidos em sigilo. Um dos objetivos declarados é o de tentar pescar no cruzamento de ligações um telefonema de algum dos "aloprados" para casas de câmbio ou doleiros e vice-versa. Algo que até o momento não aconteceu.
A privatização do PT
Estudo divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que o governo Lula deu um jeito de, mesmo sem as estatais que cobiçava para acomodar a companheirada, arrumar um cargo público para todos os seus aloprados. O estudo mostra que Lula, reestatizando aqui, criando ministérios ali, manteve o orçamento do Estado em 20% do PIB. E mais: segundo a Folha de S. Paulo, desviou R$ 16 bi de fundos de telecomunicações para bancar a orgia de gastos públicos. Essa é a versão petista da privatização em proveito próprio...
Mídia será retaliada
Cláudio Humberto
O governo Lula pretende retaliar empresas de comunicação e jornalistas, inconformado com a cobertura "exagerada" dos escândalos de corrupção. A retaliação conta com a vitória de Lula e, já em 2007, prevê corte drástico nas verbas para propaganda, hoje estimadas em R$ 1,2 bilhão, sem contar os gastos de estatais como a Petrobras e bancos oficiais. "Se a direita quer corte nas despesas, vai ter", ameaça um dos ministros mais ligados a Lula.
A idéia do governo Lula, segundo fonte do Palácio do Planalto, é retomar projetos de controle da publicação de notícias e da produção cultural.
Dois pesos e duas medidas
A CUT e a UNE, que por lei não podem contribuir nem com dinheiro nem com publicidade para campanhas eleitorais, assumem publicamente a autoria de panfletos em defesa de Lula, e, de quebra, ajudam a martelar as mentiras que a campanha petista insiste em veicular contra Geraldo Alckmin, seu plano de governo e, até, sua família. Por que, afinal, o TSE não impede essas ações enquanto, ao mesmo tempo, manda retirar os outdoors de uma revista semanal das ruas da cidade só porque na capa aparece o que é uma irrefutável notícia da semana, a surpresa da virada do candidato Geraldo Alckmin?
De autores a vítimas - Revista Veja
Como Lula e o Partido dos Trabalhadores tentam transformar-se em vítimas de um escândalo patrocinado por eles mesmos
OS FATOS...
1. Uma dupla de petistas foi flagrada comprando por quase 2 milhões de reais um conjunto de denúncias falsas contra tucanos. Com o dossiê nas mãos, o partido pretendia eleger um governador
2. Os dois petistas carregavam 1,7 milhão de reais, dinheiro cuja origem (ainda incerta) pode resultar na impugnação da diplomação de Lula, caso seja reeleito, ou estimular a instalação de um processo de impeachment pelo Congresso Nacional
3. Os mandantes têm laços com a campanha reeleitoral do presidente Lula e com a própria instituição da Presidência da República
...E COMO O PT TENTA DISTORCÊ-LOS
1. O presidente absolve seu partido da armação sob o argumento de que ele, na condição de candidato, saiu prejudicado. Como se golpes desse tipo nascessem para dar errado. Na verdade, se tudo tivesse dado certo, Lula seria o maior beneficiado
2. Julgando-se vítima do episódio, o presidente sugere agora a existência de um complô de adversários políticos que, maquiavelicamente, induziram os "meninos" do PT a tentar comprar o dossiê. Por trás desse complô estariam os verdadeiros culpados no episódio
3. Como o PT arriscou o pouco que restou de sua imagem na compra fracassada do dossiê falso contra os tucanos, Lula diz que deve haver "coisas muito boas" dentro dele. "Quero conhecer o conteúdo", diz Lula. Isso não passa de cortina de fumaça: o dossiê é fajutíssimo.
Reportagem completa da Revista Veja
http://veja.abril.com.br/181006/p_044.html
Escândalo:Revista Veja revela operação abafa do dossiê
Publicação traz informações sobre como Freud teria "forçado" Gedimar a mudar versão sobre o crime
A revista Veja deste final de semana relata como as cúpulas do PT e do Governo Lula trabalharam na surdina para abafar o escândalo da compra do dossiê fajuto. A trama envolveu dirigentes do partido de Lula, da Polícia Federal e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O resultado foi a mudança de depoimento de Gedimar Passos, preso, junto com Valdebran Padilha, com R$ 1,7 milhão destinados a comprar um dossiê fajuto contra Geraldo Alckmin e José Serra. Logo que foi preso, Gedimar disse que Freud Godoy, assessor especial de Lula, era o mandante do crime. Depois da operação, mudou a versão e inocentou o amigão do presidente.
De acordo com a revista, "a apuração dos repórteres de VEJA mostra que a operação abafa seguiu um padrão mais ou menos constante na crônica policial do governo petista. Primeiro se comete um ilícito e depois se seguem outros ainda mais demolidores na tentativa de encobrir o primeiro. A operação faxina do dossiêgate contou com a colaboração jurídica do ministro Márcio Thomaz Bastos (sempre ele), da mãozinha financeira do tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, e da força bruta de um cidadão até agora distante do caso: José Carlos Espinoza - como Freud, um grandalhão que trabalhou como segurança de Lula e ganhou um emprego no governo. Espinoza trabalhou no escritório paulista da Presidência da República até se afastar para dedicar-se à campanha à reeleição de Lula. Nessa operação, coube a Márcio Thomaz Bastos conversar com Freud quando o escândalo estourou e indicar a ele um advogado de sua confiança (do ministro, é claro). Thomaz Bastos cobrou esforços diários de Freud, do advogado indicado por ele e do tesoureiro do PT no que parecia ser a tarefa mais urgente: convencer Gedimar a recuar."
A missão de Bastos, segundo a Veja, era blindar Lula. A reportagem relata que esta era sua preocupação tão logo soube da prisão dos petistas. "Seguindo o mesmo padrão dos escândalos do mensalão e da quebra do sigilo do caseiro, a missão principal de Thomaz Bastos foi a de blindar o presidente da República colocando-o a salvo das ondas de choque das investigações. Tão logo Gedimar foi preso, o ministro telefonou para Geraldo José Araújo, superintendente da PF
A operação culminou com uma absurda violação das leis. Segue a reportagem: "Segundo um relato escrito por três delegados da Polícia Federal e encaminhado a VEJA, Espinoza e Freud, acompanhados de dois homens não identificados, fizeram uma visita a Gedimar na noite de 18 de setembro, quando ele ainda estava preso na carceragem da PF
O que sabemos hoje é que Gedimar, que havia indicado Freud com um dos mandantes da compra do dossiê, voltou atrás e disse que só fez a afirmação porque sofreu tortura psicológica. Freud, homem de confiança de Lula, agora bate no peito para se dizer uma vítima inocente. E o mais importante ainda não aconteceu: a PF não diz quem pagou pelo dossiê fajuto, quem armou e chefiou esta operação criminosa e se Lula teria tomado conhecimento.
Brasmarket: Lula só dois pontos na frente de Alckmin
Teve início a temporada do sobe-e-desce na preferência dos eleitores nas pesquisas do segundo turno. Ontem, domingo, a Brasmarket, divulgou resultados que não mostram posição confortável para Lula: a diferença para Alkmin cai para dois pontos, em números redondos, segundo o instituto.
Os resultados do Datafolha divulgado na sexta-feira registram vantagem de sete pontos para Lula sobre Alckmin.
O Brasmarket mostra vantagem apertada de Lula sobre Alckmin:
Brasmarket não tem a mesma visibilidade do IBOPE, Sensus e Vox Pópuli, mas não é novo no ramo, já realizou longa série de pesquisas para a revista Istoé nas eleições passadas.
Os resultados regionais do Brasmarket mostram movimentação na intenção de votos em todas regiões do país. O sul e sudeste continuam sendo o grande problema de Lula.
Lula, o PT e a ética!
A sina do escorpião
Ferreira Gullar – Folha de SP
O que mais impressiona na farra de falcatruas do PT é que ela persiste, apesar dos escândalos SERIA HILARIANTE , se não fosse constrangedor, ouvir Lula dizer que, no segundo turno, iria travar um debate profundo sobre a ética. E não causa menor constrangimento ouvir Tarso Genro afirmando que a eles, petistas, esse debate "interessa muito". E pode-se imaginar quanto, uma vez que o PT nada tem a esconder ou explicar, nesse terreno. Como se sabe, ninguém do PT se envolveu com o valerioduto, o mensalão, dólar na cueca, contratos fajutos, sanguessugas e, particularmente, com a compra de certo dossiê. A declaração desses dois, desculpem-me, lembra Maluf, sorridente, fazendo o V da vitória, ao sair da delegacia de polícia onde fora indiciado.
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As companhias do presidente
Ao assinar 23 decretos de desapropriação de imóveis rurais em Pernambuco, Lula afagou o ego dos representantes da Contag e do MST ali presentes. "Valeu a pena enfrentar a polícia", disse, como se desrespeitar leis fosse tão normal quanto pagar mensalão ou carregar dólares na cueca, pecadilhos desculpáveis, em sua estreita visão de legalidade. É Lula confirmando sua versão de que não varre a sujeira para debaixo do tapete - ao contrário, a leva para seu próprio gabinete.
Sábado, Outubro 14, 2006
A Filha do Presidente
Com as denúncias batendo à sua porta, Lurian Lula Cordeiro da Silva praticamente sumiu do edifício luxuoso onde mora.
O corretor da imobiliária que realizou a venda do apartamento para a filha de Lula, misteriosamente, recebeu uma "proposta irrecusável"de uma imobiliária no Nordeste, segundos os ex-colegas.
A verdade é que a ONG Rede 13, fundada por Jorge Lorenzetti para pagar as contas de Lurian, durou somente 3 meses.
Arrecadou mais de 20 milhões e acertou a vida da filha do Presidente Lula, uma das gestoras da ONG, segundo denúncias da oposição.
Na verdade, dizem as bondozas línguas oposicionistas que "Rede 13"era apenas a senha para formar a "rede de proteção" à Lurian, formada por Jorge Lorenzetti, Ideli Salvatti, Carlito Mers e o ex-marido de Ideli, atual Presidente do BESC.
Tudo com dinheiro do Fome Zero.
Os rombos da ONG da filha de Lula
A ONG que a filha de Lula tinha em Blumenau e que foi literalmente assaltada, chama-se Rede 13. Quando Lula descobriu o rombo, pediu ao seu assador, Jorge Lorenzetti, homem de confiança do PT de Santa Catarina, que salvasse Lurian. Ele fez isso. Lorenzetti acaba de ser expulso do PT, envolvido no escândalo do dossiê. Lurian mora em Florianópolis. É muito amiga de Ideli Salvatti.
A denúncia original de irregularidades foi feita pelo jornalista Fernando Bond, que trabalhou na Rede 13 por três meses. Ele contou que o órgão tinha um rombo de R$ 70 mil, coberto por Lorenzetti – escalado pelo PT para intervir na entidade e fechá-la, com receio de a história vir a público. A denúncia do jornalista vai mais longe e levanta suspeita de que a ONG servira de veículo para repasse de verbas públicas a petistas.
Lurian é a filha do presidente Lula que mais se envolve com política. Nas eleições de 1992, Collor derrotou Lula ao revelar a existência da menina, que era criada pela mãe, um caso que o presidente teve no início da sua atividade sindical.
O boneco
Olavo de Carvalho
A superioridade moral, intelectual e prática do candidato Alckmin em relação a seu concorrente é imensurável, e a única coisa que se pode alegar para depreciá-la é que não há nenhum mérito notável em ser melhor que um delinqüente malicioso e cínico.
Eu diria mesmo que o padrão Alckmin é o mínimo aceitável na classe política de qualquer país decente. Lula não é aceitável nem como suplente de vereador. Não é aceitável como contínuo de repartição pública. Não é aceitável como varredor de rua. Só é aceitável como presidiário, porque lugar de delinqüente é na cadeia. E quando o chamo de delinqüente não estou me referindo ao Mensalão, ao dinheiro na cueca, a sanguessugas e a valdomiragens diversas. Em tudo isso as provas contra ele existem, mas são indiretas e circunstanciais. Refiro-me, sim, à sua longa parceria política com duas das organizações criminosas mais perversas e violentas que já existiram no continente: as Farc, que distribuem cocaína a crianças nas nossas escolas e treinam assassinos para que matem mais e mais brasileiros, e o MIR chileno, acionista majoritário da indústria dos seqüestros no nosso país. Aí a prova é direta, documental e superabundante: centenas de páginas de atas de assembléias e grupos de trabalho do Foro de São Paulo, assinadas pelo seu fundador e presidente, Luís Inácio Lula da Silva, mais o discurso que ele fez no décimo-quinto aniversário da entidade, no qual se gaba daquilo que deveria envergonhá-lo, se ele tivesse a capacidade de envergonhar-se.
Durante doze anos esse sujeito tramou a estratégia comum do seu partido com narcotraficantes, seqüestradores e assassinos, calculando a vantagem mútua que, para a conquista do poder total na América Latina pelos herdeiros ideológicos de Lênin e Stálin, deveria resultar da colaboração entre o crime e a aparência de legalidade, esta encobrindo e protegendo aquele, recebendo em troca dinheiro e a garantia da violência armada em caso de aperto.
Se dar respaldo político ao crime não é crime, Lula é inocente, exceto do Mensalão e outros delitos menores. Se beneficiar-se politicamente da parceria com o crime não é crime, Lula é inocente, exceto daquelas falcatruas banais que a mídia educadamente lhe imputa na intenção de reduzir esse monstro de amoralidade e maquiavelismo às proporções de um João Alves de esquerda, desprezível por ser João Alves, perdoável por ser de esquerda.
No debate de domingo, ele foi chamado de mau administrador, perdulário do dinheiro público e mentiroso. Para quem fundou, inspirou e dirigiu a maior organização subversiva e criminosa que já existiu no continente latino-americano, tudo isso é elogio. Apenas deixa na platéia a impressão de que ele é tão ruim quanto seu adversário, no máximo um pouquinho pior. Mesmo que esse pouquinho lhe roube a reeleição, a perda será tão mais tênue, mais doce do que o castigo que ele merece, que ela terá sido, no fim das contas, um prêmio. E, para o PT, reconhecer que um dos seus é "um político como qualquer outro" terá sido um prodígio de humildade tão excelso, tão deslumbrante, que bastará para dar reforço dobrado à crença dogmática na santidade partidária.
Protegido de si mesmo até pelos seus adversários, assegurado, por algum pacto sinistro, de que seus crimes supremos não serão mencionados em público, isolado assepticamente da realidade macabra que veio construindo em segredo ao longo de uma década e meia, ele comparece aos debates com a segurança, a empáfia, a pose agressiva e triunfante de quem conta, na mais catastrófica das hipóteses, com uma perda honrosa.
Ele é, na verdade, o político mais vulnerável que já ousou se mostrar ao eleitorado neste país. Sua história é uma sucessão de abominações cuja narrativa bastaria para escorraçá-lo da vida pública e trancafiá-lo para sempre na galeria subterrânea das vergonhas nacionais.
Ele sabe que sua afetação de superioridade é mera pose, erguida e mantida com muita cola, muito verniz, muita fita crepe. Rasguem-lhe o invólucro de proteção, digam-lhe a verdade na cara, perante a platéia, e ele se desmanchará como um boneco de papelão na chuva.
Qual é a origem do dinheiro?
ARNALDO JABOR
O debate de domingo serviu para vermos dois lados do Brasil. De um lado, a busca de um "choque de capitalismo", de outro um delirante choque de um socialismo degradado em populismo estatista, num getulismo tardio. De um lado, São Paulo e a complexa experiência de um estado industrializado, rico e privatista e, do outro, a voz de grotões onde o Estado ainda é o provedor dos vassalos famintos. De um lado, a teimosa demanda de Alckmin pelo concreto da administração pública e, do outro lado, o Lula apelando para pretextos utópicos, preferindo rolar na retórica de símbolo, lendo constrangido estatísticas e citando obras quem nem foram iniciadas.
Alckmin foi incisivo; Lula foi evasivo. Lula saiu da arrogância do primeiro turno para o papel de "sóbrio estadista injustiçado". Mas não deu para esconder seu mau humor quase ofendido, por ter de dialogar ali com aquele "burguês", limpinho, sem barba. Faltou-lhe a convicção de suas afirmações, pois seu "amor ao povo" não teve a energia de antes. Gaguejou, tremeu, suas frases peremptórias não tinham ritmo, não tinham "punch line", não "fechavam", enquanto Alckmin parecia um cronômetro, crescendo no ritmo e concluindo com fragor.
Lula estava rombudo, Alckmin era um estilete. Lula estava deprimido porque raramente foi contestado assim, ao vivo. Sempre recuamos diante do sagrado "Lulinha do povo", imagem que se rompeu domingo. Houve um leve sabor de sacrilégio na acusação do agora agressivo "picolé de chuchu". Alckmin rompeu a blindagem do Lula, protegido dos escândalos. Alckmin atacou a intocabilidade do operário sagrado e tratou-o como cidadão. Isso. O Lula perdeu um pouco da aura de "ungido de Deus".
Lula sempre se disse "igual" a nós ou ao "povo", mas sempre do alto de uma intocabilidade, como se ele estivesse "fora da política". Sempre houve um temor reverencial por sua origem pobre; qualquer crítica mais acerba soava como ataque da "elite reacionária que não suporta um operário no poder", como clamam tantos lulo-colunistas e artistas burros. Quando apertou o cerco, Lula tentou se valer dos pobres, dos humildes, falou da mãe analfabeta, mas sempre evitou responder qualquer pergunta concreta, como se a concretude fosse uma ofensa a seu mundo ideológico puro, acima da vida "comum". Várias vezes, suas falas não faziam sentido, porém mantinham para o espectador acrítico aquele ronronar grosso que empresta um ritmo de fundo em torno da sua imagem de "símbolo dos pobres".
Lula não precisa dizer a verdade; basta parecer. Sempre que o Alckmin o encostava na parede, ele chamava as verdades proferidas de "leviandades", o que é muito comum no vocabulário petista que nomeia de "erros" os crimes cometidos ou de "meninos", os marmanjos corruptos que transportam dólares na cueca ou nas maletas e que foram "desencaminhados", coitados, por bandidos comuns, talvez até (quem sabe?) "a serviço" de tucanos solertes.
Lula tentou encobrir os crimes de sua quadrilha apelando para pretensos "crimes" de gestões anteriores, como barragem de CPIs, votos comprados, caixa 2 sem provas. Ele e os petistas se julgam donos de uma "meta-ética", uma "supra moral" que os absolveria de tudo e, por isso, Lula se utilizou de mentiras e meias-verdades para responder às acusações de mensalões e sanguessugas em seu governo. Para justificar a omissão e a passividade diante da Bolívia e do prejuízo de 1 bilhão e meio de dólares nas instalações da Petrobras, Lula chegou a criticar a violência burra do Bush para se absolver na política de "companheirismo" com o Evo Morales.
Em vez de se defender de acusações pontuais, dizia que a era-FHC também era corrupta, como nas brigas de bordel, em que as prostitutinhas se defendem apontando os pecados das outras.
Lula tentou fugir da pergunta que não vai se calar: "Qual a origem do dinheiro?".
Lula respondeu com a metáfora batida: "Muitas vezes o sujeito está na sala e não sabe o que está acontecendo na cozinha". Ou seja: é normal que o chefe da Casa Civil e agora o presidente do partido, Berzoini, Hamilton Lacerda, o chefe da campanha do Mercadante, o diretor do Banco do Brasil, seu assessor, seu churrasqueiro, petistas ativos no diretório, todos soubessem e trouxessem o dinheiro em malas, sem avisar o chefe. E quer que a gente engula. Lula pediu a Deus que não o mate "até que ele saiba de onde veio o dinheiro". A resposta óbvia é: "Não precisa perguntar a Deus; basta perguntar aos seus assessores na sala ao lado...", como escreveu a Miriam Leitão.
Quando Alckmin o apertava, ele o desqualificava: "Meu Deus... como é que pode? Você está nervoso, Alckmin... Não é o seu estilo...", querendo trancar o desafiante em seu papel de gentil picolé. Diante do pedido de explicações, fugia, tentando abordar "questões programáticas" (como se ele as tivesse...), como se elas pudessem estar acima das "bobagens de crimes que sempre houve, de erros de companheiros" etc... Assim, tentou voar por cima da ética assassinada.
Acontece que os crimes de sua quadrilha "são" a questão principal e também "programática" porque, além da imoralidade, esses crimes prefiguram uma política que visa atropelar a democracia através de grossuras truculentas que lhes mantenham no emprego a qualquer custo.
Lula não pôde responder a pergunta fatal ("de onde vem o dinheiro?") porque sua origem é conhecida.
Todos sabemos que o dinheiro veio de algum nicho onde está guardado para "despesas do partido", dinheiro desviado ou de fundos de pensão ou de estatais ou de bancos oficiais ou de contratos superfaturados. Todos eles sabem. Só falta o nome do dono da cueca ou das maletas. E, certamente, o advogado do governo não permitirá que saibamos até o dia 29.
Tudo está óbvio. Neste momento perigosíssimo de nossa história, só resta esperar que o "povo" perceba o óbvio, já que os intelectuais jamais o enxergarão.
Sexta-feira, Outubro 13, 2006
A farra do boi
Bob Jeff
O senador Eduardo Suplicy, exibicionista conhecido, pau mandado e boneco de ventríloquo dos aloprados do PT, tentou, sem sucesso, constranger Geraldo Alckimin na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, quando este participava da festa da padroeira que aconteceu ontem. Não deu certo. Alckmin foi aplaudido por três vezes, duas quando sua presença foi anunciada e mais uma vez quando saía do Santuário, e a resposta ao senador foi dada pelo povo lá presente: um silêncio obsequioso.
Ataque à família Alckmin é “desespero”.
As críticas feitas pelo PT na internet sobre a família Alckmin foram classificadas como "desesperadas" por Geraldo Alckmin (PSDB). Em um boletim divulgado nos sites do PT e do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que ficou poucas horas no ar, os alvos foram a mulher do tucano, Lu Alckmin, e sua filha, Sofia.
"Na realidade é um desespero. Se estão tão bem assim [nas pesquisas], não havia razão para estar fazendo isso", afirmou Alckmin nesta sexta-feira.
O presidenciável ainda chamou de "injustas" as notas dando conta que a filha dele era "funcionária de uma empresa acusada de contrabando, a Daslu", e que a esposa "ganhou de presente 400 vestidinhos chiques" quando ele era governador. O candidato tucano as defendeu e afirmou que Sofia era "funcionária de uma loja" e que Lu trabalhava "como voluntária e nunca ganhou nada com isso".
Informado no final da manhã de quinta-feira dos ataques pessoais à família do candidato tucano, Lula mandou retirar o artigo da página na internet. No final da tarde, o coordenador geral da campanha de Lula e presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, divulgou nota em que pediu desculpas pelo boletim.
O candidato da coligação PSDB-PFL anunciou que não aceitará o pedido de desculpas feito pelo PT: "Eles fazem as baixarias e depois vêm querendo dar uma de bom-mocismo, dizendo 'olha, pedimos para tirar (as críticas) do site'. Estão querendo faturar dos dois lados".
Garcia desmente Lula e fala em corte de gastos
Coordenador da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e presidente em exercício do PT, Marco Aurélio Garcia antecipou nesta sexta-feira que haverá cortes de gastos num eventual segundo mandato de Lula.
"É evidente. Nós vamos ter cortes de gastos, mas graduais", disse. Na quinta-feira (12.10), em entrevista publicada no jornal O Globo, o presidente Lula havia declarado que não era necessário cortes de gastos para haver maior investimentos.
O coordenador da campanha de Lula não detalhou as áreas em que ocorrerá corte de gastos, mas disse que com a queda das taxas de juros haverá aumento do crescimento econômico e de arrecadação. Garcia ainda criticou o governo anterior pelo inchaço provocado em função das terceirizações e ressaltou que Lula tem um projeto diferente do governo anterior.
Site de Alckmin equipara Lula a Collor
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