_América Latina
segunda-feira, 12 de outubro de 2009, 21:38 | Online
Presidente deposto afirma que a saída à crise é sua restituição no poder, 'mesmo que com limitações'
Efe
O presidente de fato "me depôs e agora quer derrubar a ONU e a OEA por não acatar a exigência da comunidade internacional de restituição da democracia em Honduras", afirmou Zelaya, que se reuniu hoje com seus representantes no diálogo iniciado na semana passada.
O presidente deposto também reiterou que tem suas reservas sobre o diálogo, que teve início na quarta-feira passada com a participação de uma missão de chanceleres da OEA em Tegucigalpa, para buscar uma saída para a crise política vivida em Honduras.
Acrescentou que a saída à crise é sua restituição no poder, "mesmo que com limitações", já que não terá o respaldo dos demais poderes do Estado e de outras instituições."A solução da crise está em aprofundar as reformas sociais de uma democracia direta, participativa", disse.
Zelaya afirmou que, embora seja "pessimista" sobre o diálogo, está disposto a assinar o Acordo de San José, impulsionado pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias, e a se encontrar cara a cara com Micheletti, "se a democracia for restituída no país e se o presidente que foi eleito pelo povo em 2005 (Zelaya)" voltar ao poder.
O presidente deposto foi detido pelos militares em 28 de junho e enviado para a Costa Rica. No mesmo dia, o Congresso nomeou Micheletti para substituí-lo no cargo, Governo que não é reconhecido pela comunidade internacional.
Desde então, Zelaya passou 86 dias no exílio até que chegou de surpresa à embaixada do Brasil em Tegucigalpa no dia 21 de setembro, onde permanece com cerca de outras 50 pessoas, entre elas sua esposa, Xiomara Castro de Zelaya.
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